sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

casamento por conveniência


"Ainda hoje voltei a ver o Luís Filipe Menezes a dar uma entrevista na televisão. Por mais que tente demonstrar a sua discordância das políticas socretinas a realidade mostra que vivem num alegre compadrio. Se à recente confissão pública de que a partilha dos mais importantes cargos de nomeação do estado, estão já está há muito tempo combinada, é disso prova. Também o são os acordos em que ambos os parecem querem silenciar os partidos políticos mais pequenos. Primeiro com a ridícula exigência de os obrigarem a provar que possuem pelo menos cinco mil militantes e agora com a criação de uma nova lei eleitoral autárquica com que pretendem retirar todos os outros, que não eles, dos executivos municipais. Este desdém pelos partidos mais pequenos é mostrado sempre que o Engenheiro vai à Assembleia da Republica e a resposta que encontra para muitas perguntas incómodas é o menosprezar a sua importância, desrespeitando assim as regras democráticas e todos aqueles que votaram nesses partidos. Pelos vistos, estes senhores não conhecem a diferença entre legitimidade democrática, que possuem por terem ganho as eleições, e a prepotência de remeter ao silêncio quem não pense e pactue com eles. Tirar esta escumalha das cadeiras do poder é urgente em defesa das nossas liberdades e dos nossos direitos democráticos."

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

"JAMÉ"


"Depois de anunciada hoje a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa e como o tempo urge, proponho a seguinte indumentária para a tripulação da TAP:
.Hospedeiras: Blusa branca com alguns bordados no peito. Avental preto arredondado com bordados, meia branca bordada à mão e sapato preto com a pala virada para fora, a tapar os atacadores. Não esquecer a foice.

.Pilotos: Camisa branca, com colarinho de ‘Padre’. Calção azul até pouco abaixo do joelho, decorado com botões cromados na anca e junto ao joelho, com meia branca bordada à mão até ao joelho e sapato preto com pala virada para fora, a tapar os atacadores e juntamente com as esporas. Colete vermelho, nas costas um bordado preto, com o desenho da ferradura do cavalo. Cinta vermelha bem apertada à cintura. Na cabeça, um barrete verde com uma barra vermelha. Jaqueta da cor e do mesmo tecido do calção, também decorada com botões cromados. O pampilho (vara) de campino é indispensável."
extraído do blog.www.legumesalteados.blogspot.com/

Reféns das FARC já foram libertadas

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou que as duas reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) já foram resgatadas e estão num helicóptero a caminho da Venezuela, informação que é confirmada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Clara Rojas --ex-assessora da candidata presidencial Ingrid Betancourt -- e a ex-deputada Consuelo Gonzalez foram raptadas há cinco e seis anos, respectivamente.
Ler mais...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Lançamentos fluviais


10.01.2008, Nuno Pacheco (No Público)
"No passado fim-de-semana, ao folhear os semanários, saltava à vista este título lapidar, mesmo na capa do Expresso: "PSD: Aguiar Branco lança Rui Rio". OK, mas de que ponte?, perguntaria o leitor mais incauto, sem perceber muito bem do que se tratava. Equívocos do verbo lançar, evidentemente. Vai-se aos livros e lá está, bem explícito, que lançar significa arremessar com força, atirar, arrojar, deitar, expelir, vomitar, apontar, dirigir, inscrever, fazer nascer, produzir, expelir, exalar, espalhar, derramar, atribuir, pôr em voga, fazer constar, indagar. Ou atirar-se, precipitar-se, avançar. Nada que se aplique de imediato ao presidente em exercício da Câmara do Porto, embora por mais do que uma vez ele se tenha precipitado em decisões menos abonatórias, se tenha atirado contra jornalistas e tenha avançado com medidas que lhe valeram fortes críticas. Mas daí a lançarem-no, como dantes se fazia nos circos aos homens-bala, vai enorme distância. Sucede que o título, bem como o texto que lhe está associado, se refere à hipótese de Rio vir a ser alternativa a Menezes na liderança do PSD. Quem a coloca, entre outros? Aguiar Branco, um homem que Rio convenceu um dia a não se candidatar contra Marques Mendes porque isso podia dar a vitória a Menezes.
Ora, Aguiar não se candidatou, mas Menezes ganhou. E a tese de Rio desaguou no oceano dos falhanços. Eis que agora, depois de temporário amuo, Aguiar anuncia: "Estamos a guiar o mesmo carro e dificilmente não será assim". Lá voltará o leitor incauto, desta vez zangado: como a guiar o mesmo carro? Então agora já há carros com dois volantes? Nada disso. E também não é metáfora. Aguiar e Rio estiveram ao volante do mesmo carro, sim, porque o primeiro convidou o segundo para parceiro numa corrida de automóveis em Braga, a 8 de Dezembro. E lá posaram, devidamente enfarpelados, para a fotografia (também no Expresso).

Pois bem: entre carros e pontes, a verdade é que há já quem procure engrossar o caudal de Rio para que ele desagúe devidamente num lugar que Menezes ainda mal aqueceu. Mais: até há quem lhe envie mensagens, e-mails, a sugerir que ele venha a ser o futuro ministro de Portugal, coisa que ele naturalmente muito agradece (os mails, claro), mas ainda não comenta. Já houve almoço, como convém nestas coisas, e já se vislumbra, nos horizontes de um mirífico poder, como sucessor do "barrosismo", do "mendismo" e do "menezismo", o "riismo". Pode não ser fácil de concretizar, e menos ainda de pronunciar, mas é o que há, nestas andanças. Rio está "consciente das suas responsabilidades e não as descartará", afiança, ainda ao Expresso, um ex-apoiante de Marques Mendes. A coisa parece séria. Mas como um lançamento nunca vem só, eis que o próprio Rio admite recandidatar-se a um terceiro mandato camarário. Porquê? Porque, diz ele, "não há duas sem três". Fatal. Talvez alguém se lembre de ressuscitar, a propósito de tais lançamentos, a velha canção festivaleira de Sérgio Borges: "Onde vais rio que eu canto/ nova luz já se alumia." Preparados?"

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Bloguistas

http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/

Tratado Europeu não vai a referendo


Ao contrário do compromisso assumido na última campanha eleitoral, o primeiro ministro anunciou ontem que o governo não vai referendar o Tratado Europeu, após decisão assumida pela Direcção do PS. Nas últimas semanas, o Presidente da República e o PSD também insistiram na aprovação parlamentar do Tratado. O Bloco Central está unido para evitar que a população discuta o futuro da Europa e decida sobre o funcionamento da União Europeia. Tal como tinha sido anunciado, o Bloco de Esquerda vai apresentar uma moção de censura ao governo.
Ler mais...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Sondagens apontam para vitória de Obama nas primárias democratas de hoje


"A média das últimas dez sondagens feitas nos EUA dá a vitória ao senador Barack Obama nas primárias de hoje do Partido Democrata em New Hampshire, as segundas a realizarem-se para a definição de quem será o candidato às eleições de Novembro. Obama teria 37% das intenções de voto. Hillary Clinton, que até agora liderava com alguma tranquilidade, caiu abruptamente e aparece em segundo, com 29%." www.esquerda.net

domingo, 6 de janeiro de 2008

Miguel Almeida - Feira de artes- ANIL covilhã










adeus pacheco


Somos cinco numa cama. Para a cabeceira, eu, a rapariga, o bebé de dias; para os pés, o miúdo e a miúda mais pequena. Toco com o pé numa rosca de carne meiga e macia: é a pernita da Lina, que dorme à minha frente. Apago a luz, cansado de ler parvoíces que só em português é possível ler, e viro-me para o lado esquerdo: é um hálito levemente soprado, pedindo beijos no escuro que me embala até adormecer. Voltamo-nos, remexemos, tomados pelo medo de estarmos vivos, pela alegria dos sonhos, quem sabe!, e encontramos, chocamos carne, carne que não é nossa, que é um exagero, um a-mais do nosso corpo mas aqui, tão perto e tão quente, é como se fosse nossa carne também: agarrada (palpitante, latejando) pelos nossos dedos; calada (dormindo, confiante) encostada ao nosso suor."

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

“Borbardeemos” o tratado


No dia 13 de Dezembro em ambiente natalício, os governantes dos vinte e sete países europeus, presentearam-nos com aquilo que “diz que é uma espécie de novo tratado.”Este que foi pomposamente rubricado em Lisboa. - “Mais simplificado”: diz SarKozy, resultou de um retoque de 295 emendas ao tratado assinado em Roma em 1957, e de 61 emendas ao de Maastricht de 1992, e umas dezenas de protocolos e declarações anexos, simplificado?
Sarko l´Américain parece querer criar uma ilusão necessária com força emocional de arrastão ideológico tão típico de uma qualquer palerma americanice política. Simplificado diz Sarkozy pensando e acreditando na não necessidade de um voto aberto dos europeus.
Depois de um participado referendo em Maio e Junho de 2005 a França e a Holanda reagiram com um sonoro “Não” ao TCE “Tratado Constitucional Europeu”, e quando o mais esperado seria outro tipo de reflexão, indo de encontro ao que os europeus querem, uma compreensão das objecções a esse tratado e um compromisso com esse esmagador NÃO, eis que a correcção foi “a tiro”, à revelia dos europeus, consumando algo para o qual a Europa acredito não estar pronta para entrar em consenso.
Sabemos que os 27 fogem da soberania do povo como os vampiros dos alhos, e a opção foi pelo calibrar de uma nova forma de atraiçoar a democracia aos povos que trabalham e que lhe é vedado o direito de conduzir a sua própria vida.Quem trabalha?peço desculpa, quem tem o direito a procurar emprego… que o direito ao emprego já não é contemplado neste novo texto “flexisimplexificado”. Corrijo pois, quem tem o “direito de procurar emprego” já não tem o direito de influenciar a democracia? Será que Lippmann tem razão? Somos o “rebanho tolo” que ao tornar-se participante só iria causar sarilhos? Somos um rebanho tolo que de vez em quando participa numa eleição implorando a um destes 27 para ser o nosso líder? Somos um rebanho tolo espectador desta classe especializada em nos ajudar a atravessar a estrada?Ironicamente, ou não, algo não muda e mesmo que assim fosse não era novidade, a sacralização de um Europa neo-liberal e numa “máquina para liberalizar” (Denord) onde quem comanda e domina são “tropas” da Alemanha, França, Itália e Reino Unido, que dispõem hoje de um real poder de veto dentro do Conselho não podendo nenhuma decisão por maioria qualificada ir contra a opinião de três deles.
Não muda neste tratado a ausência de políticas sérias para resolver catástrofes sociais resultantes das corrosivas de hinos e bandeiras internas instaladas como os graves problemas da saúde, dos padrões de educação, do desemprego, do declínio dos salários reais, dos sem-abrigo, do aumento da violência e da criminalidade.
Está já em marcha o movimento queremos um referendo ao tratado de Lisboa assinado por mais de 55 000 pessoas, entre elas dirigentes sindicais, activistas sociais e figuras das diversas correntes da esquerda francesa (PS, PC, Verdes, LCR), congregando ainda outros movimentos como Respeitem o nosso não, Pela República Social e Colectivo 29 de Maio .O texto deste movimento apela para o apego à democracia, apela para uma mobilização e um unir de esforços sem precedentes naquilo que é um assunto da maior importância para cada um de nós e na defesa da soberania popular. Nas palavras de Chomsky “nestas circunstâncias é preciso distrair o rebanho tolo, porque, se começa a saber disto, pode não gostar, pois é ele que vai sofrer”.
“Borbardeemos” o tratado
Também me apetece dizer:“A única solução é bombardear”
Obriguemos os nosso governo a não nos negar a democracia.
BOM ANO! BONS REFERENDOS!