"A monarquia do pelourinho teima em serenamente transformar pão em rosas, teima em comodamente percorrer este caminho de lógica inversa em tempos que na Covilhã têm sido sempre difíceis. A gravidez, destes nossos monarcas, é sempre psicológica e a sedutora e estimulante semântica é sempre a do pífaro, como a das delirantes obras estruturantes com que o monarca promete asfaltar a cidade: aeroportos (sonha a monarquia embarcar no Aeroporto Internacional do Terlamonte e aportar nas Barajas ou, quiçá, na Transilvânia); fábricas de aviões; gigantescas-barragens, Centros de Artes, Terceiras Ligações à A23; Casinos; Variantes; grandes pontes (que mais não servem que para estimular o turismo suicidário); casinos; grandes hipermercados … enfim… virão a seguir os “campos de golfe” e os “Resorts”… enfim… vai ser até lhes faltar o improvável absurdo do fôlego em portos artificiais. Lembro que na tentação do canto da sereia vem sempre associada a do augúrio da ruína destas práticas políticas recobertas de irracionalidade.
Em terra firme a agonia de uma cidade: o aumento do desemprego, a diminuição das empresas activas, a diminuição do investimento público, a desertificação, o escandaloso desperdício em termos humanos das centenas, ou milhares, de casas em ruína, devolutas e em venda, a face mais-que-visivel de uma política urbanística desregrada e atolada nos interesses instalados.
Em terra firme abrem-se feridas de solidão e de abandono nos nossos idosos, já fragilizados por estigmas gerontofóbicos e ancianistas, a política e o eleitoralismo descarado da esmolinha da refeição a um euro, por si, não revaloriza o papel do idoso, é necessário que sejam criadas oportunidades para que utilizem as suas capacidades em actividades que dignifiquem a sua existência, de forma mais autónoma possível.
Em terra firme esgalha-se um escandaloso e injustificável aumento das taxas e tarifas de água, resíduos sólidos e saneamento, com o disfarce do manhoso álibi da necessidade de um novo equilíbrio social. Muito mal esgalhado senhor vereador! Quase que o ouvia dizer, neste improvável sentido de equilíbrio, que este aumento evitava gastos em álcool e no jogo por parte da população idosa e mais carenciada.
Todos nos lembramos da promessa do edil covilhanense, aqui na Assembleia Municipal, garantindo o não aumento destas mesmas tarifas durante o seu mandato. Permitam-me ser politicamente incorrecta mas este presidente mentiu e omitiu deliberadamente!
Esta é uma subida inaceitável, injustificável, inoportuna e que agrava as dificuldades de sobrevivência dos mais carenciados e que sabemos ser resultado de uma pressão por parte da empresa privada, parceira da câmara neste negócio, no total desprezo por quem cá mora e por quem cá trabalha. Medida mais sensata seria a isenção do pagamento da factura de água e taxas acessórias, a famílias carenciadas, no limite mínimo essencial por pessoa definido pela Organização Mundial de Saúde.
Mas há toda uma realidade que teima em permanecer invisível a este executivo camarário, realidade da pobreza, da exclusão social, do sobre endividamento de famílias e de pequenas empresas, dos grupos sociais desfavorecidos, uma realidade que na Covilhã não é um problema de crise global mas consequência das más opções de quem a lidera o governo do Concelho que em termos sociais está ao mais alto nível do homem das cavernas.
Deixo-lhe um grande conselho presidente, já que não nos pode dar o sol então saia lá da frente."
Em terra firme a agonia de uma cidade: o aumento do desemprego, a diminuição das empresas activas, a diminuição do investimento público, a desertificação, o escandaloso desperdício em termos humanos das centenas, ou milhares, de casas em ruína, devolutas e em venda, a face mais-que-visivel de uma política urbanística desregrada e atolada nos interesses instalados.
Em terra firme abrem-se feridas de solidão e de abandono nos nossos idosos, já fragilizados por estigmas gerontofóbicos e ancianistas, a política e o eleitoralismo descarado da esmolinha da refeição a um euro, por si, não revaloriza o papel do idoso, é necessário que sejam criadas oportunidades para que utilizem as suas capacidades em actividades que dignifiquem a sua existência, de forma mais autónoma possível.
Em terra firme esgalha-se um escandaloso e injustificável aumento das taxas e tarifas de água, resíduos sólidos e saneamento, com o disfarce do manhoso álibi da necessidade de um novo equilíbrio social. Muito mal esgalhado senhor vereador! Quase que o ouvia dizer, neste improvável sentido de equilíbrio, que este aumento evitava gastos em álcool e no jogo por parte da população idosa e mais carenciada.
Todos nos lembramos da promessa do edil covilhanense, aqui na Assembleia Municipal, garantindo o não aumento destas mesmas tarifas durante o seu mandato. Permitam-me ser politicamente incorrecta mas este presidente mentiu e omitiu deliberadamente!
Esta é uma subida inaceitável, injustificável, inoportuna e que agrava as dificuldades de sobrevivência dos mais carenciados e que sabemos ser resultado de uma pressão por parte da empresa privada, parceira da câmara neste negócio, no total desprezo por quem cá mora e por quem cá trabalha. Medida mais sensata seria a isenção do pagamento da factura de água e taxas acessórias, a famílias carenciadas, no limite mínimo essencial por pessoa definido pela Organização Mundial de Saúde.
Mas há toda uma realidade que teima em permanecer invisível a este executivo camarário, realidade da pobreza, da exclusão social, do sobre endividamento de famílias e de pequenas empresas, dos grupos sociais desfavorecidos, uma realidade que na Covilhã não é um problema de crise global mas consequência das más opções de quem a lidera o governo do Concelho que em termos sociais está ao mais alto nível do homem das cavernas.
Deixo-lhe um grande conselho presidente, já que não nos pode dar o sol então saia lá da frente."
3 comentários:
Gostei deste texto - forte, incisivo, verdadeiro.
Muito bem, AnnaLee!
Grande texto! Eu, de Covilhã, entendo muito pouco, mas lá que é um excelente texto, disso não tenho dúvidas.
JR
Subscrevo o comentário da Flor do cardo, infelizmente o predomínio do acessório sobre o essencial foi um virus pandémico que deu em muitos políticos/políticas.
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