sexta-feira, 29 de abril de 2011

...um homem pragmático... ana monteiro...



Protocolar… publicitar… plantar… postular… pulverizar… providenciar…

Esta noite, pela primeira vez deitado entre muros de carris, como um cristo empalhado numa pequena cruz. Nunca teve um fascínio especial pelo vitalismo das estrelas, sempre temeu as suas perigosas fantasias e perigosas maquinações daqueles luminosos magnetos cósmicos. Deslumbrado apenas pelo inócuo ensaio visceral do ritmo das palavras, nunca teve o fascínio em ir além dos carris visíveis, onde a vontade sempre encerrou o seu mundo. Quando era criança estabeleceu o limite, os estores internos, partia com o comboio na métrica medida das suas palavras, sem que as temíveis terras ocultas o tentassem. Pedro nasceu com um pé virado para cada lado, aliás, os pés estavam na posição correcta, o seu cérebro é que nunca o percebeu, comandava-os sempre em direcções proporcionalmente opostas, a natureza da afasia antecipou-lhe a raia do ramerrão destemperado da vida quotidiana. Foi um ponto a seu favor quando foi promovido a chefe da estação, o primeiro imperativo seria ter o receio de embarcar, um exílio no cais que nem sequer era forçado, mas, pré-determinado. Concentrava-se na métrica medida das suas palavras e por instantes conseguia acompanhar o comboio, mesmo que, sempre aquém dos carris ainda visíveis, vencia a exigência da natureza, prestava homenagem à lavra das palavras, apenas interrompida pelo desaparecer da composição.
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...a máquina de fazer espanhóis...valter hugo mãe...

«com a morte, também o amor devia acabar. acto contínuo, o nosso coração devia esvaziar-se de qualquer sentimento que até ali nutrira pela pessoa que deixou de existir. pensamos, existe ainda, está dentro de nós, ilusão que criamos para que se torne todavia mais humilhante a perda e para que nos abata de uma vez por todas com piedade. e não é compreensível que assim aconteça. com a morte, tudo o que respeita a quem morreu devia ser erradicado, para que aos vivos o fardo não se torne desumano. esse é o limite, a desumanidade de se perder quem não se pode perder. foi como se me dissessem, senhor silva, vamos levar-lhe os braços e as pernas, vamos levar-lhe os olhos e perderá a voz, talvez lhe deixemos os pulmões, mas teremos de levar o coração, e lamentamos muito, mas não lhe será permitida qualquer felicidade de agora em diante. caí sobre a cama e julguei que fui caindo por horas, rostos e mais rostos colocando-se diante de mim, e eu por ali abaixo, caindo, sem saber de nada. quando, por fim, me levantei, estava a anos-luz do homem que reconheceria, e aprender a sobreviver aos dias foi como aceitar morrer devagar, violentamente devagar, à revelia de tudo quanto me parecia menos cruel. e a natureza, se do meu coração não se esvaziou o amor pela laura, estaria numa aniquilação imediata para mim também, poupando-me à miséria de ver o sol que arde sem respeito por qualquer tragédia.
fica-se muito zangado como pessoa. não se criem dúvidas acerca disso. fica-se zangado e deseja-se aos outros pouco bem, e o mal que lhes pode acontecer é-nos indiferente ou, mais sinceramente, até nos reconforta, isso sim, como um abraço de embalo, para que não se ponham por aí a arder como o sol e, sobretudo, não nos falem com uma alegriazinha ingénua, de tempo contado, e nos façam perceber o quanto éramos também ingénuos e nunca nos preparáramos para a derrocada de todas as coisas. nunca nos preparamos para a realidade. passamos a ser cidadãos terrivelmente antipáticos, mesmo que façamos uma gestão inteligente desse desprezo que alimentamos crescendo. e só não nos tornamos perigosos porque envelhecer é tornarmo-nos vulneráveis e nada valentes, pelo que enlouquecemos um bocado e somos só como feras muito grandes sem ossos, metidas dentro de sacos de pele imprestáveis que já não servem para nos impor verticalidade nem nas mais pequenas batalhas.»

sábado, 16 de abril de 2011

...mourinho decora o balneário com fotos e citações do barça...outros decorariam com fotos da namorada do ronaldo nua...

En Valdebebas se respira ánimo de venganza. Ayer, el vestuario amaneció empapelado de fotografías y recortes de prensa con las declaraciones llegadas en las últimas semanas desde Barcelona. En cada rincón del vestuario merengue era fácil encontrar ayer instantáneas que hieren el orgullo de los jugadores blancos. Un plan diseñado a medida por Mourinho. La foto más repetida: la manita de Piqué. Pero también había de Guardiola. Otra muy fotocopiada es la celebración de uno de los goles del encuentro de ida (5-0), en la que se aprecia en primer plano a Villa y Messi festejando.
Mourinho trata de motivar a sus jugadores y cree que esta es la mejor manera para tocarles la fibra. Y no sólo con fotografías. También dos frases: la famosa porra de Rosell para la final de Copa del miércoles "Pongo un 5-0, para no perder la costumbre", dijo el presidente culé y el desliz de Guardiola en la previa de los cuartos de Liga de Campeones "Si ganamos al Shakhtar, estamos en la final". Todo lo que puede interpretarse como salidas de tono azulgrana ha tenido eco en el santuario blanco.
El cuerpo técnico y la plantilla quieren resarcirse de las últimas tundas azulgrana y por ello se han conjurado para hablar en el campo. Además, los jugadores creen que el de esta noche, primero de los cuatro clásicos, "es clave para cambiar la dinámica" de los últimos años, y recobrar la confianza. El "¡A por ellos!" que Xabi Alonso soltó en Londres tras ganar al Tottenham (0-1) se ha convertido en el grito de guerra del vestuario, escuchado ayer antes y después de la charla de Mou. "

sexta-feira, 15 de abril de 2011

...não faças o que eu digo...

"O tal que encetou uma cruzada para a moralizar os gastos com a qualidade das viagens dos deputados, foi apanhado a dormir todo refastelado em 1ª classe. Não há pachorra para eistes bloqueiros." www.carpinteira .blogspot.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

...para lá do marão já não mandam os que lá estão... nada mudou desde 2009... as mesmas moscas de sempre...

Por detrás de outras formas lógicas que poderiam assumir, no espectro dos partidos apenas manda um corpo a que chamam “Comissão política” e cuja tradução literal será o arquipélago dos amiguinhos, obedecendo à lógica, também não questionada pela nossa constituição, de quem parte e reparte e, aos amiguinhos, fica sempre reservado a melhor parte, sendo os primeiros a ser servidos - (a chegar ao tacho) . E neste clube de amiguinhos não se discrimina o interesse de cada um dos seus. Vejamos então esta lógica levada à extrema consequência, apresento-lhes o cabeça de lista nas eleições legislativas pela Covilhã: o refugo açoriano Costa Neves, pelo PSD, o refugo socialista Francisco Assis pelo pela Guarda.
Ninguém resiste à tentação, e parece que cada vez mais o conceito de “biodiversidade” não anima o nosso espectro partidário, nem as ideias, (e já não falo em ideais, que o vocábulo já entrou em desuso) sobre as quais modelam as suas práticas, mesmo os que se querem mais intocáveis e até imaculados, como os candidatos do Bloco de Esquerda, lá vão pulando as cercas, vejamos os casos de Braga, Santarém ou mesmo Faro (se bem que este último seja uma outra história), onde se anula a possibilidade de uma lógica diferente.
É deplorável, indecente e vergonhoso que a corrida para os ditos tachos siga as imposições directas, que não recomendações, do arquipélago dos amiguinhos, obedecendo à lógica, também não questionada pela nossa constituição, de quem parte e reparte e, aos amiguinhos, fica sempre reservado a melhor parte, sendo os primeiros a ser servidos. Conhecemos bem as razões explícitas destas comissões políticas. Na minha opinião no outdoor de campanha destes avatares pára-quedistas deveria ser obrigatório constar o retrato duplo, de perfil e de frente.
No eterno jogo da ambivalência, que nos confunde a interpretação da nossa identidade, fazem-nos querer, nos repasto dos seus discursos e teses, que as pessoas é que contam, que o melhor do mundo são as pessoas, que existem sem dúvida especificidades locais, que ninguém melhor que os que cá vivem poderão tomar conta de nós lá na casa mãe (parlamento) … as tantas e bastas vezes que me fartei de ouvir isto quando ainda militava!
O que caracteriza, na sua metamorfose, estes senhores e senhoras, não é, com toda a certeza, o conhecimento da região porque se apresentam, mas sim o facto de serem ícones no tal arquipélago, estratégia, então, claramente e descaradamente pervertida, enfraquecendo irremediavelmente o potencial da região, tornando-se mesmo potenciais ameaças à deformação monstruosa daquilo que realmente queremos ver vingar nas nossas regiões.
ana monteiro  - agosto de 2009

...este é o nosso destino...o ar da rússia faz-nos bem... este porto sabe como meter o pé...



domingo, 10 de abril de 2011

...tribunal de contas chumba funicular da covilhã... e agora pá??? a obra já vai tão adiantada... mais me parece que andam já a limpar o cu antes de cagarem...

"A obra de construção do funicular de S. João de Malta, na Covilhã, não obteve visto do Tribunal de Contas, segundo o Correio da Manhã (edição em papel). Com uma extensão de cerca de 200 metros e dois minutos de viagem previstos, a obra custa 1.549.963,85 Euros. Foi adjudicada em Novembro de 2010. Sem visto, as obras começaram em Fevereiro deste ano."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

...violação da liberdade de expressão... A DOR DE CORNO NÃO MATA MAS MÓI...

... os marujos do clube com quem nós vamos jogar domingo e, em cujo estádio, vamos festejar mais um título, vão impedir a  entrada de bandeiras do  FUTEBOL CLUBE DO PORTO, ou quaisquer outro tipo de adereços, invocando, para além de outros disparates, questões de segurança... desses problemas estamos nós bem livres, a nossa segurança começa, logo, nas pontes de acesso ao Porto:) :) :)...
...mas estas "bichas de rabiar", que têm por símbolo um glináceo, não vão impedir que as ruas da cidade de lisboa sejam invadidas de uma imensa algazarra... METAM VASELINA...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

...josé sócrates ... un antipático contra todos...

El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos europeos y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos diciendo que que el país puede superar sus problemas con sus propias fuerzas. Después de ser derrotado en el Parlamento ha presentado su dimisión y ha lanzado a su partido, el socialista, de frente y a toda velocidad contra la oposición liberal-conservadora, esperando que en el último momento un volantazo de buena suerte le permita dar la vuelta a las encuestas y regresar victorioso.
En la última cumbre europea de Bruselas, este viernes, sorprendió a muchos cuando se dedicó a saludar estrechando la mano a todos los periodistas antes de sentarse a explicar su versión de lo que había sucedido en el Consejo. Dada su proverbial fama de antipático, el gesto podía interpretarse como una especie de despedida, teniendo en cuenta que para la próxima cumbre es posible que las elecciones le hayan devuelto a la oposición. «Puede tener usted la seguridad de que no me estoy despidiendo» aclararía después, «aunque estoy seguro de que en su periódico es lo que están deseando». Sócrates no solo conoce perfectamente todo lo que se dice sobre él en los diarios de Lisboa (y por lo que se ve también de algunos de Madrid) sino que está convencido de que gran parte de sus problemas vienen del hecho de que no siempre cuentan las cosas del modo que más le gustaría. En la misma comparecencia atacó sin mucho disimulo las preguntas incómodas, a pesar de que coincidían con la opinión que estaban expresando los demás jefes de Gobierno en salas contiguas: «lo que causa la especulación son preguntas como las que me están haciendo. Portugal no necesita ninguna ayuda y si lo que se quiere es parar los movimientos especulativos, es infantil creer que eso sucederá si pedimos ayuda».
Portugal deberá hacer frente al vencimiento de una serie de paquetes de deuda por valor de 9.000 millones de euros en los próximos tres meses, en plena campaña electoral, forzada precisamente porque Sócrates no logró que el Parlamento aprobase el plan de recortes de gastos que había pactado con las instituciones comunitarias. Desde que el líder socialista es primer ministro, la deuda del país ha ido aumentando de forma vertiginosa. Solo en 2010 tuvo que pedir 51.000 millones de euros, un treinta por ciento más que el año anterior, y un 50 por ciento más que el precedente. Los intereses que tiene que pagar por los nuevos préstamos son cada vez más altos y las últimas subastas han estado rozando —por arriba—l 8 por ciento de interés. Sin embargo, Sócrates asegura que tiene dinero para pagar estas obligaciones, cuya amortización rebajaría sustancialmente la presión financiera sobre el país.
Para creer a Sócrates hay que hacer abstracción de las partes más importantes de su biografía. No solo que empezase su carrera política como fundador de las juventudes del Partido Social Demócrata (conservador), sino porque, ya militante socialista, su escasa carrera privada en el sector de la construcción en los años 80 fue una de las más desastrosas de la época. Tuvo que retirarse porque el ayuntamiento de la ciudad de Guarda, para el que trabajaba, lo destituyó por unanimidad antes de que lle lloviesen las demandas por la escasa calidad e sus proyectos. Su escandalosa manera de hacerse con una licenciatura como ingeniero teniendo en cuenta que cuatro de las cinco asignaturas las impartía un profesor al que luego otorgó un cargo importante en el Gobierno y la quinta el propio rector de una universidad privada de Lisboa que acabó siendo cerrada precisamente por el cúmulo de irregularidades que aparecieron al investigar el escándalo, o que algunos de los pocos exámenes que constan en su expediente los enviaase por fax desde el despacho de primer ministro o que el título lleve fecha de expedición en un domingo, no le impidió aparecer en televisión defendiendo su honorabilidad y acusando a sus adversarios de inventarse un plan para perjudicarlo.
Sin embargo, de lo que ahora se trata es de dinero. De mucho dinero y de la posible quiebra de todo un país. El presidente del Eurogrupo, el luxemburgués, Jean Claude Juncker, ya le tiene hechas las cuentas a Sócrates y asegura que necesita un plan de rescate de más de 70.000 millones de euros para garantizar el pago de una deuda que, por cierto, está sobre todo en manos de bancos españoles. Es imposible que no hayan hablado de esto en la reunión que Sócrates mantuvo el jueves con la canciller Ángela Merkel, que es finalmente la que tiene las llaves de la caja del mecanismo de ayuda finmanciera, pero Sócrates no quiso desvelar el contenido de la conversación: «me va a permitir que dejemos el contenido de esa entrevista en el ámbito privado entre la canciller Merkel y yo mismo». Al menos esta vez a Merkel no le ha pasado como al líder de la oposición de Portugal, el conservador Pedro Passos Coelho, que después de unas experiencias espinosas con el aún primer ministro ha acabado por advertir que no se volverá a reunir con Sócrates «si no es en presencia de testigos». aqui