O resultado do plenário dos órgãos sociais do Benfica, reunido ontem de urgência, é um comunicado (pode ser lido aqui http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=222060) no qual os dirigentes benfiquistas berram com toda a gente, vociferam, apontam o dedo acusador em várias direcções, perdem as estribeiras, e chegam a conclusões de um ridículo a roçar o anedótico, a birrinha do menino mimado.
As arbitragens são más, o Secretário de Estado terrível, o Conselho de Arbitragem miserável.
Daí, os dirigentes do Benfica partem para a ameaça gratuita - não vão jogar a Taça da Liga, pedem aos adeptos do clube que não acompanhem a equipa nos jogos fora do Estádio da Luz, vão querer rever os termos dos contratos de transmissão televisiva dos jogos em que o Benfica participa.
Curiosamente, nem uma palavra acerca de uma equipa que joga um futebol vulgar, que perdeu quatro dos cinco jogos oficiais disputados (não esquecer a Supertaça), que perdeu elementos fundamentais na sua estrutura e não soube antecipadamente cuidar da sua substituição, que manteve jogadores que estão claramente contrariados, sem saber cuidar dos aspectos motivacionais relacionados, que teimosamente mantém um modelo de jogo que funcionava com jogadores que já não estão no plantel e que já deu provas que, actualmente, e com os jogadores que compõem o plantel, está claramente desajustado.
Uma óptima decisão se a ideia era desresponsabilizar os jogadores e a equipa técnica de um início de época inimaginável.
O pior da história do clube.
Como adepto de um clube rival, agradeço a postura.
Não de águia, antes de avestruz.
Houve erros de arbitragem?
Houve.
E continuará a haver.
Com o Benfica a ser prejudicado e beneficiado.
No final, feito o balanço, não é por aí que se ganham campeonatos.
A afirmação não é minha.
É de um benfiquista.
Chamado Toni (conhecem?).
Depois de ter perdido um campeonato para o Porto.
O patético Luís Nazaré, que afirmou que Laurentino Dias "desrespeituou" (acordo ortográfico??) o Benfica, ao ler aquele não menos patético comunicado, estava a justificar o que se prevê ser o futuro muito próximo.
Não é difícil perceber.
Os adeptos benfquistas estão, compreensivelmente, desiludidos com a equipa.
Como tal, é muito natural que, nos próximos jogos, sobretudo longe da Luz, o acompanhamento ao clube não se aproxime do que era visto ainda há bem pouco tempo.
Depois deste comunicado, os dirigentes benfiquistas sempre poderão afirmar que os adeptos se afastaram porque foi isso que lhes foi pedido.
Não porque estão fartos de ver a equipa jogar mal e perder jogos.
Percebido, caro Luís Nazaré.
As ameaças nem merecem comentário.
Tolices para desviar atenções do essencial.
Ridículo!
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