sexta-feira, 30 de outubro de 2009

...madruga e verás, trabalha e terás...

"Esta frase está escrita num azulejo, por cima de uma fonte no monte do Tarabau, em Nisa. Propriedade de um dos “donos” do concelho que dava trabalho quase escravo na década de 60. Ali, assalariados rurais trabalhavam de sol a sol, e no verão em dias de boa lua sachavam milharadas a “meias” para o patrão. Dormiam a sesta e trabalhavam ao sábado.
Com a queda da ditadura espelhou-se felicidade nos seus rostos, bronzeados do sol. Jamais o esquecerei, apesar de muito jovem. A partir daí começaram a votar, no Partido Comunista, claro!
Ainda acontece, ao entrarmos nos serviços públicos, sejam eles da administração geral ou local, ter alguém que vem para nos desenrascar. Nalgumas entradas há indivíduos que nos podem ajudar, que montam a mesinha escritório desmontável, que nos ajudam a preencher os papéis e cobram, claro!
Recebem-se prendas e fazem-se negócios com a maior das naturalidades, com o espírito de entreajuda e missão.
Levam-se receitas ao médico para, de uma “acentada”, rubricar para o “utente amigo”, aviar na Farmácia que mais lhe aprouver, ou recolhidas por alguém da “rede” medicamentosa (para a rede, na aldeia, instituição misericordiosa ou outra).
No poder local não é diferente, há filhos e enteados. Se conheces ou acertas no elo certo, estás desenrascado, se tens azar no jogo, podes andar dezenas de anos para resolver coisas simples, trocar imensas cartas e ofícios. Contudo o mais certo é não resolveres o teu caso, desgastando-te e consumindo-te até ao limite…
Mas procura e encontrarás, pergunta logo ao balcão. – Quem pode desenrascar a coisa? Pergunta num café próximo! Também podes perguntar ao Engenheiro do género Sócrates, daqueles que não sabem para onde a água corre! Ao Senhor Arquitecto “Fulano de Tal”, à Senhora Doutora, Senhor Doutor, ao operário. Ao administrativo na entrada do serviço do qual procuras uma solução, ao desenhador, mesmo ao telefonista… quase todos. Mas ao entrares não te esqueças de tirar o chapéu.
Muitos anos de ditadura geraram estes comportamentos, esta cultura de tirar o chapéu, de subserviência, serviçal, enfim de misericórdia. Ainda está latente no nosso país, com mais vigor na nossa região, este interior abandonado!"
José Moura - Nisa

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

...pai...

Oxalá todas estas perguntas sem bolsos
não fossem corredores sem fim

Oxalá todos estes restolhos silenciosos

não fossem muros desconfiados

Oxalá todos estes letreiros baldios
não fossem arrepios calados

Oxalá todas estas bandejas incandescentes

não fossem sombras na parede

ana maria

...novembro na luzinar...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

... o céu nos cantos de maldoror...


"Como é bonito este rapazinho sentado num banco do jardim das Tulherias! Os seus olhos atrevidos dardejam qualquer objecto invisível, ao longe, no espaço. Não terá mais de oito anos, e no entanto não se diverte como seria conveniente. Pelo menos, devia estar a rir e a passear com um amigo qualquer, em vez de estar só; mas não é esse o seu feitio.Como é bonito este rapazinho sentado num banco do jardim das Tulherias! Um homem, movido por oculto desígnio, vem sentar-se a seu lado, no mesmo banco, com modos equívocos. Quem será? Não preciso de o dizer, pois ireis reconhecê-lo pela sua tortuosa conversa. Ouçamo-los, não os perturbemos:? Em que estás tu a pensar, menino?
Estava a pensar no céu.
Não precisas de pensar no céu; já basta pensar na terra. Estás cansado de viver, tu que ainda há pouco nasceste?
Não, mas todos preferem o céu à terra.
Ah, mas eu não. É que, se o céu foi feito por Deus, como a terra, podes estar certo que encontrarás lá os mesmos males deste mundo. Depois da tua morte, não serás recompensado segundo os teus méritos, porque, se forem injustos contigo aqui na terra (como mais tarde hás-de sabê-lo por experiência), não há qualquer razão para que o não sejam também na outra vida. O melhor que tens a fazer é não pensares em Deus e fazeres a tua própria justiça, visto que os outros ta recusam. Se um dos teus colegas te ofendesse, não gostarias de o matar?
Mas é proibido.
Não é assim tão proibido como julgas. Só o que é preciso é não te deixares enganar. A justiça das leis não vale nada; o que conta é a jurisprudência do ofendido. Se detestasses um dos teus colegas, não ficarias infeliz só por imaginares que em cada instante podes ter o pensamento dele diante dos teus olhos?
Isso é verdade.
Ora aí tens um dos teus colegas a tornar-te infeliz toda a vida; pois, ao ver que o teu ódio é só passivo, não deixará de continuar a fazer pouco de ti e a causar-te mal impunemente. Só há, portanto, um meio de acabar com a situação: desembaraçares-te do teu inimigo. Era aqui que eu queria chegar para te fazer compreender em que bases está fundada a sociedade actual. Todos devem fazer a sua própria justiça, senão são imbecis. Aquele que vence os seus semelhantes é o mais astuto e o mais forte. Não gostavas um dia de dominar os teus semelhantes?
Sim, sim.
Então tens de ser o mais forte e o mais astuto; e já a partir de hoje podes usar a astúcia, que é o mais belo instrumento dos homens de génio. Quando o pastor David atingiu o gigante Golias na testa com uma pedra lançada com a funda, não é admirável notar que foi só pela astúcia que David venceu o adversário, e que se, pelo contrário, tivessem entrado em luta corpo a corpo, o gigante o teria esmagado como a uma mosca? O mesmo se passa contigo. Em guerra aberta, nunca poderás vencer os homens, aos quais desejas impor a tua vontade; mas, com astúcia, poderás lutar sozinho contra todos. Desejas riquezas, belos palácios e a glória, ou enganaste-me quando me afirmaste essas nobres pretensões?
Não, não, não o estava a enganar. Mas gostava de adquirir o que desejo por outros meios.
Então não hás-de adquirir nada. Os meios virtuosos e bonacheirões não levam a nada. É preciso utilizar alavancas mais enérgicas e mais sábios enredos. Antes de te tornares célebre pela virtude e de atingires o teu objectivo, haverá cem que terão tempo de fazer piruetas por cima das tuas costas e de chegar ao fim da corrida antes de ti, de tal modo que deixará de haver lugar para as tuas ideias estreitas. É preciso saber abarcar com mais amplitude o horizonte do tempo presente. Nunca ouviste falar, por exemplo, da glória imensa que as vitórias alcançam? E, no entanto, as vitórias não surgem sozinhas. É preciso que o sangue corra, muito sangue, para serem geradas e depostas aos pés dos conquistadores. Sem os cadáveres e os membros esparsos que vês na planície onde se desenrola sabiamente a carnificina, não haverá guerra, e sem guerra não haverá vitória. Estás a ver que, quando alguém se quer tornar célebre, tem que mergulhar graciosamente em rios de sangue, alimentados com carne para canhão. O fim justifica o meio. Para ser célebre, a primeira coisa é ter dinheiro. Ora, como tu não o tens, terás de assassinar para o adquirires; mas, como não és suficientemente forte para utilizares o punhal, faz-te ladrão, enquanto te engrossam os membros. E, para que engrossem mais depressa, aconselho-te a fazeres ginástica duas vezes por dia, uma hora de manhã e uma hora à tarde. Deste modo, poderás tentar o crime com algum êxito a partir dos quinze anos, em vez de teres de esperar até aos vinte. O amor da glória desculpa tudo, e talvez mais tarde, senhor dos teus semelhantes, lhes venhas a fazer tanto bem como de início lhes fizeste mal!...
Maldoror percebe que o sangue fervilha na cabeça do seu jovem interlocutor: tem as narinas inchadas, e dos lábios escorre-lhe uma leve espuma branca. Toma-lhe o pulso; as pulsações estão apressadas. A febre conquistou aquele corpo delicado. Fica a temer as consequências das suas palavras; esquiva-se, o pobre, contrariado por não ter podido conversar mais tempo com aquela criança. Quando na idade madura é tão difícil dominar as paixões, oscilando entre o bem e o mal, que não será num espírito ainda cheio de inexperiência, e que quantidade proporcional de energia não será precisa a mais? O rapazinho teve de ficar de cama durante três dias. Queira o céu que o contacto materno leve a paz àquela flor sensível, frágil invólucro de uma bela alma!"Isidore Ducasse (Lautréamont), Cantos de Maldoror, 1869.

...à sombra da bananeira...

"IN BOLETIM MUNICIPAL N.º 19 - 20/10/2009
Analisemos estas duas transferências:
1.ª LIMPEZA DE CAMINHOS FLORESTAIS (25.000,00 + IVA)
Que nós saibamos, todos os caminhos florestais de domínio público localizados na freguesia de Cortes do Meio, estão sob gestão da Assembleia de Compartes do Baldio; esta verba irá ser canalizada para este organismo? E que caminhos florestais vão ser contemplados?
Esta transferência é reveladora da apatia e inércia na gestão dos recursos florestais da freguesia, nomeadamente dos terrenos baldios; a intervenção nestes espaços, nos últimos anos, está muito próxima de ZERO. Têm-se desperdiçado fundos nacionais e comunitários que apoiam quase a 100% este orgão de gestão do baldio, na valorização e rentabilização do enorme potencial florestal da freguesia. Tem que vir a Câmara Municipal, por portas travessas, a injectar dinheiro em determinados organismos. Puro parasitismo.

2.ª OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL... (139.600,00 + IVA)
Certamente que estamos a falar da denominada, e citamos o presidente amigo Paulo Rodrigues, "Obra do Século", ou melhor, estrada florestal, reconvertida em agricola ou sabe-se lá o que, Cortes do Meio - Penhas da Saúde, que foi objecto de um
concurso público que até hoje ninguém sabe como terminou, apesar do referido presidente amigo ter sido interpelado em Assembleia de Freguesia para se pronunciar sobre esta questão. Quem vai ser o destinatário final desta verba? O vencedor do concurso que ninguém sabe quem é?
São dois bons assuntos para serem discutidos e esclarecidos na próxima Assembleia de Freguesia." extraído de http://cortesdomeio.blogs.sapo.pt/

Festival Y #07: Helena Botto na Covilhã‏


terça-feira, 20 de outubro de 2009

...o hálito artificial...

"A justificação do boicote às celebrações do dia da Covilhã, que o Bloco de Esquerda local sacou da aba do gibão em forma de comunicado de imprensa, não passa de um embuste inventado, expiatório e lateral ao verdadeiro motivo, A FALTA DE QUEM FOSSE CAPAZ DE LÁ REPRESENTAR O PARTIDO. É mais que sabido que após a minha saída da Assembleia Municipal o Bloco local ficou sem alternativas capazes, também é sabido que a lista de candidatos, na altura apresentada ao acto eleitoral, foi elaborada à trouxa-mouxa, agora abortada sobre a ocasião do vendaval, e, a grande maioria do candidatos estavam só para fazer número, Até posso concordar com a argumentação do comunicado, mas porquê então desperdiçar uma ocasião de ir fazer a denúncia em presença dos visados, da ordem estabelecida, e perante os munícipes presentes, como aconteceu nas três comemorações anteriores? Onde o Bloco de Esquerda disse, e muito bem, PRESENTE! Sendo protagonista dos melhores momentos da denúncia do caruncho e das cicatrizes do idiotismo do poder instalado. Não se inventem desculpas esfarrapadas NA FALTA DE ALGUÉM CAPAZ DE REPRESENTAR O PARTIDO!
Sei que com a minha saída, da Assembleia Municipal, lhes frustrei as manobras, mas não me senti obrigada a ficar, apesar de pedidos insistentes nesse sentido, à vista de uma possível falta de alternativa, não me senti obrigada a compactuar como serva submissa e obediente, dentro de um partido, com as mesmas práticas de trapaça e enredos sábios que muitas vezes denunciei no poder instalado. Não ruminem os maldicientes sobre a existência de algum "ressabiado" da minha parte, a minha saída foi opção própria, o acto político do qual mais me orgulho dentro do partido, e... após me terem oferecido lugar na Coordenação Distrital, na Coordenação Concelhia e de ser a vontade de muitos, inclusivé da abóbada hemisférica da Coordenação Nacional Autárquica a minha recandidatura, que com toda a certeza não teria o resultado catastrófico e desastroso do último acto eleitoral.
Mas, não posso encolher os ombros e ficar de sorriso nos lábios, nem cedo a um qualquer toque de rendição, a verdadeira oposição começa fora dos partidos políticos.
Transcrevo o comunicado, incluindo os erros ortográficos, com franqueza o digo, para mim mais um cacarejo hipócrita e ruidoso:) mas a bem da verdade e da transparência, que o Bloco de Esquerda tanto apregoa, deve ser do conhecimento dos munícipes - NA FALTA DE UM DEPUTADO MUNICIPAL PARA OS REPRESENTAR.

Cá vai:
"Bloco de Esquerda
Núcleo da Covilhã
CAROS MUNÍCIPES DO CONSELHO DA COVILHÃ,
1. Como já vem sendo tradição, no dia 20 de Outubro, celebra-se o dia da elevação da Covilhã a cidade, e, como em política nada é desprovido de significação, esta celebração também não o é.
2. A cidade quer se reconheça, quer não, exerceu sempre uma dominação e uma histórica exploração sobre as populações das freguesias rurais e as populações mais pobres e carenciadas da própria cidade e suas periferias.
3. Pretender extrapolar esta celebração, da passagem da Covilhã da categoria de vila para cidade, para festa do Município da Covilhã é uma perversão imoral, porque obriga os excluídos e explorados a associarem-se à festa dos exploradores.
4. Não é por mero acaso que a parte de Leão dos investimentos da Câmara Municipal da Covilhã se tem feito no perímetro da Covilhã, alcatrão sobre alcatrão, cimento armado sobre cimento armado. E quem tem olhos de ver, dar-se-á facilmente conta disso.
5. Por esta razão, o Bloco de Esquerda recusa associar-se a estas celebrações enquanto tiverem a carga simbólica e as consequências que têm tido. O Bloco de Esquerda defende a instituição dum DIA DO MUNICÍPIO DA COVILHÃ.
6. A comezaina, prevista para o dia 20 de Outubro, no Hotel das Termas de Unhais da Serra, para a comitiva de Carlos Pinto, às custas da Câmara Municipal da Covilhã, isto é às custas dos nossos impostos, às nossas custas, é um escândalo, quando se sabe que a Câmara está endividada até às orelhas e que há gente no nosso Conselho a passar privações e fome.
7. As últimas eleições autárquicas, ganhas pelo PSD de Carlos Pinto, estão feridas de legitimidade, quando é sobejamente sabido que foram usados despudoradamente as redes dos presidentes de junta que lhe estão afectos, os recursos, as informações e as posições dominantes deste Senhor na Câmara Municipal da Covilhã, para influenciar aqueles que, ou são pouco esclarecidos e facilmente levados às de nove ou então porque estão dependentes dos apoios e migalhas que caiem calculadamente da mesa do Senhor Feudal.
8. “De todas as ameaças que nos espreitam neste século, a mais perceptível, mais estudada, a mais documentada é a que resulta do aquecimento climático, e tudo leva a crer que provocará nas próximas décadas cataclismos cuja dimensão ainda não podemos avaliar.” As políticas desta Câmara de Carlos Pinto continuam a contribuir para o agravamento desta situação. Alguém tem falado deste assunto? Pois não, ninguém, e nem dizem que a Covilhã tem a sua atmosfera contaminada com CO2, e nem se atrevem a medir para não alarmar. E, não é verdade que a CMC/ADC anda a pilhar criminosamente a água das ribeiras, causando danos irreparáveis nos ecossistemas e na biodiversidade? Tudo isto parece ninharias para quem finge andar cego. A Câmara de Carlos Pinto comporta-se como a avestruz perseguida pelo caçador; mas, cuidado, que vamos pagar caro, ah isso pagamos, e muito caro e será mais cedo do que alguns pensam. Quem nos avisa, nosso amigo é. Não é?"



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

...polvos alados...


Ainda sobre o contrato de avença do número dois da lista do partido da Covilhã (PSD) à autarquia, Luís Fiadeiro, deputado municipal nesta legislatura. Destaco o comentário publicado no blog carpinteira.

"Realmente não são 43 mil euros por ano, mas 43 mil e 200 por 1095 dias, a contar de 21 de Maio deste ano. A quantia já de si é escandalosa. Agora, grave, grave; gravíssimo, diria, por ser e ética e moralmente reprovável, é o número dois do SÕ Pinto ser consultor jurídico das águas da Covilhã e simultaneamente membro da Assembleia Municipal na bancada do PSD. Quer dizer, andou este tempo todo a assessorar em causa própria. Sim, em causa própria! Ou não é pela Assembleia Municipal que passam as decisões da câmara que, tanto quanto julgo saber, ainda detém 51 por cento das Águas da Covilhã?"

"http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspxidAjusteDirecto=53301" a escandaleira pegada

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

...herta müller recebe o nobel de literatura...

"A Academia Sueca anunciou agora pela manhã o nome da escritora alemã (romena de nascimento) Herta Müller como a vencedora do prêmio Nobel de Literatura 2009, porque, de acordo com a justificativa oficial do júri, "retrata, com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, o horizonte dos despossuídos". Müller é o terceiro escritor de língua alemã a receber a honraria nos últimos 10 anos (antes dela, Elfriede Jelinek foi agraciada em 2004 e Günther Grass em 1999). O nome de Müller mantém o hábito da comissão do prêmio de voltar seus olhos para Europa em detrimento dos Estados Unidos ou da América Latina. Apenas nos anos 2000, foramn agraciados o húngaro Imre Kertész, a já mencionada alemã Jelinek, os britânicos Harold Pinter e Doris Lessing e o francês J.M.G. Le Clézio (embora Lessing e Le Clézio tenham vivido parte de suas vidas aquela no Irã e este nas Ilhas Maurício). "ler aqui

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

...manufacturas "escalpeliza" a natureza humana dos candidatos à câmara da covilhã..

Como eleitora atenta, participativa, inquieta e irrequieta, tomei a iniciativa de dirigir um conjunto de questões aos candidatos à Câmara Municipal da Covilhã, com o único objectivo de conhecer a sua faceta mais humanizada e mais próxima do cidadão. Ora cá vai:
  1. Nunca lhe deu a tentação de lavar a roupa na máquina da vizinha?
  2. Como reagiria se a sua vizinha deixasse cair a mesma peça de roupa interior três vezes seguidas na sua varanda?
  3. Num meeting oficial, perante as forças mais vivas da terra, se a deputada municipal do CDS/PP se "largasse" de forma ruidosa, seria cavalheiro ao ponto de assumir o estrago e salvar a honra da donzela, ou denunciá-la-ia?
  4. Acha que o comprimido azul é uma maquinação do capitalismo desenfreadamente selvagem ou um sofisma do esquerdófilo materialismo dialéctico?
  5. Depois das insinuantes indirectas, dirigidas à UNESCO, para declarar a Covilhã, cidade património da humanidade, levando à frente a torre de Santo António, sem qualquer sucesso; acha que vamos lá com o mural das freguesias?
  6. Se a população mandasse os candidatos todos às malvas e fosse fazer um mega-piquenique para a ponte pedonal no dia 11 , com o Luis Goucha, seria publicidade enganosa do fairy ou terrorismo do manufacturas?
  7. Quais destes mais-que-best-sellers recomendaria aos seus munícipes no caso de ser eleito? Porquê?
  • "Algumas pazadas de terra" de António Nobrega
  • "O olhar penetrante do trapeio" de Manuel baldaya
  • " O meu pai era carpinteiro" Marcia Costa Molina
  • "Highway Code"(código da estrada) de João Catatau - tradução anglo-saxónica

Obrigada pela disponibilidade.

...pinhel...









terça-feira, 6 de outubro de 2009

...há que ver o lado positivo das coisas... dalai lama também não se ia encontrar com grande coisa...

... a bastilha da hipocrisia... afinal em que ficamos???... Sossegados???

As palavras de um dos actuais deputados do Bloco de Esquerda, para sossegar os espíritos mais perturbados...
"A Assembleia Municipal de Sintra aprovou há dias um regulamento com o objectivo de promover o bem-estar animal no concelho. A versão final daquele regulamento inclui um conjunto de melhorias que os deputados municipais fizeram à proposta apresentada pela Câmara. Destaca-se a introdução de uma proposta do Bloco de Esquerda, onde se assume que o apoio institucional ou a cedência de recursos, por parte da autarquia, para a realização de espectáculos com animais fica condicionado pela não existência de actos que inflijam sofrimento físico ou psíquico, lesionem ou provoquem a morte do animal.
Como se percebe facilmente, o regulamento não proíbe a realização de espectáculos com animais, condicionando apenas a atribuição de apoios institucionais da autarquia para a sua realização. É claro que a Câmara de Sintra não vai passar a proibir circos, touradas ou outros espectáculos quaisquer com animais, porque simplesmente entre proibir um espectáculo e não o subsidiar vai uma distância abissal, que qualquer ser humano entende.
Porém, por incrível que pareça, não faltaram notícias em jornais de referência e artigos de "opinion makers" encartados a clamarem, ai Jesus!, que o Bloco quer proibir as touradas em Sintra, que fazendo-o em Sintra também o terá de fazer em Salvaterra de Magos, que até os espectáculos de arte equestre, nomeadamente da escola que funciona no Palácio de Queluz, serão banidos da face da terra e outros dislates do género.
Há que sossegar os espíritos mais perturbados que o regulamento de Sintra não proíbe, de facto, espectáculos em que participem animais e que o Bloco não apresentou no Parlamento qualquer iniciativa proibicionista nesta matéria."
ler aqui

... a bastilha da hipocrisia...BE quer proibir rodeos e eventos tauromáquicos com picadores... mas autoriza-os em Salvaterra de Magos...

"Bloco de Esquerda afirma querer proibir touradas de morte, sortes de varas e rodeos em Portugal, enquanto autarca do BE em Salvaterra de Magos defende touradas de morte, apoia tauromaquia em Salvaterra e autoriza tentas de touros com varas e rodeos… e diz que nunca foi pressionada pela direcção do partido para deixar de autorizar e apoiar estes actos de crueldadeJá é bem sabido como se têm comportado os diferentes partidos políticos com assento parlamentar relativamente à protecção dos animais em Portugal. Apesar de haver alguns deputados nos diversos grupos parlamentares (da esquerda à direita) que, individualmente, são simpatizantes da protecção dos animais, a verdade dos factos é que nenhum grupo parlamentar produziu até hoje sequer uma séria, bem pensada, bem preparada e bem defendida iniciativa que tivesse como objectivo aumentar a protecção legislativa dos animais em Portugal. Os únicos grupos parlamentares que avançaram com iniciativas neste âmbito na última legislatura foram os do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista Português e do Partido Ecologista “Os Verdes”, mas tendo todos eles apresentado iniciativas frouxas, mal pensadas ou muito mal executadas, apresentadas e sujeitas a discussão e votação de forma apressada e atabalhoada, para resultarem em absolutamente nada para os animais – como seria de esperar, sendo óbvio que nenhuma iniciativa legislativa pode triunfar no Parlamento se não for preparada e advogada com cuidado e alguma dedicação para que possa ter sucesso, sendo esse especialmente o caso se essa iniciativa legislativa disser respeito à protecção dos animais.Ora, antes das eleições legislativas, o Bloco de Esquerda incluiu no seu programa eleitoral uma secção dedicada ao “Respeito pelos Animais”, na qual incluiu como objectivos políticos abolir as touradas de morte, as sortes de varas e os rodeos (não se percebendo por que boa razão não defendeu o mesmo quanto às touradas à portuguesa, que não são menos cruéis do que qualquer uma destas práticas). No seguimento dessa inclusão programática e de uma visita de Francisco Louçã à Moita, gerou-se uma forte polémica em torno do facto do Bloco de Esquerda nunca ter defendido o fim das touradas pela via legislativa e de continuar a não o defender, tendo Louçã dito que as touradas deveriam acabar através de mudanças culturais e não legislativas – algo a que qualquer defensor dos animais tem necessariamente que se opor, porque não é moralmente aceitável que milhares e milhares de animais sejam brutalmente torturados até que todas as pessoas na sociedade portuguesa percebam que isso é errado. Espera-se dos partidos e dos dirigentes políticos que tenham a coragem e a visão necessárias para defenderem e implementarem uma medida de justiça, como é a proibição das touradas, mesmo que ainda algumas pessoas gostem de touradas (o que se trata apenas de uma minoria, como demonstram as sondagens), medida essa que deve ser tomada num espírito de pedagogia, em que o Estado, ao proibir as touradas, declara oficialmente que em caso algum se pode aceitar que espectáculos horrendos, sanguinários e moralmente degradantes como estes possam continuar a decorrer em Portugal. Infelizmente, porém, até agora nem o Bloco de Esquerda – que alega anunciar-se, e bem, contra as touradas de morte, as sortes de varas e os rodeos – nem nenhum outro partido político português condenou as touradas oficialmente e procurou proibi-las. No entanto, há que fazer justiça ao facto do BE ter, pelo menos, tomado posição oficial contra as touradas de morte, sortes de varas e rodeos (entre outras posições interessantes que assumiu, como a intenção de proibir o uso de animais em circos), sem prejuízo de ter que se lamentar que o não tenha feito em relação às touradas.Esperar-se-ia, então, que, no mínimo dos mínimos, o único partido que se anuncia tão prontamente – e bem contra as touradas de morte, sortes de varas e rodeos no seu programa eleitoral – mantivesse esta sua posição oficial em todos os casos, nomeadamente nas autarquias onde está presente. Infeliz e chocantemente, esse não é o caso. Tal como declarou à Antena 1 (na notícia que pode ler e ouvir em http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=62&t=AutarquicasSalvaterra-de-Magos-Candidata-do-Bloco-de-Esquerda-e-apaixonada-pelos-touros-de-morte.rtp&article=283535) a presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeira, uma independente eleita em nome do Bloco de Esquerda, esta autarca é não só aficcionada das touradas como é, e cita-se, “uma apaixonada pelos touros de morte”, tendo ido ao extremo de autorizar, no festival equestre “Equimagos” que se realizou no seu concelho há pouco mais de uma semana, uma “tenta pública” de touros – que é, em termos práticos, uma sorte de varas –, e tendo autorizado, ao que tudo indica, um rodeo que decorreu este Sábado, no concelho que governa, tal como anuncia a jornalista que a entrevista e tal como se pode ver na notícia abaixo, da SIC. Não seria, então, estranho que a única presidente de câmara municipal do país eleita pelo Bloco de Esquerda defenda as touradas de morte, autorize tentas públicas / sortes de varas (que são ilegais) e rodeos (que, por implicação da legislação em vigor, são também ilegais) no concelho que administra, quando o partido que a elege tem definido no seu programa eleitoral como objectivo abolir estas actividades? Nas palavras da mesma, não. Ana Cristina Ribeiro diz, nesta entrevista, que nunca nenhum dirigente do Bloco de Esquerda a pressionou para mudar de posição acerca destas questões enquanto autarca eleita por este partido. Tudo, presume-se, em nome da tolerância e do respeito pelas posições uns dos outros – e seguramente não em nome da coerência, da decência moral e certamente não em nome dos animais, que continuam a ser torturados com a complacência do BE em Salvaterra de Magos, e com um misto de crítica mas também de aceitação por parte dos dirigentes nacionais do Bloco de Esquerda, que, apesar de ser o único partido político português que até aqui anunciou querer fazer algo no domínio da protecção dos animais (justiça lhe seja feita, mais uma vez), continua embrenhado nesta teia de contradições incompreensíveis e indesculpáveis que faz com que, afinal de contas, nenhum partido político seja, nos dias de hoje, verdadeiramente comprometido com a protecção dos animais em Portugal. E isso é indesculpável." ler aqui

... que belo falcão...

...edgar allan poe...


...hoje acordei assim... à solta...