...o contributo dos Independentes na diversidade musical...
Num momento de profunda alteração dos cenários com que a indústria musical se habituou a contar, da qual a vertiginosa queda das vendas de discos é talvez a consequência mais visível, florescem, no entanto, as editoras independentes, ou para sermos mais correctos, as micro-editoras. Contraditório? Nem por isso: os independentes sempre trabalharam com mercados reduzidos, de certo modo nichos de melómanos, e especializaram-se na diversidade, no tipo de música que por não terem ou ainda não terem um grande público não despertam o interesse comercial das majors. Assim, a crise das vendas não as afectaram, ou afectaram-nas pouco, porque o seu público-alvo é um público que gosta do disco objecto, porque souberam adaptar os preços dos discos ao reduzido poder de compra das pessoas, porque as suas estruturas empresariais são, por natureza e necessidade, ligeiras e flexíveis – portanto com custos reduzidos e com capacidade de decisão e de adaptação imediata –, porque viram na net e no download gratuito, contrariamente ao horror alardeado pela indústria middle of the road, uma rara oportunidade para ultrapassar a sua maior fraqueza, que é a capacidade de promoção, e um óptimo e barato instrumento para chegar a outros mercados e a um público mais vasto… Não dá para alimentar a voragem de lucro dos accionistas das multinacionais, mas dá para sustentar o gosto em fazer edições cuidadas de músicas que, de outra forma, não ficariam certamente registadas nem acessíveis ao público, com toda a pobreza estética que isso significaria – e só por curiosidade, mas não por acaso, repare-se nos habituais balanços de final do ano a que os media se entregam para eleger os melhores discos e onde os lugares cimeiros têm sido ocupados maioritariamente, desde o princípio do século, por edições independentes... E assim continuará enquanto continuar o desinvestimento acentuado das multinacionais em todos os segmentos que não garantam o crossover comercial evidente, porque isso abre mais nichos para serem trabalhados por micro-editoras e possibilita que mais independentes entrem no mercado." Adolfo luxúria Canibal aqui
Interessante. As outras queixam-se de descidas, apesar de eu pensar que é apenas ficar onde deviam de sempre ter estado, isso sabia mas não sabia que as independentes estão de boa saúde. Viva as independentes!
...o mundo já tem demasiado asfalto, já não existem florestas onde os corajosos se possam esconder... ...Cuidado com o que desejas, pode tornar-se realidade...
... é preciso compreender a realidade para a poder transformar...
...As mariposas voam para dentro da chama da vela, e a coisa não parece acidental. Elas fazem de tudo para se entregar ao fogo como numa oferenda...
...e o afagar dessas mãos já desenha na pele a promessa futura...
... esperamos com uma carícia que o outro se transforme em carne... ... vou desembarcar dessa vida em que andava à deriva no amor....
...somos todos culpados de tudo e de todos perante todos, e eu mais que os outros...
"... o esforço feito para imprimir um ritmo à prosa não deve deixar vestígios..."
1 comentário:
Interessante.
As outras queixam-se de descidas, apesar de eu pensar que é apenas ficar onde deviam de sempre ter estado, isso sabia mas não sabia que as independentes estão de boa saúde. Viva as independentes!
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