Marchei na indignação com cerca de 100 000 professores, entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço. Se mil já são muitos como afirmou a senhora Ministra, 100 000 são um “tsunami”, e só pode ficar indiferente quem nunca pertenceu a uma multidão ou quem, como esta senhora Ministrazeca, já esmagou a consciência na orla desta indignação, e podem crer que os olhos dessa mesma indignação são muito grandes.
A frente do protesto ocupava o Terreiro do Paço pelas 16h30, mas mais de três horas depois eram ainda milhares os professores que percorriam a Avenida da Liberdade Restauradores, Rossio e Rua do Ouro.
A Senhora ministra não gosta destas ruas? Optou por não se demitir? Diz que não se vai embora? Não vai ceder e enclausura-se no casulo da sua litania e da sua politica há muito tempo póstuma?
Esta ministra não gosta do olho rua? Sócrates terá de ceder, o “quadro de excedentários do governo” espera-a, a factura em votos começa a ficar demasiado insustentável. Com uma manifestação destas, este passa a ser um problema do Governo”… e para o governo.
Hoje não me apetece vir aqui explicar, a quem ainda não percebeu, os motivos da indignação, se sou a favor ou contra a avaliação, da suspensão dos prazos médios ou intermédios, nem vou cobrar o lamento das aulas de substituição, das providências cautelares, do professor titular, do pouco espaço pedagógico de sobra numa sala a abarrotar de alunos, da trapalhada do novo modelos de gestão escolar… a noite foi um abrigo absurdo e inquieto e é inquieto também o desejo da pena com que escrevo, é a emoção que corre à frente do biografar dos factos e dos motivos.
O protesto foi gigantesco e os professores mostraram que não podem ser pasto seco na ignição de qualquer contingência ou incontingência. Não temos medo, o nosso grito não é clandestino…”sobrou-nos peito” e ontem fomos nós a dizer o nosso nome de forma robustamente maiusculizada e até onde a senhora ministra nos podia encontrar. Do sul ao norte da ilha da Madeira a trás-os-montes ouvi gritar com a mesma graça, a nossa raça… do Algarve veio o baile, tocaram adufes os da beira, com os de trás-os-montes bombamos como os zés Pereiras. Cantaram os do Douro as Janeiras, dançaram chulas os do Minho, os do Alentejo abriram-no o peito à planície, colhemos no fado o jeito de um país por inventar. Viemos todos empurrá-la da cadeira… E viva quem se indigna…
Aos que ficaram em casa, aos retidos nos autocarros pela PSP em Aveiras na estação de serviço, nós estivemos lá também por eles.
“Está na hora, está na hora da ministra ir embora”, todo o poema que rima também é um apelo ao desassossego de quem quer ser professor…
A frente do protesto ocupava o Terreiro do Paço pelas 16h30, mas mais de três horas depois eram ainda milhares os professores que percorriam a Avenida da Liberdade Restauradores, Rossio e Rua do Ouro.
A Senhora ministra não gosta destas ruas? Optou por não se demitir? Diz que não se vai embora? Não vai ceder e enclausura-se no casulo da sua litania e da sua politica há muito tempo póstuma?
Esta ministra não gosta do olho rua? Sócrates terá de ceder, o “quadro de excedentários do governo” espera-a, a factura em votos começa a ficar demasiado insustentável. Com uma manifestação destas, este passa a ser um problema do Governo”… e para o governo.
Hoje não me apetece vir aqui explicar, a quem ainda não percebeu, os motivos da indignação, se sou a favor ou contra a avaliação, da suspensão dos prazos médios ou intermédios, nem vou cobrar o lamento das aulas de substituição, das providências cautelares, do professor titular, do pouco espaço pedagógico de sobra numa sala a abarrotar de alunos, da trapalhada do novo modelos de gestão escolar… a noite foi um abrigo absurdo e inquieto e é inquieto também o desejo da pena com que escrevo, é a emoção que corre à frente do biografar dos factos e dos motivos.
O protesto foi gigantesco e os professores mostraram que não podem ser pasto seco na ignição de qualquer contingência ou incontingência. Não temos medo, o nosso grito não é clandestino…”sobrou-nos peito” e ontem fomos nós a dizer o nosso nome de forma robustamente maiusculizada e até onde a senhora ministra nos podia encontrar. Do sul ao norte da ilha da Madeira a trás-os-montes ouvi gritar com a mesma graça, a nossa raça… do Algarve veio o baile, tocaram adufes os da beira, com os de trás-os-montes bombamos como os zés Pereiras. Cantaram os do Douro as Janeiras, dançaram chulas os do Minho, os do Alentejo abriram-no o peito à planície, colhemos no fado o jeito de um país por inventar. Viemos todos empurrá-la da cadeira… E viva quem se indigna…
Aos que ficaram em casa, aos retidos nos autocarros pela PSP em Aveiras na estação de serviço, nós estivemos lá também por eles.
“Está na hora, está na hora da ministra ir embora”, todo o poema que rima também é um apelo ao desassossego de quem quer ser professor…
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