quinta-feira, 30 de junho de 2011

...eu fui...sessão literária com antónio lobo antunes... FLAD - 28 junho...

...eu fui... josé eduardo agualusa - a língua portuguesa no mundo. 28 junho - teatro são luiz...


"O projecto Disquiet traz a Lisboa, entre 19 de Junho e 1 de Julho, um grupo de 50 jovens escritores e 10 escritores consagrados americanos para uma Universidade de Verão, em que terão ocasião de se encontrar com personalidades da cultura lusófona, nomeadamente escritores. A ideia é proporcionar ao grupo de escritores norte-americanos – publicados ou apenas amadores – um contacto tão abrangente quanto possível com aspectos vários da cultura portuguesa, destacando, naturalmente, o literário, dando-lhes assim a oportunidade de conviver com escritores e poetas lusófonos de várias gerações, instituições ligadas à cultura portuguesa, etc."

sábado, 25 de junho de 2011

...tomislav ivic... o homem de quem todos gostavam...

...aldeia do dominguizo homenageia farrapeiros, pioneiros da reciclagem...

"A aldeia de Dominguizo, no concelho da Covilhã, vai homenagear com uma feira de a 26 de Junho os farrapeiros, pioneiros da reciclagem, mas que a faziam como forma de subsistência.
Na aldeia vivia o maior núcleo de negociadores de resíduos, que recolhiam restos de tecidos, metais e outras matérias, que depois vendiam «às fábricas da Covilhã e outras da região Centro», explica José Matos, um dos organizadores do certame.

A actividade teve o ponto alto na segunda metade do século passado e desapareceu «quase por completo» há cerca de dez anos.
Quem vive na aldeia, hoje colecciona histórias de antepassados que andavam de terra em terra em busca dos resíduos e foram «os primeiros a exercer a actividade de reciclagem».
José Matos reconhece que na altura «ainda não havia preocupações ambientais, o objectivo era a subsistência, mas já a faziam [a reciclagem] sem saber».
A Festa dos Farrapeiros contará com animação musical, tasquinhas e um espaço museológico que recorda a tradição daquelas figuras.
Em estudo está a possibilidade de criação de um espaço museológico sobre a actividade, admite José Matos."

segunda-feira, 20 de junho de 2011

...o contributo dos Independentes na diversidade musical...

Num momento de profunda alteração dos cenários com que a indústria musical se habituou a contar, da qual a vertiginosa queda das vendas de discos é talvez a consequência mais visível, florescem, no entanto, as editoras independentes, ou para sermos mais correctos, as micro-editoras. Contraditório? Nem por isso: os independentes sempre trabalharam com mercados reduzidos, de certo modo nichos de melómanos, e especializaram-se na diversidade, no tipo de música que por não terem ou ainda não terem um grande público não despertam o interesse comercial das majors. Assim, a crise das vendas não as afectaram, ou afectaram-nas pouco, porque o seu público-alvo é um público que gosta do disco objecto, porque souberam adaptar os preços dos discos ao reduzido poder de compra das pessoas, porque as suas estruturas empresariais são, por natureza e necessidade, ligeiras e flexíveis – portanto com custos reduzidos e com capacidade de decisão e de adaptação imediata –, porque viram na net e no download gratuito, contrariamente ao horror alardeado pela indústria middle of the road, uma rara oportunidade para ultrapassar a sua maior fraqueza, que é a capacidade de promoção, e um óptimo e barato instrumento para chegar a outros mercados e a um público mais vasto… Não dá para alimentar a voragem de lucro dos accionistas das multinacionais, mas dá para sustentar o gosto em fazer edições cuidadas de músicas que, de outra forma, não ficariam certamente registadas nem acessíveis ao público, com toda a pobreza estética que isso significaria – e só por curiosidade, mas não por acaso, repare-se nos habituais balanços de final do ano a que os media se entregam para eleger os melhores discos e onde os lugares cimeiros têm sido ocupados maioritariamente, desde o princípio do século, por edições independentes... E assim continuará enquanto continuar o desinvestimento acentuado das multinacionais em todos os segmentos que não garantam o crossover comercial evidente, porque isso abre mais nichos para serem trabalhados por micro-editoras e possibilita que mais independentes entrem no mercado." Adolfo luxúria Canibal aqui

quarta-feira, 15 de junho de 2011

...que usaban ustedes en la escuela?...

...palácio da lua - paul auster...


Foi no Verão em que o Homem caminhou pela primeira vez na Lua. Eu era muito jovem nessa altura, mas não acreditava que viesse a haver um futuro. Queria viver perigosamente, pegar em mim e levar-me tão longe quanto possível e, depois, quando lá chegasse, logo veria o que me aconteceria.
Assim começa a inesquecível narrativa de Marco Stanley Fogg – órfão e aventureiro por natureza. Palácio da Lua é a sua história – um romance que atravessa três gerações, desde o início do século XX à chegada à Lua, e serpenteia entre os desfiladeiros de betão de Manhattan e a beleza cruel do Oeste Americano.
Como Marco Polo rumo ao Extremo Oriente e Phileas Fogg nos seus 80 dias à descoberta do mundo, Marco enceta uma viagem de etapas essenciais marcada pela exultação e pela tragédia, por estranhas coincidências e maravilhosos rasgos de lirismo e erudição.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

..césar e o rubicão...

superemos  o experimental na relação
prematuro inflamar da simetria

 superemos a beleza do todo do poeta
prematura sedução do teorema

superemos o útero na superstição
caprichoso refúgio dos ídolos
superemos o choque na comédia
caprichoso inventário da vontade

superemos a erecção na dinastia
manifesta fundação do engenho

superemos o tempo no lapso
manifesto prisioneiro da sombra

superemos a desordem no recinto
escorado repouso de preconceito

superemos a categoria da destruição
escorada ilusão na pronúncia

superemos a consumação no acto
fracassada detenção na tradição

superemos o venal no encantamento
fracassada pilhagem da atitude


 ana monteiro