sábado, 17 de julho de 2010

...um chá no deserto...



Port Moresby (John Malkovich) e a sua mulher Kit (Debra Winger) chegam de barco a vapor ao Norte de Africa, em 1947. Casados há dez anos, são incapazes de viver juntos apesar do amor que sentem um pelo outro, e vieram para o deserto Africano a procura de harmonia e inspiração. Subtilmente surge nesta viagem um sentimento de desespero e perda. A fascinante paisagem, filmada pelo aclamado Bernardo Bertolucci, serve de cenário as tentativas de ambos realizam para se aproximarem, com um crescente isolamento emocional. As incursoes pelo deserto, repletas de desvaneios sexuais, não resultam em alívio e harmonia, preconizando uma destruição trágica dos laços que unem ambos. Um jovem milionário chamado George Tunner (Campbell Scott) junta-se ao casal Moresby em Marrocos, fascinado pelas suas atitudes liberais e pouco convencionais, sentindo-se ao mesmo tempo atraído por Kit. Ambos tem um pequeno caso, ao mesmo tempo que Port e seduzido por uma bonita prostituta Arabe. Mas nenhuma destas liagações dá novo folego à relação, e Port e Kit decidem seguir caminhos diferentes. George fica para trás e concorda em encontrar-se com eles em Tanger, daí a uns meses. No entanto, nem Port nem Kit aparecem conforme combinado. Longe dali, Port, desfalece num asilo de loucos, enquanto Kit, consumida pelo amor que lhe tem, permanece a seu lado. Depois de sua morte, ela vagueia através do deserto, imbuída de desgosto e de alucinações mórbidas. Salva por um bando de nómadas, ela inicia uma intensa relação com o chefe do grupo, mas é encontrada quase morta por um elemento da Cruz Vermelha, e levada para o hotel em Tânger, onde George ainda se encontra. Mas passado pouco tempo, Kit desaparece de novo rumo ao deserto Africano.

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