sábado, 16 de outubro de 2010

...a fi(n)ta cor de rosa...

"Nas palavras, uma vez sábias, do Presidente desta Assembleia: “ Senhor Presidente, não caía na tentação de vender património”, o conselho para o refrear da gula pantagruélica da fidalguia camarária.
Em curva aberta, esta câmara socialista, e já socialista a perder de vista, estando impedida de aplicar a golpada da especulação imobiliária, penhorou, num acordo de amigos, por 3.500 000 euros, em notas finas, o Hotel de Turismo da Guarda, e, os ditos amigos, o Turismo de Portugal, homologaram o acordo com a promessa de nele instalarem uma Escola de Hotelaria e Turismo de nível IV, calculamos que os tão famosos CET`S, e não pela sua componente tecnológica de alto nível, mas pelos euros que para eles jorram da União Europeia para as já testadas certificações domingueiras.
Diz o Presidente não ter a Câmara Municipal da Guarda competência para gerir hotéis, não discutimos! É mesmo o atol da incompetência nessa matéria… Aliás… escusado seria dizer que esta Câmara demonstrou grandes competências em condenar o NOSSO hotel a um marasmo insidioso. Mas todos nós aqui também conhecemos as grandes aptidões do Turismo de Portugal para gerir Escolas de Hotelaria, em lhes fazer ceder os soalhos! Sabemos nós se este acordo de amigalhaços não passa de uma encantatória armadilha? Sabemos nós a este acordo de amigalhaços não se atrelará a edificação de mais um moinho sem vento num teatro escondido? Somos a região com mais Escolas de Hotelaria por km quadrado, Manteigas, duas no Fundão, Seia… venham de lá os hotéis para absorver esta gente toda.
Na última Assembleia Municipal, o presidente da câmara apresentou os termos genéricos do contrato, o respectivo prazo de pagamento em dois anos, e nada mais acrescentou. Genérico o suficiente para a alistada confraria maioritária, na habitual “dormência opiária”, carimbar o seu aval ao projecto.
O soberano da corte local, na espiguilha ardorosa e traiçoeira das palavras lá ditou o doce bordado “ mas nós, só depois de mandatados, é que vamos aos pormenores”, pormenores? Aqui os pormenores são os trabalhadores, eram esses os nossos temores!
Nós também lá fomos falar com os trabalhadores, e a si presidente, ninguém por lá o vê há muito tempo! Como ninguém o viu na DELPHI.
Comprometeu-se aqui o senhor presidente em acautelar os seus interesses! Calculamos nós, que dessa extremosa cautela, resultaria garantida a absorção pela dita, ainda fantasma, escola de hotelaria dos trabalhadores, os tais pormenores, que assim o desejassem!
Calculamos nós, que dessa extremosa cautela, resultaria o pagamento de uma indemnização de dois meses de salário por cada ano de trabalho, para os que, e só para os que, desejarem ir para o desemprego. 3 500 000 euros são milhões mais que suficientes para cumprir esse compromisso, aliás seria apenas um magro resquício no montante, e ainda que não fosse...
Não é por coincidência, que denunciamos aqui os pormenores desta câmara socialista, é já socialista a perder de vista, um excesso de endividamento em cerca de 358 mil euros em relação aos limites previstos para o endividamento líquido total, previstos na lei nas finanças locais (com a actualização da redução das transferências para o Município da Guarda prevista na lei nº 12/2010, de 30/06- PEC).
Não é por coincidência, que denunciamos aqui os pormenores desta câmara socialista, é já socialista a perder de vista, um excesso no Passivo Exigível que se traduziu num aumento de 916 milhões euros, influenciado pelo aumento da divida a fornecedores.
Não é por coincidência, que denunciamos aqui os pormenores desta câmara socialista, é já socialista a perder de vista, um excesso de endividamento em cerca de 9 770 mil euros em relação aos contratos de empréstimo.
C`os diabos!À custa dos pormenores, que são os trabalhadores e que é o património da cidade, se tenta contornar toda esta incompetência. Esta câmara socialista é salteadora e saqueadora dos direitos e da vida dos novos “miseráveis” … a forma mais fácil, alguém lhe chamou cobarde.
Acudiu-nos então a ideia… O que vai vender a seguir? As jalecas de casimira? Os retratos de família? O piano? Os reposteiros? Os azulejos? Os vinhos? A máquina de cortar a relva? O veludo coçado dos estofos das cadeiras? O pano do bilhar? Os sanitários?
Dos faqueiros às latrinas… dos moinhos de vento e os moinhos sem vento… assim nos tentam consumir e enredar em escandalosas e criminosas elegias." jorge noutel

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