segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
... jaime braz exhibition...

Restaurante/galleria Adamastor, Foz do Arelho.
December 2009, art exhibition.
Jaime Braz - paintings
Suzanne Oldewarris - collages
Go see
Go see
sábado, 28 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
..."a porca questão das cortesãs"...
Não esperei pelo último suspiro do relógio, nem por isso, fui em tempos recrutada por uma velhacaria que queria mostrar serviço, que horizontalmente talhava caminho e horizontalmente pedia ao patrão um aumento; não esperei para descer último degrau, nem por isso, fui em tempos perseguida por escaravelho da engrenagem que trazia ordem para me calar; não esperei pela comutação da pena, nem por isso, e reparai que uma pessoa nunca esquece que os sonhos são sempre os nossos, não temos que ser cartas infortunadas nem ter orgasmos de papagaio. E no bloco há animais de criação que não ousam dizer tudo..."
Ana Monteiro
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
...quero o valentim olaró laró...
Adeus casa de meu pai
adeus largo do quinteiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
adeus mocidade nova
adeus vida de solteiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
No tempo das desfolhadas
lá na aldeia era um regalo
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
era o tempo em que eu chegava
a casa ao cantar do galo
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
Adeus casa de meu pai
adeus quarto da palhada
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
era a cama onde eu dormia
ao chegar de madrugada
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
Adeus pau de marmeleiro
se ele falasse dizia
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
as pancadas que me deu
quando eu chegava ao ser dia
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
Adeus também ao meu pai
adeus vida de solteiro
quero o valentlm Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
agora é que eu reconheço
o valor do marmeleiro
quero o Valentim Olaró laró
quero o Valentim Olaró meu bem
...o caso da sandes de merda...
"Mais de cem documentos do escritor Luiz Pacheco, incluindo cartas, entrevistas e críticas literárias, foram comprados pela Biblioteca Nacional por 12 mil euros num leilão que decorreu na terça e quarta-feira à noite, num hotel de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, Nuno Gonçalves, responsável da leiloeira Otim Cum Dignitate, que organizou o evento, referiu que o espólio do escritor Luiz Pacheco (1925-2008) foi adquirido por 12 mil euros pela Biblioteca Nacional, ao abrigo do exercício do direito de preferência. Entre os 150 documentos a leilão, estavam textos de autor publicados em “Literatura Comestível”, entrevistas aos jornalistas Raul Malaquias Marques e Clara Ferreira Alves, críticas literárias, provas tipográficas de “Crítica de Circunstância” e correspondência trocada com o pintor e poeta Mário Cesariny (1923-2006), a jornalista Edite Soeiro (1934-2009) e o encenador, cineasta e ensaísta Artur Ramos (1926-2006).Um cartucho literário datado de 1976, com poemas “amarrotados” de António Franco Alexandre, Hélder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães, foi igualmente arrematado pela Biblioteca Nacional, que exerceu novamente direito de preferência, por 800 euros, valor base de licitação. A serigrafia “Jane Eyre”, de Paula Rego, foi comprada por um particular por 1200 euros, mais 800 euros sobre o preço base de venda. Também um particular adquiriu, mas por 1300 euros, o avental impresso com um trabalho da artista madeirense Lourdes de Castro, por ocasião de uma exposição da sua obra, em 1967. Já uma impressão original em cetim vermelho com um dos sonetos que Camilo Castelo Branco (1825-1890) dedicou à prima-dona Laura Geordano, aquando da sua visita ao Porto em 1854, foi vendida por 950 euros, 400 euros acima do montante inicial de licitação. Uma carta do então presidente do Conselho de Ministros Oliveira Salazar ao ministro de Guerra, Morais Sarmento, de 1938, foi arrematada por 320 euros." público
Em declarações à agência Lusa, Nuno Gonçalves, responsável da leiloeira Otim Cum Dignitate, que organizou o evento, referiu que o espólio do escritor Luiz Pacheco (1925-2008) foi adquirido por 12 mil euros pela Biblioteca Nacional, ao abrigo do exercício do direito de preferência. Entre os 150 documentos a leilão, estavam textos de autor publicados em “Literatura Comestível”, entrevistas aos jornalistas Raul Malaquias Marques e Clara Ferreira Alves, críticas literárias, provas tipográficas de “Crítica de Circunstância” e correspondência trocada com o pintor e poeta Mário Cesariny (1923-2006), a jornalista Edite Soeiro (1934-2009) e o encenador, cineasta e ensaísta Artur Ramos (1926-2006).Um cartucho literário datado de 1976, com poemas “amarrotados” de António Franco Alexandre, Hélder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge e Joaquim Manuel Magalhães, foi igualmente arrematado pela Biblioteca Nacional, que exerceu novamente direito de preferência, por 800 euros, valor base de licitação. A serigrafia “Jane Eyre”, de Paula Rego, foi comprada por um particular por 1200 euros, mais 800 euros sobre o preço base de venda. Também um particular adquiriu, mas por 1300 euros, o avental impresso com um trabalho da artista madeirense Lourdes de Castro, por ocasião de uma exposição da sua obra, em 1967. Já uma impressão original em cetim vermelho com um dos sonetos que Camilo Castelo Branco (1825-1890) dedicou à prima-dona Laura Geordano, aquando da sua visita ao Porto em 1854, foi vendida por 950 euros, 400 euros acima do montante inicial de licitação. Uma carta do então presidente do Conselho de Ministros Oliveira Salazar ao ministro de Guerra, Morais Sarmento, de 1938, foi arrematada por 320 euros." público
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
...eu era feliz e ninguém estava morto...

ANIVERSÁRIO
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, 15-10-1929
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos, 15-10-1929
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
...ideia sobre transparência...

Em termos de transparência, acho até que a falta ao segredo de justiça beneficia o combate à criminalidade enquanto o segredo de justiça pode servir para encobri-la porque os dossiers podem ser arquivados ou os actos criminosos prescreverem. Será mais importante revelar a criminalidade infringindo o segredo de justiça ou encobrir a criminalidade com ele?" http://www.ecosecomentários.blogspot.com/
...quem não deve não devia temer...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
...as gaifonas da esquerda folclórica...
"A vida é menos simples que poderia ser"Tchekov

Vítima do e, no engano, depressa, porém, me apercebi de que o bloco ficou com a presidência/refugo, aquilo que todos os outros não quiseram e que a eleição afinal é de inerência, coincidência ou destino, e não como resultado de uma eleição, de entre muitos candidatos, pela competência do dito ou mesmo pela exibição seu sorriso. No afã da gaifonaria, parece que à família toda de César o que basta é mesmo parecê-lo...
Em relação à luta de professores, estamos todos na expectativa de que os partidos que instrumentalizaram os professores para capitalizar tachos pelos seus votos, levem a votação, uma proposta na assembleia da república, que encontre finalmente o caminho da baliza e suspenda este modelo de avaliação, acabando ainda com a divisão da carreira, com toda a certeza que todos estes professores não votaram à espera das meras e clássicas acções protestativas, que não comprometem ninguém e muito menos os tachos das excelências, apenas reduzem os professores a uma manada e compêndio de porcos passando para a supervisão do acima eleito presidente.
ana monteiro
sábado, 14 de novembro de 2009
...não-fujam...

Intervenientes principais:
•• Américo Barrocas Gomes – proprietário de terrenos sitos em Covilhã e promotor imobiliário.
•• Vítor Manuel Marques Gomes – filho e procurador de A. B. G.
•• João Manuel Proença Esgalhado – vereador e depois vice-presidente do mesmo município.
Objecto:
•• Loteamento 327 da Câmara Municipal da Covilhã, datado de 1998.
•• Loteamento 474, datado de 2003.
Contextualização:
•• Um diferendo surgiu na elaboração das infraestruturas do loteamento 327. Esse diferendo levou o loteador a apresentar uma Acção Administrativa Especial no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco contra a Câmara Municipal da Covilhã, que aguarda julgamento desde 2004.
•• Em 2003, em nome do filho, Vítor M. M. Gomes, um Pedido de Informação Prévia é aprovado para novo loteamento, o 474.
•• A 8 de Agosto de 2005, surge uma convocatória do Vereador João Esgalhado, do Pelouro do Urbanismo e Habitação, para uma reunião, onde se pretendem “esclarecer questões relacionadas com o processo 474”.
•• A 24 do mesmo mês a reunião teve lugar, na presença de Vitor Gomes e de uma testemunha - extracto da reunião aqui
•• No dia imediato é enviada uma carta ao Presidente do Município, Carlos Pinto, onde se apresenta a queixa de “coacção” exercida.
•• Uma Acção é apresentada depois, pelo vereador e pela Câmara (com a presença do Presidente e vereadores, até chefes de departamentos, como testemunhas), por difamação, contra Américo Barrocas Gomes e o seu filho Vitor Gomes.
•• Estes últimos foram naturalmente absolvidos, confirmando-se já aqui a atitude corrupta do vereador.
•• Ao mesmo tempo uma denúncia foi efectuada e dirigida à Polícia Judiciária, apontando no sentido das práticas ilícitas dos edis covilhanenses, explicitamente neste caso.
•• Um inquérito moroso e eficaz, onde Vítor Gomes e a testemunha de 24 de Agosto foram ouvidos, deduz o crime de corrupção passiva para acto lícito e ainda de abuso de poderes.
•• A 4 de Agosto de 2008, por despacho do Procurador Adjunto Pedro Lopes Marcelo, é arquivado o processo. aqui
•• A 13 de Outubro, Vítor Gomes, tendo conhecimento do arquivamento, remete o extracto da conversa de 24 de Agosto para o Procurador, tornando-lhe mais que evidente não se ter tratado de “tentar resolver de forma consensual os conflitos”, não trazendo ao Vereador “um comportamento legítimo e aceitável”.
•• Desconhece-se desta forma onde foi o Procurador encontrar “prova” para “tentar promover a resolução extra-judicial e consensual dos conflitos”. Nem como tenha agido “ em respeito pelas regras da legalidade, objectividade e independência”.
•• Desta forma, jamais “toda a actuação da Câmara se mostra sustentada por pareceres técnicos”, dado que estes indicavam no sentido da iminência do alvará. Foi esse mesmo o objecto da reunião, da qual o Vereador quis tirar dividendos, procurando fugir ao processo em tribunal, do qual é o principal visado.
•• O Procurador tudo ignorou, vendo sim, nesses documentos, a “configuração de prática de ilícitos criminais que carecem de investigação, nomeadamente pelo eventual crime de violação do segredo de justiça, e de gravações ilícitas”. Manda avançar um Processo de Inquérito. aqui
Ameaças concretizadas:
•• A partir daí, o loteamento 474 sofreu um retrocesso, com atropelos e contradições, encontrando-se neste momento nova Acção no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco.
Gente impune:
•• O Procurador, que manifestou não duvidar do que se passou na reunião, quando suspeitou de gravações ilícitas. Que vê provas em ”reuniões consensuais” como as do relato escabroso.
•• O Vereador, que foi eleito em 2005 vice-presidente e que ameaçou e “desviou” (termo utilizado pelo Vereador na reunião citada) o loteamento 474.
•• O Presidente da Câmara, que no dizer do João Esgalhado está por detrás de tudo.
•• Américo Barrocas Gomes – proprietário de terrenos sitos em Covilhã e promotor imobiliário.
•• Vítor Manuel Marques Gomes – filho e procurador de A. B. G.
•• João Manuel Proença Esgalhado – vereador e depois vice-presidente do mesmo município.
Objecto:
•• Loteamento 327 da Câmara Municipal da Covilhã, datado de 1998.
•• Loteamento 474, datado de 2003.
Contextualização:
•• Um diferendo surgiu na elaboração das infraestruturas do loteamento 327. Esse diferendo levou o loteador a apresentar uma Acção Administrativa Especial no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco contra a Câmara Municipal da Covilhã, que aguarda julgamento desde 2004.
•• Em 2003, em nome do filho, Vítor M. M. Gomes, um Pedido de Informação Prévia é aprovado para novo loteamento, o 474.
•• A 8 de Agosto de 2005, surge uma convocatória do Vereador João Esgalhado, do Pelouro do Urbanismo e Habitação, para uma reunião, onde se pretendem “esclarecer questões relacionadas com o processo 474”.
•• A 24 do mesmo mês a reunião teve lugar, na presença de Vitor Gomes e de uma testemunha - extracto da reunião aqui
•• No dia imediato é enviada uma carta ao Presidente do Município, Carlos Pinto, onde se apresenta a queixa de “coacção” exercida.
•• Uma Acção é apresentada depois, pelo vereador e pela Câmara (com a presença do Presidente e vereadores, até chefes de departamentos, como testemunhas), por difamação, contra Américo Barrocas Gomes e o seu filho Vitor Gomes.
•• Estes últimos foram naturalmente absolvidos, confirmando-se já aqui a atitude corrupta do vereador.
•• Ao mesmo tempo uma denúncia foi efectuada e dirigida à Polícia Judiciária, apontando no sentido das práticas ilícitas dos edis covilhanenses, explicitamente neste caso.
•• Um inquérito moroso e eficaz, onde Vítor Gomes e a testemunha de 24 de Agosto foram ouvidos, deduz o crime de corrupção passiva para acto lícito e ainda de abuso de poderes.
•• A 4 de Agosto de 2008, por despacho do Procurador Adjunto Pedro Lopes Marcelo, é arquivado o processo. aqui
•• A 13 de Outubro, Vítor Gomes, tendo conhecimento do arquivamento, remete o extracto da conversa de 24 de Agosto para o Procurador, tornando-lhe mais que evidente não se ter tratado de “tentar resolver de forma consensual os conflitos”, não trazendo ao Vereador “um comportamento legítimo e aceitável”.
•• Desconhece-se desta forma onde foi o Procurador encontrar “prova” para “tentar promover a resolução extra-judicial e consensual dos conflitos”. Nem como tenha agido “ em respeito pelas regras da legalidade, objectividade e independência”.
•• Desta forma, jamais “toda a actuação da Câmara se mostra sustentada por pareceres técnicos”, dado que estes indicavam no sentido da iminência do alvará. Foi esse mesmo o objecto da reunião, da qual o Vereador quis tirar dividendos, procurando fugir ao processo em tribunal, do qual é o principal visado.
•• O Procurador tudo ignorou, vendo sim, nesses documentos, a “configuração de prática de ilícitos criminais que carecem de investigação, nomeadamente pelo eventual crime de violação do segredo de justiça, e de gravações ilícitas”. Manda avançar um Processo de Inquérito. aqui
Ameaças concretizadas:
•• A partir daí, o loteamento 474 sofreu um retrocesso, com atropelos e contradições, encontrando-se neste momento nova Acção no Tribunal Fiscal e Administrativo de Castelo Branco.
Gente impune:
•• O Procurador, que manifestou não duvidar do que se passou na reunião, quando suspeitou de gravações ilícitas. Que vê provas em ”reuniões consensuais” como as do relato escabroso.
•• O Vereador, que foi eleito em 2005 vice-presidente e que ameaçou e “desviou” (termo utilizado pelo Vereador na reunião citada) o loteamento 474.
•• O Presidente da Câmara, que no dizer do João Esgalhado está por detrás de tudo.
www.no-fujam.blogspot.com/
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
...partidocracia...

A corrupção, seguramente inevitável na vida pública, parece ter no nosso país, proporções, particulares. É consequência da partidocracia e da má qualidade da democracia que se vai gerando. Os maiores partidos políticos não se livram dela: desde o uso indevido e privado de um veículo oficial, até ao desaparecimento de milhões de euros, tudo é possível.
A originalidade lusa, neste campo, demonstra que os corruptos não actuam em comandita, mas por si. E quando surge um escândalo normalmente só afecta um partido. No entanto, raro é o caso onde não exista, para com os supostos corruptos, uma onda de solidariedade entre militantes do partido afectado, militantes interpartidários e até entre partidos. Talvez seja esta a razão que leva representantes partidários, com responsabilidades políticas e institucionais, a afirmarem que “a política não se deve desacreditar”, em vez de irem ao fundo do problema.
A realidade também demonstra que a nenhum dirigente político interessa fórmulas para combater a corrupção, melhorar a eficácia nos mecanismos de controle, as condições de acesso aos cargos públicos, a vigência das regras éticas e a importância da moral pública. Nada disto é objecto de debate e não está na agenda de nenhum. Normalmente, nas suas prioridades encontramos ideias genéricas, posições fugidias e palavras vazias. Não se ouve uma reflexão que vá além da presunção de inocência, da humilhação da família, das peculiaridades dum caso e no período em que sai na imprensa, e da inconveniência de generalizar. Até aqui chegam, porque do que se trata em questões partidárias é de absorver o impacto do assunto e passar a página, para voltar quanto antes ao de sempre.
Em cada novo escândalo, o “colunista mor ” exige que se ponha limite à corrupção política. Limite à corrupção política? Nada mais simples: alterar a forma como são escolhidos os deputados distritais; Instituir eleições directas nas secções concelhias dos partidos, nas federações e para a presidência. E, sobretudo, fazer a separação entre poder judicial e político. Deste modo talvez pudéssemos aspirar a uma democracia e não a esta partidocracia, cuja essência é a impudência, onde uma linha ténue e impercebível, entre o bárbaro e o votante, separa o abjecto do refinamento.
Admito que a corrupção e os oportunistas existiram sempre. A diferença é que em democracia estas coisas acabam por sair à luz e nas ditaduras e regimes autoritários, ou nunca se sabem, ou olha-se para o outro lado esperando que nunca mais se fale quando alguma coisa suja emerge.
Se existissem em Portugal organizações políticas transparentes e revitalizadas, instituições ágeis e eficientes, resguardadas por uma cidadania comprometida nas questões colectivas, o país certamente sairia do lodaçal onde alguns tentam amarrá-lo.
Apesar de não podermos pensar num golpe qualquer, como forma de acabar com a nossa democracia, reconheço, no entanto, que os escândalos de corrupção, geram cepticismo e muito desafecto com a coisa pública. Eles são capazes de promover o populismo e a demagogia que já andam por aí à solta e são muito próprios de regimes opacos e fechados." António Delgado - http://www.ecosecomentarios.blogspot.com/
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
...kamaru patuscone peidocon... amigo, humilde e sincero...
...As tuas orelhas em desalinho vão ficar sempre comigo... as tuas vizinhas lagartixas vão ter muitas saudades:)...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
...o mundo está a ficar cada vez mais pobre...

SciencesHumaines.com lui rend hommage cette semaine, en publiant, en accès libre, l'intégralité du dossier Lévi-Strauss, que nous lui avons consacré à l'occasion de ses 100 ans, et qu'il avait pu lire. Ce dossier contient, outre les clés pour mieux appréhender son rôle et mieux comprendre son oeuvre, des textes rares et inédits signés Claude Lévi-Strauss.
Voir notre dossier : Comprendre Claude Lévi-Strauss
terça-feira, 3 de novembro de 2009
...fuck you...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
...empurrar o barco...
O ignóbil valente presidente, sempre pouco sensível ao crepúsculo agonizante anunciado em 2007, na ameaça do despedimento de 500 trabalhadores, com palavras plenas de dissimulada iniquidade, deposita agora grinaldas de musgo nas vidas quotidianas de todas as famílias da Guarda, todas elas, um pai ou uma mãe, um filho ou uma filha, um irmão ou uma irmã, estão no cortejo dos condenados. Em cima de suas cabeças conta é a certeza da pena do tombar no olho da rua.
O ignóbil valente presidente onde, num outrora recente, presumiu a soldadura dos votos, é hoje o porta-grinalda da gratidão, é agora o sopro na ferida, pleno de iniquidade, à fábrica de morte, quase que um presunçoso zumbido aos ouvidos dos súbditos trabalhadores, de que afinal não têm porque se queixar de tudo, agradecido à Delphi por ter presenteado a Guarda com a sua presença, e assim se cavam valas de resignação cada vez maiores. Homem de envergadura que sempre resistiu ao apelo, sempre mais-que-legítimo, dos trabalhadores no sentido de serem conversados e resolvidos os seus destinos.
Questionado bastas vezes sobre que medidas iria tomar perante o anúncio do crepúsculo da Delphi, o ignóbil valente presidente molha o dedo na língua, que está na altura de mudar a página, e com esse mesmo dedo na boca atarraxa o silêncio. Do parapeito da sua janela prometeu, no circunscrito tempo das promessas, umas centenas de empregos para a cidade, esqueceu o prefixo “des” (empregos), e bastas vezes, quase sempre, ou, enfim, bastas vezes, esquecer um prefixo faz toda a ladeira da diferença e da indiferença injusta.
Temos ainda que levar com a falta de desvelo, do socialista deputado eleito pela Guarda, Francisco Assis, que lá se foi refastelar na poltrona do poder, eleito pela cidade onde não existe e nem tem vontade de existir, pela cidade que, pela sua mansidão e proximidade da benignidade original, o livra de ser encostado novamente às “cordas” ou a outra ousadia nas consequências.
E as trapalhadas ministeriais? Não fica um ministro na história, na Guarda, pelos seus mais-que-evidentes dotes tauromáquicos, mas por uma tamanha prova de falta de vergonha, do já dito pelo ainda não dito, adiando a verdade com a utopia medíocre da manutenção do posto de trabalho em Castelo Branco.
Ainda no capítulo Delphi
Chamou-me a atenção uma nota do blog de um pequeno partido de esquerda, a deslocação à cidade da Guarda de uma deputada de Lisboa, uma tal de Mariana Aiveca. Estranhei, porém, que, em todo o texto, viessem apagadas as iniciativas locais do partido, ao nível local, e do deputado eleito para a Assembleia Municipal nesta cidade, Jorge Noutel, eleito nas abas do umbigo desse mesmo partido.
Aiveca, na maquilhada simpatia do partido de quem vem fazer mostrar que existe e fazer a sua carreira política, declara à Lusa que o governo "não tomou qualquer tipo de medida a montante, quando já previa que esta situação viria a acontecer", e ainda, "o Governo tem, na prática, assistido ao desmantelamento daquilo que são as empresas que criam valor acrescentado, que criam mais-valia e que podem ser contributos importantes para a economia nacional". Muito bem dito senhora deputada, mas, e, aliás, faltou acrescentar, preocupações bastas vezes manifestadas pelo deputado local Jorge Noutel, quer na Assembleia Municipal da Guarda, quer em anteriores deslocações a Delphi. Não querendo fazer a apologia do deputado, mas, um partido que persiste na furna do eucalipto Lisboeta abre o caminho mais-que-suficiente para um eterno desaire autárquico, que na Guarda até foi excepção com a eleição de mais um deputado municipal.
Ainda no capítulo Delphi
Temos ainda de aturar o clamor rude do prelado, bispo da cidade, oferecendo o colo da sua mesquinha glande de aranha. Fácil de compreender a intenção do predador de fés, é ele quem mais capitaliza no tempo da troca da alma pela esmola, daí se faz a grande festa. Desengane-se senhor bispo, esta gente está, e apenas, com vontade de manter o seu posto de trabalho, há confortos que agora ecoam ao espectro da falácia, fora do tempo, toda esta obstinada bondade embaraça estes trabalhadores.
Voltando ao capítulo Delphi
Reaparece já o mito, o rumor e a reedição da “emigração” para estes 500 proscritos.
Ana Maria Monteiro
...notas soltas sobre o pénis...

Subscrever:
Mensagens (Atom)