O PSD apresentou uma proposta que, na prática, anula o despacho de José Sá Fernandes para suspender a prática de tiro a chumbo no Parque Florestal de Monsanto.Carmona Rodrigues apresentou uma proposta sobre assessores da Câmara. A proposta foi aprovada com apenas um voto contra - o do BE. O limite salarial de cada assessor passou a ser quase 800 contos...
A última reunião de Câmara em Lisboa trouxe más notícias para a cidade:
1 - O PSD apresentou uma proposta que, na prática, anula o despacho de José Sá Fernandes para suspender a prática de tiro a chumbo no Parque Florestal de Monsanto. Os pretextos são vários e até os jogos olímpicos de Pequim serviram de justificação, pois poderão haver atletas com necessidade de treinar... Talvez por serem os jogos olímpicos da China, o PCP se tenha abstido, deixando assim passar a proposta com os votos favoráveis de PSD, Carmona e Roseta.
2 - Carmona Rodrigues apresentou por seu turno uma proposta sobre assessores da Câmara (uma especialidade sua, como sabemos). Apesar de no início do mandato, muito por nossa influência, a Câmara ter fixado um limite máximo de assessores por força política - mesmo que esta assuma pelouros, o que foi uma grande novidade no país - pretendia Carmona, poder desmultiplicar esse número de qualquer forma, desde que, o valor somado dos salários, não ultrapassasse o valor máximo de salário permitido para cada assessor (€3.064,21), multiplicado pelo número de assessores máximo permitido pela resolução inicial.
José Sá Fernandes afirmou que se tal proposta fosse aprovada, estar-se-ia a desvirtuar a resolução inicial, que tinha como objectivo dotar os vereadores de um pequeno gabinete de apoio, com técnicos qualificados, que fossem da sua confiança política, conhecessem bem o seu programa, etc.
O Vereador das Finanças do PS, por seu turno, declarou que as contas estavam mal feitas: um assessor deveria poder ganhar não €3.064, mas sim €3.950 e isso é que tinha de estar na proposta!
A proposta foi aprovada com apenas um voto contra - o do BE. O limite salarial de cada assessor passou a ser quase 800 contos e, por exemplo, qualquer Vereador pode, em vez de contratar um assessor, fazer uma avença de 100 contos por mês a 8 pessoas.
Sá Fernandes já disse que não ia mexer nem no número de pessoas do seu gabinete nem nos salários (substancialmente mais baixos). Outros não o farão com certeza, senão, não teriam aprovado a proposta.
3 - Sá Fernandes apresentou uma proposta que visava a avaliação formal, feita por uma comissão idónea, dos terrenos do Parque Mayer e dos terrenos da antiga Feira Popular. A ideia era tornar claro aquilo que toda a gente já sabe: PSD e Carmona trocaram ouro por carvão, lesando a CML em milhões de euros. Com uma avaliação dessas na sua mão, o município poderia contestar a permuta feita pela direita.
No entanto, aterrorizados com a perspectiva de dar mais visibilidade ao Vereador que recusou 200 mil euros para ficar calado sobre este negócio, PCP e Helena Roseta juntaram os seus votos aos dos autores da permuta e derrotaram a proposta.
O combate político no concelho de Lisboa está a ficar cada vez mais complexo. Também nunca pensamos que seria fácil... Uma coisa é certa: o aristocrático Clube Português de Tiro, as clientelas partidárias e os traficantes de influências, escusam de dormir descansados.
Bernardino Aranda em "www.esquerda.net"
A última reunião de Câmara em Lisboa trouxe más notícias para a cidade:
1 - O PSD apresentou uma proposta que, na prática, anula o despacho de José Sá Fernandes para suspender a prática de tiro a chumbo no Parque Florestal de Monsanto. Os pretextos são vários e até os jogos olímpicos de Pequim serviram de justificação, pois poderão haver atletas com necessidade de treinar... Talvez por serem os jogos olímpicos da China, o PCP se tenha abstido, deixando assim passar a proposta com os votos favoráveis de PSD, Carmona e Roseta.
2 - Carmona Rodrigues apresentou por seu turno uma proposta sobre assessores da Câmara (uma especialidade sua, como sabemos). Apesar de no início do mandato, muito por nossa influência, a Câmara ter fixado um limite máximo de assessores por força política - mesmo que esta assuma pelouros, o que foi uma grande novidade no país - pretendia Carmona, poder desmultiplicar esse número de qualquer forma, desde que, o valor somado dos salários, não ultrapassasse o valor máximo de salário permitido para cada assessor (€3.064,21), multiplicado pelo número de assessores máximo permitido pela resolução inicial.
José Sá Fernandes afirmou que se tal proposta fosse aprovada, estar-se-ia a desvirtuar a resolução inicial, que tinha como objectivo dotar os vereadores de um pequeno gabinete de apoio, com técnicos qualificados, que fossem da sua confiança política, conhecessem bem o seu programa, etc.
O Vereador das Finanças do PS, por seu turno, declarou que as contas estavam mal feitas: um assessor deveria poder ganhar não €3.064, mas sim €3.950 e isso é que tinha de estar na proposta!
A proposta foi aprovada com apenas um voto contra - o do BE. O limite salarial de cada assessor passou a ser quase 800 contos e, por exemplo, qualquer Vereador pode, em vez de contratar um assessor, fazer uma avença de 100 contos por mês a 8 pessoas.
Sá Fernandes já disse que não ia mexer nem no número de pessoas do seu gabinete nem nos salários (substancialmente mais baixos). Outros não o farão com certeza, senão, não teriam aprovado a proposta.
3 - Sá Fernandes apresentou uma proposta que visava a avaliação formal, feita por uma comissão idónea, dos terrenos do Parque Mayer e dos terrenos da antiga Feira Popular. A ideia era tornar claro aquilo que toda a gente já sabe: PSD e Carmona trocaram ouro por carvão, lesando a CML em milhões de euros. Com uma avaliação dessas na sua mão, o município poderia contestar a permuta feita pela direita.
No entanto, aterrorizados com a perspectiva de dar mais visibilidade ao Vereador que recusou 200 mil euros para ficar calado sobre este negócio, PCP e Helena Roseta juntaram os seus votos aos dos autores da permuta e derrotaram a proposta.
O combate político no concelho de Lisboa está a ficar cada vez mais complexo. Também nunca pensamos que seria fácil... Uma coisa é certa: o aristocrático Clube Português de Tiro, as clientelas partidárias e os traficantes de influências, escusam de dormir descansados.
Bernardino Aranda em "www.esquerda.net"
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