"Devia o momento de festança eleitoral servir, entre outras coisas, para uma profunda reflexão, acerca do modelo de cidade que está a ser adoptado no condominio. Este exemplo da Igreja da Estação, que vai ser inaugurada brevemente, espelha bem o destrambelho histórico/construtivo, e non sense a que tem sido sujeito o espaço público da Covilhã; cuja tendência natural e totalitária para o mau gosto, tem sido omnipresente e não há volta a dar-lhe.
Claro que o bom-gosto é uma categoria normalizadora burguesa, (sempre discutivel), mas é impossível ficar indiferente ante a barbárie estética desta e d’outras zonas do condominio.
Atente-se na composição da paisagem urbana entre a Estação e os galinheiros da ANIL, onde o contrastante não é meramente acidental, faz parte de uma cultura de ignorância com origem em Lopes Teixeira, passando por Álvaro Ramos até aos nossos dias.
Todos, sem excepção, foram incapazes de delinear estratégias para a cidade e tiveram no casuismo a única forma de acção, através da dispersão construtiva, confronto de escalas e subalternização do espaço público, que tornaram a Covilhã (cidade de montanha), disforme e agressiva. Não faltam exemplos de espaços com identidade própria, evocativos de percursos simbólicos na história da cidade neve, transformados em locais incaracterísticos.
Sendo certo também que uma política urbana, sistemática e bem articulada, nunca esteve nas prioridades ou na agenda da actual Administração do condominio. O desenho urbano continua, ainda hoje, subordinado ao gosto pessoal de certas luminárias que partilham a crença na construção à bolina como motor de desenvolvimento.
A politica urbana tem-se revelado um autêntico falhanço e um alfobre de disparates, de que é exemplo um parque habitacional tão fragmentado quão degradado no indigente “centro histórico”, falho em sucessivos planos de reabilitação, onde foram enxertados pedaços de cidade que nunca chegarão a sê-lo, e ficarão tão só como monumentos à estupidez e ao desperdício."
Claro que o bom-gosto é uma categoria normalizadora burguesa, (sempre discutivel), mas é impossível ficar indiferente ante a barbárie estética desta e d’outras zonas do condominio.
Atente-se na composição da paisagem urbana entre a Estação e os galinheiros da ANIL, onde o contrastante não é meramente acidental, faz parte de uma cultura de ignorância com origem em Lopes Teixeira, passando por Álvaro Ramos até aos nossos dias.
Todos, sem excepção, foram incapazes de delinear estratégias para a cidade e tiveram no casuismo a única forma de acção, através da dispersão construtiva, confronto de escalas e subalternização do espaço público, que tornaram a Covilhã (cidade de montanha), disforme e agressiva. Não faltam exemplos de espaços com identidade própria, evocativos de percursos simbólicos na história da cidade neve, transformados em locais incaracterísticos.
Sendo certo também que uma política urbana, sistemática e bem articulada, nunca esteve nas prioridades ou na agenda da actual Administração do condominio. O desenho urbano continua, ainda hoje, subordinado ao gosto pessoal de certas luminárias que partilham a crença na construção à bolina como motor de desenvolvimento.
A politica urbana tem-se revelado um autêntico falhanço e um alfobre de disparates, de que é exemplo um parque habitacional tão fragmentado quão degradado no indigente “centro histórico”, falho em sucessivos planos de reabilitação, onde foram enxertados pedaços de cidade que nunca chegarão a sê-lo, e ficarão tão só como monumentos à estupidez e ao desperdício."
extraído de www.carpinteira.blogspot.com
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