terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Se o seu marido lhe oferecer porrada, isso é Phone ix


"A ideia é peregrina:O Dr. Jorge Lacão, secretário de Estado da Presidência, considera que quando um homem espanca e ameaça a sua companheira e isso está provado em vez de pulseiras electrónicas nesses agressores identificados é melhor dar às vítimas um telemóvel com ligação directa a uma centro de atendimento especial O assunto é tão sério que não se pode pôr a questão de ele estar a brincar, mas olhem que parece! «Está? Daqui fala a Maria das Dores, da rua dos Mártires nº 5 , 3º esquerdo, e o meu homem acabou de arrombar a minha porta e está aqui à minha beira com uma faca na mão. Podem-me ajudar?» Sem dívida que sairia mais barato.Não faço ideia do custo de uma pulseira electrónica, ao passo que telemóvel toda a gente tem, era só acrescentar-lhe esse número «de atendimento especial». Quanto à segurança das vítimas… isso é outro capítulo." extraido de pópulo

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A ministra vive:)


"Trinta anos de bagunça na educação, por conta de governos do PS e do PSD, tiveram no último debate mensal com o Primeiro-Ministro a sua paródia natalícia.Sócrates e Santana, empolgados na verborreia quando concordam no essencial - rebentar com o pouco que sobra da gestão democrática das escolas - foram a cara da hipocrisia do consenso neoliberal em matéria de educação.
Agora as escolas vão ter directores, parece que por concurso público nas mãos de um Conselho Geral, e da única coisa que Santana não gosta é que seja um professor. Na verdade, PS e PSD vão a enterrar o seu morto."
Cecília Honório

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

a taxa que não saiu do saco


"Para alem das críticas aos zigue-zagues do governo, levantou-se um sem número de vozes contra uma hipotética taxa ecológica sobre os sacos de plástico. A maioria dos reparos centrou-se na oposição ao que consideram a dupla tributação de um novo imposto. Como resume Mário Ramires, subdirector do Sol, é uma nova taxa para prejudicar ainda mais “milhões de endividados consumidores”. Esta linha de argumentação prova até que ponto, num país com uma carga fiscal a léguas da europeia e inferior mesmo à da OCDE, fez caminho o discurso liberal sobre a “tirania fiscal”.E, afinal, estava-se apenas a falar de alargar ao resto do país o que o Pingo Doce já tem vindo a fazer. Nesta cadeia de distribuição, os sacos biodegradáveis convencionais custam 2 cêntimos e os reutilizáveis ficam por 20 cêntimos. São sacos de alta qualidade e resistência que, quando danificados, são trocados sem encargos para o consumidor.

sábado, 8 de dezembro de 2007

EMIR KUSTURICA & THE NO SMOKING ORCHESTRAEmir



"Kusturica regressa a Portugal com a frenética No Smoking Orchestra para dois concertos únicos inseridos na Tournée de 2008, dia 25 de Janeiro no Coliseu do Porto, e dia 26 de Janeiro no Coliseu de Lisboa. Na bagagem o novo álbum “Time of the Gypsies”, sem esquecer temas como “Unza Unza Time!”, “Bubamara” e “Pitbull Terrier” entre outros que certamente vão fazer explodir o coliseu numa noite inesquecível!!!Belgrado, 1980, o movimento punk e new wave surge como alternativa à música rock. A democratização do som levou ao aparecimento de novas bandas, decalques quase perfeitos dos seus ídolos ocidentais."

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Estilo Menezes


"O episódio da votação do empréstimo na Câmara de Lisboa revelou o novo estilo do PSD. Caceteiro, ameaçador, contraditório, ignorante.Caceteiro: os deputados municipais não têm direito sequer a formularem a sua opinião na reunião do partido, e não podem submeter a votação interna as diversas propostas.
Ameaçador: o presidente da distrital lembrou aos interessados que dentro de um ano estará a fazer as novas listas e que não se esquecerá de quem não obedeceu a instruções. Contraditório: o presidente da Câmara mais endividada do país preocupa-se com o aumento da dívida de Lisboa, que serve para pagar a despesa feita por duas presidências PSD em Lisboa. Ignorante: o PSD adverte que o empréstimo aumenta o défice registado, ignorando que a transferência da conta de dívidas a terceiros para a conta de dívidas à banca deixa o défice exactamente na mesma.
É isto o estilo Menezes.
Mas talvez o mais importante seja o carácter negociador, ameaçador e trauliteiro desta nova forma de fazer política. Tudo se negoceia, com Menezes. Na segunda-feira, são 200 milhões, na terça-feira já são 400 milhões. Na campanha interna, é acabar com o pacto da justiça, depois de eleito tem dias - de manhã acaba-se com o pacto, à noite salva-se o pacto, entretanto negoceiam-se outros pactos. Tudo são ameaças, fugas, insinuações. Menezes quer ser imprevisível e é por isso confuso, quer dizer-se determinado e é por isso trapalhão.
O estilo Menezes é o velho estilo do "agarrem-me senão eu vou-lhe bater". Mas agarrem-me depressa. Cuidado comigo.
Menezes não parece perceber que este estilo resulta uma vez mas não resulta duas vezes. Impressiona à primeira e farta à segunda. Depois, é somente um incómodo, uma perturbação. Não é uma resposta de poder, nem muito menos um primeiro-ministro em tirocínio.
O estilo Menezes é uma bênção para Sócrates. Alinha a direita na irrelevância. Ainda por cima, como dizia entristecido um deputado do CDS no debate sobre a Estradas de Portugal, o PS está a passar o CDS pela direita nas grandes escolhas estratégicas. O estilo Menezes é o que mais convém a esta política. O caso de Lisboa demonstrou como o PSD é confuso mas previsível, ameaçador mas inconsequente.
Quem negoceia tudo não pode ser nunca levado a sério. "
Francisco Louçã

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

a Zé deixou-nos para sempre


«Chegou a hora do adeus.
Que os amigos se separem,
Que toda a esperança se desfaça,
Que todos os sonhos se desmanchem,
Que todos os nós se façam na garganta,
Que toda a tristeza do mundo corte, bem fundo,
Que toda a saudade se faça irremediável,
Que todo o chorar se torne inconsolável.»

Perdemos uma colega e uma amiga.Maria José Lavrador... até sempre!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Marinho Pinto eleito bastonário da Ordem dos Advogados



António Marinho Pinto foi eleito na sexta-feira bastonário da Ordem dos Advogados. O futuro bastonário, que irá exercer as funções para que foi eleito a tempo inteiro, declarou após o conhecimento dos resultados: "Só será uma verdadeira vitória se nenhum advogado se sentir derrotado. Batalharei para devolver à Ordem o seu prestígio e para que a justiça seja feita nos tribunais e não em repartições públicas e empresas". Numas eleições muito participadas, a lista D, encabeçada por António Marinho, obteve 7265 votos, contra 4366 da lista B (encabeçada por Magalhães e Silva, antigo conselheiro de Jorge Sampaio), 2973 da lista C (encabeçada pelo professor Meneses Leitão) e 2205 da lista A (encabeçada por Garcia Pereira).
Para Presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados foi eleito José António Barreiros que encabeçava a lista E que obteve 7413 votos.
António Marinho Pinto de 57 anos tem a carteira de jornalista há cerca de 30 anos. É também professor convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e foi o segundo candidato mais votado nas eleições anteriores.

Chavez perde, Putin ganha


Chavéz perde, Putin ganha - eis um modo expedito de resumir os votos deste fim de semana. E também de, com a verdade, esconder os processos reais que as urnas exprimiram. Na Venezuela, Chavéz perdeu, mas a democracia reforçou-se. Mal foram conhecidos os resultados, o líder venezuelano felicitou os adversários, afirmou a confiança nas instituições e reconheceu ter falhado "o salto político para a revolução". Quem dizia não ser a Venezuela um país com um regime democrático, onde as escolhas políticas fundamentais dependem da vontade popular, tem agora vasta matéria de reflexão. E Chavéz também. Nem sempre querer andar depressa é ir longe. Nem sempre a eficácia da concentração de poder pretendida tem o apoio de quantos apoiam a revolução. O chavismo atravessará dificuldades com que não contaria. Mas pode ter aprendido.
Na Rússia, Putin ganhou, mas a democracia estreitou-se. Já aqui escrevi sobre Putin e o seu país, num texto a contracorrente do pensamento dominante na Europa. Mantenho tudo o que então escrevi e acrescento:
Putin é maioritário entre o seu povo - o que só torna mais inaceitável a intensa manipulação dos contextos eleitorais e do próprio acto;
Putin joga um papel importante, e genericamente positivo, na cena mundial - razão pela qual o que possa diminuir a sua legitimidade, só prejudica;
Putin impôs a política sobre a selvajaria económica do período de Ieltsin - e por isso mesmo é tão perigosa a diminuição de pluralidade na sociedade russa. O capitalismo de Estado pode organizar-se de muitos modos, mas alguns deles são particularmente perigosos em contexto de forte hegemonia de poder.

Miguel Portas - sem muros