domingo, 27 de junho de 2010

sábado, 26 de junho de 2010

...arquivo do novo mundo...

...perante o facto mais-que-consumado do encerramento de um grande número de escolas do 1º ciclo, em todo o país, e salvo muito pontuais excepções, não tenho visto os encarregados de educação a reagir, o que me devia causar alguma estranheza, pois este era o motivo para a revolução...
...agora suponhamos que o nosso governo proibia a transmissão dos jogos de portugal, no mundial de áfrica do sua, será que a sua reacção seria a mesma?...
...aconselho a todos o post seguinte as crianças e os centros escolares...e não digo mais nada...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

...o ano da morte de josé saramago...

...a lebre de vatanen...

Arto Paasilinna nasceu em Kittilä, na Lapónia finlandesa, em 1942. Foi lenhador, operário agrícola, jornalista, poeta e é hoje romancista. Vatanen é jornalista em Helsínquia. Num domingo à tarde de Junho, quando volta do campo com um amigo, este atropela uma lebre numa estrada. Vatanen sai do carro e embrenha-se nos bosques. Consegue descobrir a lebre ferida, faz-lhe uma tala grosseira e mergulha deliberadamente na natureza. Este livro tornou-se um romance de culto nos países nórdicos, ao narrar as aventuras de Vatanen, deslocando-se ao longo das estações para o círculo polar com a sua lebre servindo como uma espécie de salvo-conduto. Na Relógio D'Água serão publicadas outras obras suas, como "Um Doce Suicídio entre Amigos" e "As Dez Mulheres do Industrial Rauno Rämekorpi".

«...assombrosa viagem pelas florestas e regiões mais ao norte do círculo polar. Num registo pícaro, inconveniente, risonho mas vitriólico, e quase surreal, seguimos o rasto do viajante da lebre na sua descoberta, muito pessoal, da liberdade dos grandes espaços.»
José Guardado Moreira, Expresso, actual

«A escrita de Paasilinna é marcada pela ironia e pela comidicidade, técnicas que ele manobra magistralmente...»
José Riço Direitinho, revista LER

«O estilo cómico e cínico mantém-se dentro do universo da comédia de situação: entre o realismo e o absurdo, com gente bizarra, independente e rodeada de animais selvagens.»
Rui Lagartinho, Público, ípsilon

...hoje acordei assim...



quinta-feira, 17 de junho de 2010

...ambivalências domésticas...

O cínico, parasita da civilização, vive de negá-la, simplesmente porque está convencido de que esta não lhe faltará. Que faria o cínico num povoado selvagem onde todos, naturalmente e a sério, fizessem o que ele, de farsa, considera como o seu papel pessoal? O que é um fascista se não fala mal da liberdade e um surrealista se não abjura a arte?»
Ortega y Gasset, in “A Rebelião das Massas”
No Verão passado, a propósito da novela das camas “fantasmas” do hospital de Seia, Ana Jorge, ministra da Saúde, afirmou que pela Guarda se diziam muitas coisas sobre a Saúde que não eram verdade. O pior, e isso a senhora ministra já não disse, são as coisas que são verdade e de que certos partidos nem querem ouvir falar na Guarda.
Deixando para trás a pseudo-construção de um hospital novo (onde está afinal a remodelação da parte antiga?), a palhaçada da perseguição a médicos a pretexto do papel timbrado, a lamentável violação de correspondência por parte de responsáveis do hospital e os miminhos trocados entre o senhor Governador Civil da Guarda e alguns da Covilhã, cinjamo-nos ao pagamento ilegal e excessivo de horas extraordinárias à directora clínica da Unidade Local de Saúde da Guarda.
Em 15 de Janeiro de 2009, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) autorizou a referida directora clínica a prestar actividade médica de forma não regular e remunerada, ao abrigo da legislação em vigor, tendo como limite remuneratório uma terça parte da remuneração que compete ao exercício de funções como vogal do conselho de administração da ULS da Guarda, com a salvaguarda adicional de se entender essa actividade subsumida num conceito de marcada excepcionalidade.
Em 3 (três) ocasiões posteriores, o presidente da administração da ULS, não conformado com a limitação imposta, e com o intuito de obter uma generosa subida do tecto remuneratório imposto, remeteu superiormente informações que não correspondiam nem nunca corresponderam à verdade.
Da primeira vez forneceu dados objectivamente falsos à tutela, relativos à disponibilidade de médicos do serviço de cirurgia, informando da existência de apenas 4 médicos quando, à mesma data, a escala de urgência incluía 8!
Da segunda vez argumentou que o trabalho da directora clínica era indispensável (não era…) para assegurar a escala do serviço de urgência em noites, feriados e fins-de-semana quando, só para exemplo, em Setembro de 2009 a referida directora clínica foi escalada para 7 serviços de urgência, dos quais 5 se realizaram em dias úteis e durante o período normal de trabalho em que deveria estar a exercer as suas funções como directora clínica e não como médica.
Da terceira vez afirmou que a directora clínica realizava habitualmente no Serviço de Urgência um turno por semana, durante a noite, e um fim-de-semana por mês (sábado e domingo), quando a consulta às escalas de serviço demonstra a prestação de trabalho essencialmente em regime diurno, tal como aconteceu por todo o ano de 2009, com óbvio impacto no exercício concomitante do cargo de direcção clínica.
Para cúmulo, enquanto “trabalhava” para tentar convencer a tutela a subir o tal limite remuneratório, escondeu o facto de que as verbas em causa já foram efectivamente pagas, sem autorização superior. Só em 12 meses, a directora clínica da ULS recebeu 55.374,57 euros referentes a horas extraordinárias.
Não deixa de ser tonitruante o silêncio do PS local sobre esta matéria, para mais depois de ter apresentado na Assembleia Municipal da Guarda, com pompa e circunstância, uma moção a propósito dos bónus dos gestores públicos. Mas isso foi antes deste caso vir a público! Terá este silêncio alguma coisa a ver com o facto do presidente da ULS pertencer ao PS e da directora clínica ser deputada eleita nas suas listas à mesmíssima Assembleia Municipal? Ou espera-se que a tutela venha agora parir à pressa uma autorização à medida das conveniências?
Onde estão a coerência e a ética políticas num momento em que são pedidos tantos sacrifícios aos portugueses? Será que a coutada é um domínio à parte, onde a lei é afinal a do xerife?
Haja vergonha!
Jorge Noutel

...mão morta...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

...sopa de beldroegas..

Ingredientes:
2 molhos de beldroegas
2 cebolas
2 lt. de água
2 batatas grandes
1,5 dl. de azeite
4 dentes de alho
400 grs. de pão Alentejano
4 ovos
2 queijinhos meia-cura
Sal e pimenta q.b.


Confecção:
Arranje e lave as beldroegas.
Corte as cebolas em meias luas e aloure-as no azeite. Junte as folhas das beldroegas e deixe refogar, mexendo de vez em quando.
Regue com água e deixe ferver.
Nessa altura, junte os alhos finamente picados e as batatas descascadas e cortadas as rodelas.
Tempere a gosto e deixe cozer.
No momento de servir, introduza os ovos um a um e deixe escalfar.
Por último, acrescente os queijinhos cortados em pedaços.
À parte, sirva o pão cortado em fatias e regado com o caldo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

...o circo...

"A recente proposta do presidente da autarquia da Covilhã, para a criação de um hospital central, naquela cidade, trouxe-me à lembrança os meus tempos de infância. O palhaço era aquele mágico que conseguia fazer rir e chorar ao mesmo tempo.
Ainda se lembram da criação da faculdade de medicina da Beira Interior? E de que a principal condição nessa altura colocada pela Guarda e por Castelo Branco para a sua viabilização foi a de jamais a Covilhã se arrogar o direito de um dia lhe chamar sua? Pretendia-se assim evitar o “efeito de buraco negro”, ou seja, que a pretexto de se ter na Covilhã uma estrutura física que só funciona devido a competências existentes noutras cidades, se reivindicasse um dia o direito à posse dessas competências.
Pois bem.
A Covilhã fala agora à boca cheia da “sua” faculdade de medicina! E fá-lo porque tem sido tratada como aqueles príncipes que nasceram em berço de ouro. A Guarda, pelo contrário, foi sempre o filho ilegítimo do poder de Lisboa. O facto de a classe política local, no poder, se ter sempre comportado, aquando da divisão de recursos pelas duas cidades, como aquele coxo que se atira pelas escadas abaixo na esperança de conseguir partir a outra perna, não é sinónimo de qualquer mérito da Covilhã mas tão só da má sina que nos atormenta há anos, por mor de um castigo qualquer.
Um hospital central na Covilhã é tão útil à Guarda como uma epidemia de peste bubónica. Entalados entre Viseu e a ambição desmedida de Carlos Pinto, assistiríamos em pouco tempo a uma espécie de guerra civil entre os agónicos hospitais de Seia e da Guarda, só para determinar quem ficava com as migalhas dos cuidados continuados, paliativos, de retaguarda, e outros que tais. Uma coisa triste de se ver.
Alguém imagina um hospital central sem maternidade? A proposta de Carlos Pinto destina-se, de facto, a contornar a já célebre e persistente luta dos médicos da Guarda e a liquidar, de uma vez por todas, a nossa maternidade. Atrás da maternidade irá a pediatria. E atrás da pediatria, naturalmente, vai o resto. Alguém duvida?
Pode até a Covilhã prometer que não, que o “seu” hospital central não pretende prejudicar a Guarda. Isso vale tanto como a promessa, nuca cumprida, de nunca chamar faculdade de medicina “da Covilhã” à faculdade que é de todos. Ou vale o mesmo que o péssimo hábito de Carlos Pinto invocar sistematicamente a faculdade de medicina “da Covilhã” para justificar nos hospitais vizinhos o fim de valências que todos sabemos não puderem, a prazo, coexistir nas 3 cidades. É fixe, o argumento de que temos de ter tudo porque “já” temos uma faculdade de medicina. Sobretudo quando não se reconhece que Castelo Branco e a Guarda pesam mais nessa faculdade do que a Covilhã…
A megalomania de Carlos Pinto é compreensível. Ele é como as crianças. De facto, até hoje foram-lhe dando tudo o que pediu. E se os papás dão, porque não pedir mais? Aliás, Carlos Pinto e os seus «oportunos» acólitos, que o incensam sempre que o senhor vem com as momices do costume, já nos habituaram aos constantes peditórios ao poder central para tudo e coisa nenhuma. Quem não se lembra do famoso projecto do aeroporto? Quem não se lembra do célebre «caso» da empresa fictícia de construção de aviões? E o caso dos sobreiros? E os apoios sociais que uma câmara que se diz tão preocupada com os cidadãos fez acabarem? Quem vai atrás das gaifonas de um Carlos, que também é Pinto, nada percebe de desenvolvimento regional integrado, num espaço que se quer e deseja entre beiras e inter-beiras. Talvez uma lembrança destes e doutros casos, como o da maternidade na Covilhã terminasse com os privilégios do primogénito. Passaríamos a reger as nossas relações por critérios de verdadeiro mérito e de igualdade na justa repartição dos recursos, algo a que a Covilhã não está nada habituada.
Como disse Ortega y Gasset, in "A Rebelião das Massas", «O cínico, parasita da civilização, vive de negá-la, simplesmente porque está convencido de que esta não lhe faltará. Que faria o cínico num povoado selvagem onde todos, naturalmente e a sério, fizessem o que ele, de farsa, considera como o seu papel pessoal? O que é um fascista se não fala mal da liberdade e um surrealista se não abjura a arte?»
E, já agora, desafio os leitores a apontarem um único benefício ou investimento efectuado na Guarda à sombra da faculdade de medicina, que afinal também é nossa. Em contrapartida olhem para a Covilhã. E agora ainda querem por lá um hospital central?!
Alguém disse um dia que se há homens cujo ridículo nunca se tornou evidente, foi porque não procurámos bem. Infelizmente não será o caso de Carlos Pinto…"
J0rge Noutel, Deputado Municipal, Bloco de Esquerda - Guarda

...prémio literário Manuel António Pina...

sábado, 5 de junho de 2010

...pourquoi les porteurs d’eau...

Pour devenir Porteur d’eau, il suffit de signer la Charte des Porteurs d’eau sur http://www.france-libertes.fr/ et de vous procurer votre feuille d’eau.
« Pour que l’accès à l’eau devienne un droit de l’homme : rejoignez la communauté des Porteurs d’eau ». C’est le message qui sera adressé à tous à partir du 5 juin 2010, Journée mondiale de l’environnement.
Parce que l’eau est un bien commun de l’humanité, la Fondation Danielle Mitterrand engage chacun à défendre le droit d’accès à une eau libre et potable pour tous.
Aujourd’hui dans le monde, 34 000 personnes meurent chaque jour du manque d’eau potable, 1,5 milliard de personnes n’y ont pas accès et 9 pays se partagent 60% des réserves mondiales d’eau. Il est urgent d’agir !
Cette campagne de mobilisation sera diffusée en presse, affichage, radio, TV et sur internet à partir du 5 juin. Objectif : recruter un million de Porteurs d’eau, autant de voix pour faire que l’accès à l’eau soit enfin un droit pour tous.
Devenir un Porteur d’eau, c’est s’engager pour l’eau auprès de la Fondation en soutenant ses campagnes de mobilisation et ses projets sur le terrain. Le Porteur d’eau s’engage également dans sa vie quotidienne en portant l’idée que nous sommes tous responsables chacun à notre niveau de la sauvegarde de l’eau, élément vital et irremplaçable.
C’est quoi être Porteur d’eau ?
Être un Porteur d’eau, c’est participer, localement, au mouvement mondial qui oeuvre pour que l’eau ne soit plus une marchandise et que l’accès à l’eau devienne un droit universel.
Un Porteur d’eau est un individu, une entreprise ou une collectivité qui refuse l'idée qu'un homme puisse mourir par manque d'eau potable et milite pour une nouvelle organisation mondiale de l'eau.
Ce mouvement né au Canada et actif en Italie et au Brésil est porté en France par la Fondation Danielle Mitterrand. Pour devenir Porteur d’eau, il suffit de signer la Charte des Porteurs d’eau sur www.france-libertes.fr et de vous procurer votre feuille d’eau.
La Charte des Porteurs d’eau
1. L’eau n’est pas une marchandise, l’eau est un bien commun non seulement pour l’Humanité mais aussi pour le Vivant.
2. Afin de garantir la ressource pour les générations futures, nous avons le devoir de restituer l’eau à la nature dans sa pureté d’origine.
3. L’accès à l’eau est un droit humain fondamental qui ne peut être garanti que par une gestion publique, démocratique et transparente, inscrite dans la loi.

...neste clube vence-se desde 1893...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

...a hipocrisia...

Lembrei-me agora de uma expressão de Sloterdijk com a qual Benjamin não poderia estar mais de acordo: “nos tempos messiânicos, as putas e outras superfícies ilusórias reduzem-se ao modo de ser do puro valor de uso”. Assaltou-me, de imediato, a memória, um retalho passado, e que me levou a rir dos atalhos das minhas sinapses! Em conversa com um amigo sobre a hipocrisia que faz caminho na política lembrei um episódio hilariante, uma auto-intitulada alta dirigente local (do distrito) do partido a que pertenci, bloco de esquerda, insinuou-se-me um dia para lhe ir comprar a pílula do dia seguinte, sendo uma mulher casada e, o relacionamento pouco seguro ter ocorrido fora do matrimónio, poderia ser uma mácula na respeitabilidade da dita. Claro que fiz ouvidos de mercadora!!! O facto só por si não me provocaria grande choque, não fossem as campanhas, que levam pelo país fora, em que vejo esta gente envolvida em favor do aborto, em favor do sexo seguro e da prevenção do H.I.V. é espantoso perceber que estas pessoas para as quais, publicamente, nas suas tribunas reivindicativas, no ornamentado espaço da “tele-realidade”, estas são causas civilizacionais, a quintessência civilizacional incontornável, rendem-se no espaço esvaziado de ideias e não fazem eco claro no seu íntimo nem nas suas vestes utilitárias.” Viva, então, a hipocrisia? Vivam os patéticos tectos permeáveis aos interesses pessoais?
Mas… Confesso que não me fere um pouco de “negligé moral”, muito característica entre os artistas, que nada tem a ver com este “mascarado” de realidade…

..."os amigos do joão", uma "versão" muito rasca dos "amigos de alex"... tão mau...

Trailer Oficial "Um Funeral à Chuva" from umfuneralachuva on Vimeo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

...exhibition jaime braz...


O clube “ex-votos intermitentes de Jaime Braz” vai marcar presença na inauguração da Exposição de Pintura, do artista plástico covilhanense Jaime Braz, no próximo sábado, dia 5, a partir das 17 horas, no Páteo dos Solares em Estremoz.
Será também realizado um jantar de homenagem ao pintor, pelas 20.30h, num restaurante local, cujo programme culturel contará com as intervenções de personagens destacadas do respectivo clube com o seguinte programa:


- Helena Roquete, linguista: “l`amour est toujour l`amour malgré les lois du marché livre.”

- João Matoso, cantor lírico: “le monadisme titanique dans un choeur pénitentiaire.”

-Dulce Monteiro, Vice-Reitora: “dans le début de l'adolescence : échapper à la cloche de l`intellectualité.”

- Maria João Pinto, agricultora biológica: “pas de dogme: l´utilization de la terre comme vecteur pour les convois".

- Ana Monteiro, actriz de curtas: “ le pétasson que cette damme caucasienne á donné, n'a pas été elle mais été moi même.”

-Rosa Simões, física premiada oui à l'atomisation!!! un atome caucasien adopté par un couple de blancs.

-Jaime Braz, Biólogo e artista plástico: « processus d'hypnose d'un champignon caucasien à la fin des années 70 »

 
Não faltes!!! Pois… se não estiveres de dentro ficarás de fora!!!!

...el desprecio de las massas...