quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

L'enfer de Dante : Damnes pris dans les glaces - 1976

Bernard Buffet

bienvenue chez les Ch`tis - num xinema perto de xi

"Já está em cartaz 'Bem-Vindo ao Norte', de e com Dany Boon, que se tornou no filme francês mais visto de sempre, com lucros de mais de cem milhões de euros. Passada no Norte de França, a fita é, segundo Boon, uma "carta de amor" à sua região natal, uma comédia regional "positiva" e popular Filme pôs os 'ch', 'tis' e o 'ch'timi' na moda Quando em 2007 o actor e realizador francês Dany Boon pediu aos conselhos regional e audiovisual do Nord- -Pas-de-Calais, de onde é natural, um apoio de 600 mil euros para ajudar ao orçamento de 11 milhões de euros da comédia Bem-Vindo ao Norte (Bienvenue chez les Ch'tis, no original), que ia dirigir e interpretar, os autarcas dividiram-se. Alguns acharam que ia ser um desperdício apostar num filme, mas o pedido acabou por ser votado favoravelmente.Foi um investimento de ouro. Bem-Vindo ao Norte (já em cartaz) tornou-se no filme francês mais visto de sempre, com mais de 20 milhões de entradas vendidas e lucros acima dos cem milhões de euros, destronando A Grande Paródia, de Gérard Oury, número um desde 1966. Quase derrubou Titanic do primeiro lugar dos filmes mais vistos em França, e foi responsável por um aumento de 14 % na frequência dos cinemas franceses, nos primeiros três meses de 2008.O filme tornou-se num fenómeno social, chamando a atenção dos franceses para o Norte do país, estereotipado como uma região pobre, de gente pacóvia e rude (os ch'tis) que se exprime num dialecto incompreensível (o ch'timi), e tem um clima de cão e uma culinária intragável. E, de repente, as expressões ch'tis ouvidas no filme ficaram na moda no discurso quotidiano dos franceses. Quando o Le Monde publicou um artigo acusando Bem-Vindo ao Norte de estereotipação regional, o ex-ministro da Cultura Jack Lang, deputado socialista pelo Nord-Pas-de-Calais, saiu em sua defesa, dizendo: "As pessoas ali são generosas e simpáticas. São autênticas! O filme é, sim, contra os clichés." Segunda realização de Dany Boon, ele próprio um ch'ti e actor cómico e de stand up popularíssimo em França (o DVD de um espectáculo seu, todo falado em ch'timi e legendado em francês, é campeão de vendas no formato), Bem-Vindo ao Norte tem produção do prestigiado Claude Berri, velha raposa do cinema francês. O filme conta a história de um director dos correios (Kad Merad) do Sul de França que mente para obter uma colocação à beira-mar. É descoberto, e castigado com a chefia da estação de Bergues, no Norte. Um exílio gelado, boçal e agreste, pensa ele.Lá chegado, conhece o castiço carteiro local (Dany Boon), e descobre que a região é acolhedora, a gente calorosa e divertida, e a comida boa. Embora o ch'timi seja problemático de entender. Boon disse ter feito o filme "contra" as comédias ambientadas no Sul turístico e solarengo, e a visão miserabilista e preconceituosa que a França ainda tem do Norte. E que é uma "carta de amor" à sua região natal e aos seus conterrâneos, uma comédia regional "positiva", popular e despretensiosa. As vendas do queijo e da cerveja consumidos no filme dispararam, e o turismo em Bergues subiu em flecha. Bem-Vindo ao Norte vai ter uma versão americana e outra italiana. E os conselhos regional e audiovisual do Nord-Pas-de-Calais vão receber dois milhões de euros de lucros." JN

à frente na liga, em frente na taça

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

família

[ Júlio Reis Pereira (1902 - 1983), Familia, 1928, óleo s/tela,162 x 133 cm ]

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

tinha um ninho na barriga

Tinha um ninho na barriga, do anónimo momento em que a ferrugem se apropriou de mim, com qual dos direitos? Tinha um ninho na barriga e os pés sempre frios, a maca sempre alta. Deitada na doença da memória e dos pontos de escala: uma para um, pouco infinito para um...tinha um ninho na barriga e na memória o caixilho castanho, 60X90cm, números redondos e os pés sempres frios e a maca sempre alta; um caixilho das duas dimensões, as dimensões da escala. Tinha um ninho na barriga e a memória daquele mendigar de um chá que teimava em não descolar, a pista era gráfica, o eco a duas dimensões e a grafia era inútil.
texto e tela (inspirada no texto) de ana monteiro

em gaza só os mortos viram o fim da guerra

"A Gaza solo i morti hanno visto la fine della guerra. Per i vivi non c'è tregua che tenga alla battaglia quotidiana per la sopravvivenza. Senza più acqua, senza più gas, senza più corrente elettrica, senza più pane e latte per nutrire i propri figli. Migliaia di persone hanno perduto la casa. Dai valichi entrano aiuti umanitari col contagocce, e si ha come la sensazione che la benevolenza dei complici di chi ha ucciso sia solo momentanea. Domani il segretario generale dell'Onu Ban Ki-Moon verrà a visitare Gaza, siamo certi che John Ging, a capo dell'agenzia per i profughi palestinesi, ne avrà da raccontargliene; dopo che Israele ha bombardato due scuole delle Nazioni Unite, ha assassinato 4 suoi dipendenti, ha colpito e distrutto il centro dell'UNRWA di Gaza city, riducendo in cenere tonnellate di medicinali e beni alimentari destinati alla popolazione civile. Le macerie di Gaza continuano a vomitare morti in superficie. Ieri fra Jabalia, Tal el Hawa a Gaza City e Zaitun, paramedici della mezza luna rossa con l'aiuto di alcuni volontari dell'ISM hanno estratto dalla rovine 95 cadaveri, molti dei quali in avanzato stato di decomposizione. Camminando per le strade della città di Gaza senza più il costante terrore di un bombardamento chirugicamente mirato alla mia decapitazione, tremo ancora alla vista di cani randaci raccolti in circolo, a ciò che mi si protrebbe parare dinnanzi agli occhi essere il loro pasto."guerrilha radio

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

tracção integral no regresso à liderança - o campeão e de novo lider

Com a Crise Económica que Sindicalismo?

"Quem entra num centro de emprego, no Barreiro, Setúbal ou em Braga (apenas alguns exemplos) depara-se com muitas cadeiras e gente sentada. Todos aguardam. Alguns, (cada vez mais) estão ali pela primeira vez, com o impresso passado pelo ex-patrão para se inscreverem, outros, alimentam a esperança de sair dali directamente para um emprego. O que os une é o facto de estarem desempregados.
Estes trabalhadores, estão entre os milhares que procuram todos os dias um emprego independentemente da sua profissão, vão em busca de requalificação profissional ou de orientação sobre o Fundo de Desemprego.
O mesmo se passa em Barcelona, mas na sede das 3 centrais sindicais (CCOO, UGT E CGT) que, em parceria com o Governo da Catalunha e as associações patronais, mantêm um serviço de aconselhamento, cuidam de qualificação e requalificação profissional e da recolocação no mercado de trabalho. Diariamente, passam por ali centenas, actualmente milhares de pessoas.
No país vizinho, tal como em muitos outros na Europa, os sindicalistas preocuparam-se também com as questões de cariz social, criando cooperativas de habitação, creches, lares da 3ª. Idade, apostando na formação e nos mais variados apoios sociais.
Hoje, confrontados com a crise, os seus filiados têm mais direitos, mais apoios e nem todos são da responsabilidade dos Governos.
Em Portugal não vemos esta actividade, essencialmente porque os sindicatos se desviaram dos seus primórdios fundadores (o mutualismo) e se transformaram na maioria dos casos em apêndices dos partidos políticos, calendarizando as suas lutas e ou submissões, conforme os interesses destes.
O mundo mudou, as indústrias mudaram, e os Sindicatos têm que mudar. Foi assim em boa parte do mundo, mas em Portugal, no sindicalismo, como nas associações patronais, ficámos agarrados ao passado.
O Patronato manteve-se o mais retrógrado de toda a Europa, os Sindicatos os mais marcados ideologicamente pelo sistema sindical que implodiu com o dito socialismo real do Leste.
Os Sindicatos desculpam-se e dizem que adaptar-se é ceder, então mais vale continuar retrógrado.
Mas o problema não é esse, o problema é encarar de frente os novos sistemas de trabalho, a flexibilidade, as novas polivalências, as novas profissões, os novos horários de trabalho respeitando as cargas de trabalho, no princípio de que deve ser o trabalho a adaptar-se ao homem e não o contrário.
Na Europa, o movimento Sindical há muito que compreendeu isto, vindo sistematicamente a fechar acordos colectivos com estas alterações, evitando assim que o Patronato, na falta de acordos, aplique o que quer e como quer.
O nosso Sindicalismo de "classe" tem levado demasiado tempo a adaptar-se às novas realidades do mundo.
Hoje, vemos que apesar de passarem mais de 4 meses sobre o começo da crise, os sindicalistas continuam a escudar-se na salvaguarda de postos de trabalho (lindas palavras), sem contribuírem com soluções, continuam a utilizar a bandeira do combate pós-despedimento, em vez de apresentarem propostas para manter o emprego, e quando outros optam pela defesa do emprego, acusam-nos de cedência.
O Mundo não será o mesmo depois desta crise, infelizmente, milhares de pequenas e médias empresas irão fechar, dezenas de milhares de trabalhadores irão conhecer o desemprego, provavelmente muitas empresas irão encetar processos de fusão, surgirão novas e mais sofisticadas tecnologias, uma outra globalização deve nascer, novas organizações do trabalho e profissões nascerão, e se os Sindicatos não se adaptarem, não se democratizarem, permitindo a participação de todos os trabalhadores, promovendo eleições proporcionais tais como nas Comissões de Trabalhadores, e se não optarem por defender verdadeiramente os Trabalhadores que representam, em prejuízo de falsas opções de classe e ligações partidárias, correm sérios riscos de desaparecerem por falta de credibilidade, logo de sindicalizados.
Alguns anti-sindicalistas esfregarão as mãos da alegria se tal acontecer, neste momento já riem do sufoco económico a que os Sindicatos se deixaram chegar, é no entanto uma obrigação de todos os que defendem um sindicalismo ao serviço dos trabalhadores, lutar para que tal não aconteça, lutar para que das cinzas desta crise nasça um sindicalismo sem amarras, um sindicalismo aos serviço de todos os Trabalhadores, um sindicalismo mais de acção do que de reacção. "www.esquerda.net

sábado, 24 de janeiro de 2009

...da maneira que as coisas andam, um dia destes ainda havemos de ver os pintarolas, daqueles mesmo de verdade, a debicar nas areias de cabo verde...


Campanha de promoção dos produtos da região

financiada pela candidatura da RUDE aos fundos do LEADER+

...da maneira que estão as coisas... um dias destes ainda havemos de ver vacas, daquelas mesmo de verdade, a pastar na praça de espanha...


as vendedoras de peixe são todas mulheres

estranha forma de vida

este fado é para o francisco pires , um coração muito-mais-que-independente e a quem vou amar para sempre. já o merecia:)

solidariedade com gaza



Um grupo de jovens do ensino secundário da cidade da Covilhã decidiu organizar uma acção simbólica pela paz na faixa de Gaza. A acção decorreu no passado dia 23 de Dezembro entre as 21h00 e as 22h00 na praça do município. A intensa chuva e o vento forte não desmobilizaram as cerca de duas dezenas de pessoas que se deslocaram para a acção. Maioritariamente jovens embora algumas pessoas de zonas mais afastadas como caria ou Belmonte. Promoveu-se uma conversa sobre o conflito: quais as consequências, o estado actual da faixa de Gaza, o papel da ajuda humanitária e da comunidade internacional e o futuro do conflito. Seguidamente procedeu-se a um minuto de silêncio em nome das 1300 vítimas mortais e dos 5000 feridos provenientes da s ultimas 3 semanas de ofensiva. Nuna faixa podia ler-se: “Faixa de Paz” uma clara metáfora ao nome do território e ao objectivo da acção. No final ficou a certeza de que muito mais é possível fazer, muitas mais forças se podem juntar às causas nobres e sobretudo que a luta pela Paz não pode ter limites e deve ser uma prioridade de toda a sociedade.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

o poema que arruinou a minha vida

garcia lorca versus leonard cohen

públicas asneiras

Não resisti a roubar o título e o parágrafo ao blog ponteirosparados "Se Anne Wintour, a temível directora da Vogue americana, soube que o dominical engenheiro Sócrates foi eleito um dos homens mais elegantes do mundo, muito deve ter rido. "
E também não resisti a acrescentar seis à lista dos "elegantes" que me fariam atrasar os ponteiros.

paul auster

cristobal repetto


william hurt

eric cantona

eric bana

corto maltese

buena vista social club

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

em solidariedade com gaza

Sexta-feira, Dia 23, 21H00 Pelourinho

O conflito que durou 3 semanas na Faixa de Gaza, fez um total de 1200 mortos e 5000 feridos. Foi declarado um cessar fogo por ambas as partes mas a Faixa de Gaza vive agora uma crise humanitária gravíssima - pessoas sem comida, sem àgua, sem casa, sem luz, sem medicamentos.

É nosso dever não ficarmos calados ...

os serviços da linha saúde 24 que me "salvaram a vida"


Em dois dias alternados, duas visitas ao Centro Hospitalar da Cova da Beira, onde fui consultada por um Doutor Ângelo a uma dita vulgar otite, onde não permaneci mais de cinco minutos, na soma relâmpago das duas consultas, e acerca disto mais não adianto...
Passou mais um dia, perante o insuportável e estonteante aumento da dor e o aumento da assimetria dos dois lados da face, a minha face direita já era mais do dobro da direita devido à infeccção, não querendo "entupir" o serviço de urgência com uma vulgarissíma otite... como era sábado, liguei para a linha saúde 24.
Fui atendida com a maior das atenções e das simpatias, a situação afigurava-se de alguma gravidade, e era de facto, o encaminhamento para o Hospital da Guarda, cidade onde estava de fim-de-semana, foi breve, quando cheguei a este hospital demorei cinco minutos a ser muito bem atendida por um médico, dado que a secretaria e a triagem já estavam na posse de todos os meus dados fornecidos pelos enfermeiros da linha saúde 24. Assinalo também a inexcedível simpatia como todos me receberam no Hospital da Guarda.
Em pouco mais de meia hora estava dentro de uma ambulância em direcção ao Hospital de Coimbra, onde fui atendida por um simpático médico da especialidade e o problema resolveu-se logo ali.
À margem do actuais conflito, de toda a sorte que eu tivesse tido, nas nossas exteriências pessoais também se fundam as nossas simpatias, creio que uma linha como esta é indispensável, mesmo para precaver as desnecessárias idas às urgências.
O número: 808 24 24 24.
A página:



terça-feira, 20 de janeiro de 2009

morreu joão aguardela

Obama perante os escombros

"A entrada em funções de Barack Obama vai confirmar uma tripla ruptura. Em primeiro lugar, uma ruptura política. É a primeira vez desde 1965 que um presidente democrata inicia o mandato num contexto de fraqueza, ou até de desgraça, das forças conservadoras. Em 1977, Jimmy Carter venceu sobretudo – e por pouca margem – graças à promessa de uma renovação moral («Eu nunca vos mentirei»), na sequência do escândalo de Watergate, tendo a sua presidência sido marcada por uma política monetarista e pelas primeiras grandes medidas de desregulamentação; em 1993, Bill Clinton apresentou-se como o homem que iria «modernizar» o Partido Democrata recuperando muitas ideias republicanas (pena de morte, ataque às protecções sociais, austeridade financeira).
Em seguida, uma ruptura económica. O neoliberalismo à moda de Reagan deixou de ser defensável até para os que eram seus partidários. George W. Bush admitiu-o «com muito gosto» durante a última conferência de imprensa que deu como presidente, na segunda-feira dia 12 de Janeiro: «Pus de lado alguns dos meus princípios liberais quando os meus conselheiros económicos me informaram que a situação que íamos enfrentar podia ser pior do que a Grande Depressão (a crise de 1929)». Dizer «pior» é apesar de tudo um pouco exagerado, tendo em conta o quanto a crise de 1929 fez fermentar «as vinhas da ira» e o quão pouco faltou para o país mergulhar no caos. Ainda assim, 2008 termina com uma perda de 2,6 milhões de empregos nos Estados Unidos, 1,9 milhões dos quais apenas nos últimos quatro meses do ano, o que representa o pior desempenho desde 1945 e bem pode ser designado como uma queda livre. Isso ainda poderia passar se as contas estivessem equilibradas e existisse uma possibilidade ilimitada de recuperação através do endividamento, mas a realidade é outra. O défice orçamental vai atingir este ano 1,2 biliões de dólares e 8,3 por cento do produto nacional bruto (PNB). Também neste caso, o número é tão mau que impressiona: além de ultrapassar os maus resultados da era Reagan (6 por cento em 1983), assinala uma triplicação do défice de um ano para outro. E, para piorar a situação, cada dia parece anunciar uma nova falência bancária.
Por fim, uma ruptura diplomática. Sem dúvida que, desde a Segunda Guerra Mundial, a imagem dos Estados Unidos no mundo nunca esteve tão degradada. A maioria dos países considera, muitas vezes em percentagens esmagadoras, que a superpotência americana desempenha um papel negativo nas questões mundiais. Iraque, Médio Oriente, Afeganistão: o statu quo é de tal modo ruinoso e mortífero que parece inconcebível. De resto, Obama começou a campanha em 2007 invocando a necessidade de uma retirada do Iraque e foi graças a essa insistência que venceu Hillary Clinton – sua futura secretária de Estado… – nas primárias democratas. O calendário dessa retirada parece, todavia, estar já a opor o presidente eleito (mais impaciente) e os militares (mais «prudentes»1). Mas a impaciência do primeiro não se explica minimamente por uma disposição pacifista, decorrendo sobretudo da vontade de Obama de deslocar para o Afeganistão uma parte das tropas retiradas do Iraque. Ora, não é certo que as perspectivas de atolamento sejam menores em Cabul do que em Bagdade…
Politicamente, o novo presidente tem as mãos livres. A paisagem de escombros que herda vai condenar os seus adversários políticos a uma certa contenção. A sua eleição, amplamente conseguida, beneficiou do entusiasmo das forças vivas da nação, e em particular dos jovens. Por fim, tal como é em grande medida sugerido pelos dossiês especiais, muitas vezes hagiográficos, que a imprensa do mundo inteiro está a dedicar a Obama, a esperança suscitada pela sua chegada à Casa Branca é imensa. Isso não se explica apenas pelo facto de o presidente dos Estados Unidos ser negro. De repente, a «marca América» está novamente de pé. Algumas decisões com forte dimensão simbólica relativas ao encerramento de Guantanamo e à proibição da tortura vão fortalecer esta impressão de se estar numa nova era. «Devemos ser igualmente diligentes a conformarmo-nos aos nossos valores e a proteger a nossa segurança», anunciou o novo presidente.
As dificuldades vão começar em seguida. Não basta regar a economia americana com liquidez para que a máquina económica e o emprego voltem a pôr-se em movimento. A preocupação da população quanto ao futuro é tão grande que, em vez de se aprestar a consumir mais, poupa mais do que nunca2. A taxa de endividamento das famílias, que desde 1952 estava em constante aumento, registou o primeiro recuo no terceiro trimestre do ano passado. Ora, o que é seguramente desejável a médio e a longo termo vem colocar em perigo o relançamento rápido que a nova equipa da Casa Branca prevê conseguir através do consumo e do endividamento. «Se não fizermos nada, esta recessão pode durar anos», preveniu Obama, desejoso de que o seu programa de despesas suplementares de 775 mil milhões de dólares, composto por despesas públicas e diminuições de impostos, seja adoptado o mais depressa possível pelo Congresso. Será este programa suficiente? Alguns economistas democratas como Paul Krugman consideram-no insuficiente e mal concebido3.
A situação internacional também não parece prestar-se a resultados imediatos. Deliberadamente ou não, os dirigentes israelitas colocaram o seu grande aliado perante um facto consumado – uma guerra particularmente impopular no mundo árabe – e obrigaram o novo presidente a dedicar-se imediatamente a um dossiê minado que não era de forma alguma uma sua prioridade. A parcialidade que Obama poderá demonstrar nesta situação, uma vez que já ninguém imagina que os Estados Unidos possam vir a defender uma posição equilibrada no Médio Oriente, poderá enfraquecer muito depressa a sua popularidade internacional.
Contudo, nem tudo se resume a um homem, mesmo que novo. Até porque a novidade é muito menos visível quando se examina as escolhas feitas por Obama para o seu gabinete. Se há uma ministra do Trabalho próxima dos sindicatos, Hilda Solis, que promete uma ruptura com as políticas anteriores, há também uma ministra dos Negócios Estrangeiros, Hillary Clinton, cujas orientações diplomáticas cortam menos com o passado, e um ministro da Defesa, Robert Gates, simplesmente herdado da administração Bush. Quanto à diversidade da equipa, não é seguramente de natureza sociológica. Entre as trinta e cinco primeiras nomeações de Obama contam-se vinte e dois diplomados por uma universidade de elite americana ou por um distinto colégio universitário britânico… Faz lembrar um pouco o regresso à «competência», aos «best and brightest» (os melhores e os mais brilhantes) da administração Kennedy-Johnson. A imodéstia que caracteriza este género de indivíduos condu-los por vezes a fazerem presunções sobre as suas forças e a tornarem-se os arquitectos de catástrofes planetárias, como se observou durante a Guerra do Vietname. Nos tempos que correm, a ameaça mais temível nos Estados Unidos é o atolamento «centrista» e não a audácia do «Yes, we can». por Serge Halimi

cine clube volta à moagem


"Após um longo interregno, o Cine Clube da Gardunha regressa com o filme “A turma” ao auditório d´A Moagem-Cidade do Engenho e das Artes.
Dá-se desta forma o início de um ciclo de sessões regulares, às quartas-feiras, de cinema promovido pelo Cine Clube Gardunha.
O regresso é já na próxima sexta-feira, às 21h30 no auditório da Moagem com o filme “A turma”. Realizado por Laurent Cantet, venceu a palma de Ouro do festival de cinema de Cannes 2008 e retrata a história de “François, um professor, e os seus colegas, que se preparam para um novo ano escolar no liceu de um bairro problemático em Paris.Cheios de boas intenções, estão decididos a não deixarem que o desencorajamento os impeça de tentar dar a melhor educação aos seus alunos. As culturas e as atitudes diferentes frequentemente colidem dentro da sala de aula, um microcosmos da França contemporânea. Apesar de divertidos e inspiradores, tanto quanto os adolescentes podem ser, o seu difícil comportamento pode, no entanto, pôr em causa o entusiasmo de um professor pelo seu trabalho mal pago. François insiste num atmosfera de respeito e empenho. Sem ser rabugento ou inflexível, a sua extravagante franqueza surpreende muitas vezes os alunos. Mas a ética da sua sala de aula é posta à prova quando os estudantes começam a desafiar os seus método.”
Um filme que marca o regresso do Cine Clube Gardunha as sessões regulares de cinema para além de desenvolver ciclos temáticos e colóquios."

César Duarte Ferreira - Rádio Cova da Beira

um manguito à bordalo?


"A fábrica Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, herdeira da fábrica fundada em 1884 por Rafael Bordalo Pinheiro, corre o risco de encerrar. Estão em causa cerca de 170 postos de trabalho e um património cultural sem preço. Constitui um dos símbolos do país com reconhecimento além-fronteiras, mas, sob os efeitos da crise internacional, encontra-se à beira da falência.
Na fábrica com o nome do criador do Zé Povinho não se recebe há dois meses. A quebra drástica nas encomendas, sobretudo dos Estados Unidos, determina esta situação. De facto, a precipitação dos problemas parece estar associada, em primeiro plano, à produção de louça corrente, mais massificada, onde escasseiam as encomendas. Porém, o tesouro daquela fábrica encontra-se no núcleo histórico que conserva uma quantidade impressionante de moldes das criações de Bordalo e nos seus trabalhadores que acumularam um saber ímpar.
O valor patrimonial daquele espólio é incontornável, bem como o seu valor comercial, conforme têm vindo a declarar diversos especialistas. Não se percebe porque razão os ministérios da Economia e da Cultura ainda não intervieram, no sentido de apoiar a redefinição da estratégia de produção da fábrica, assegurar a preservação do seu rico núcleo histórico e respectivo aproveitamento artístico e comercial.
Do mesmo modo, é estranho que a Câmara das Caldas não consiga, nesta matéria, passar do tradicional "sacudir a água do capote". As faianças da Bordalo Pinheiro são uma imagem de marca distintiva e valiosíssima para a região. Mesmo assim, a autarquia ainda não teve qualquer iniciativa para juntar vontades, locais e nacionais, privadas e públicas, para a dinamização de um programa integrado que salve aquele importante património.
É lamentável que assim seja e que os poderes públicos estejam a fazer uma espécie de "manguito" à fábrica Bordalo Pinheiro, tal como à crise que alastra no sector das faianças, com particular incidência e gravidade nos concelhos das Caldas e de Alcobaça. Comprova-se que este governo parece só ter disponibilidade para apoiar banqueiros e grandes grupos económicos e que a autarquia deixa à inércia do abandono um dos mais importantes patrimónios do concelho.
Os cidadãos, mais do que responderem de forma simétrica, ao governo e à câmara, com o célebre gesto do Zé Povinho, exigem de certo que os poderes públicos ajam e cumpram com as suas obrigações de preservação do nosso património comum, como é o caso, sem dúvida, do que se encontra na fábrica Bordalo Pinheiro. " www.esquerda.net


A condição feminina


domingo, 18 de janeiro de 2009

chá de rooibos

- Sem cafeína, uma infusão ideal para o consumo nocturno. Não contém taninos, por isso não possui o travo adstringente típico do chá comum;
- O uso tradicional do Honeybush no tratamento da tosse poderá ser parcialmente explicada pelo seu teor em pinitol, um açúcar modificado semelhante ao inositol. O pinitol (encontrado em grandes concentrações nas folhas de pinheiro, facto que justifica o seu nome) é, essencialmente, um expectorante;
- O pinitol parece também ser responsável por alguma redução de açúcar no sangue, sendo considerado como um medicamento no tratamento de diabetes;
- As plantas de Honeybush contêm também um elevado teor de substâncias anti-oxidantes;
- Contém substâncias (fitoestrogénios) usadas no tratamento dos sintomas da menopausa;
- Algumas empresas que comercializam este chá atribuem-lhe também outras propriedades:
- Estimulação da produção de leite em mães lactantes;
- Actividade anti-vírica, anti-inflamatória e anti-carcinogénica;
- Tratamento de indigestão e insónia;
- Tratamento tópico de lesões cutâneas ligeiras.
- A luteolina, principal pigmento amarelo presente nas flores das Cyclopia, é usado como corante natural para tinturaria de tecidos.

bolo de rooibos e mel


300 grs de farinha
50 grs de amêndoa em pó
1 colher de café de fermento em pó
4 ovos
100 grs manteiga
220 grs açúcar
1 colher de sopa bem cheia de mel
200 ml de leite
1 colher de sopa de rooibos
Enquanto o leite ferve e se prepara para receber o aroma do rooibos, juntamos os ovos, o açúcar e a manteiga. Aos poucos, adiciona-se a farinha, a amêndoa em pó, o fermento e, por fim, o leite (com a infusão de rooibos).

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

sobre guerra (continuação)


"Como fenómeno, a guerra pontua, desde os primórdios a história da humanidade. A marca da nossa temporalidade e muitas das nossas datas costumam fazer referência a ela “antes da guerra”, “durante a guerra”, “depois da guerra”, “ no período entre guerras”. Também na linguagem corrente é muito comum a utilização do termo guerra para designar ideias de sentido metafórico, que tanta a linguagem publicitária, como a politica, entre outras, utilizam para definir ideias como : “guerra à sujidade” para publicitar detergentes ou, “guerra ao desemprego, à pobreza e guerra à corrupção ”, como discurso politico. As aderências culturais ao fenómeno da guerra leva a procurar as suas bases em estruturas, processos e práticas sociais muito comuns ao nosso redor e aparentemente inofensivas. Desde o entretenimento à moda ou à publicidade podemos encontrar abundantes exemplos de como o tema bélico invade o território do civil. Está no cinema, nos videojogos, nos anúncios de recrutamento de trabalhadores, na roupa com padrões de camuflagem, mas igualmente debaixo de uniformes menos óbvios, como são os desportivos. As competições desportivas acabam por ser, como certas festas, meios para ritualizar confrontos de colectivos que deveriam ser inofensivos, mas que na verdade adquirem carácter violento. Roger Callois vinculou mesmo o sentido ébrio da guerra com a exaltação da festa (L’homme et le sacré).As guerras têm muitas causas possíveis e é impossível enumerar todas. No entanto, cabe salientar as diferenças entre conflitos civis e militares e entre estados e, ter presente um facto comum qualquer que seja a natureza de uma guerra: sem inimigos elas não existem!Esta ideia leva-nos a outra que é a construção do outro como inimigo. Muitas vezes é nos meios de comunicação que se vai tecendo a trama cultural que desloca a noção de necessidade e legitimidade da guerra para o meio social. As opções de conduta disponível incorporam dentro de si a imagem do inimigo como aquele que há que submeter e destruir.Apesar do termo guerra ter uma ampla variedade de acepções, elas estão sempre unidos ao sentido ontológico da guerra. Fazer uma reflexão exaustiva desta realidade, não é fácil e muito menos no espaço de um blog. Procurarei alinhavar pontos iniciados com a postagem anterior e reflectir de como a imagem da guerra é servida e observada numa cultura predominantemente visual, como a que nos cabe viver e, como ela é configurada no espaço público. É nele onde muitas vezes se encenam e fabricam os inimigos mas, também são denunciados os seus horrores. Ou como é feita a sua sociabilização e memorização com monumentos em actos públicos e solenes e, nalguns casos, com paradas militares. É com estas cenografias que se ajuda a configurar a memória colectiva de um grupo ou de uma cultura em torno de um ideal comum no qual a simbolização e a sacralização do espaço e, neste caso concreto, o urbano se reveste de um papel importante."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

debates - le monde diplomatique

A Atalanta Filmes e o Le Monde diplomatique – edição portuguesa organizam um ciclo de debates em torno do filme.
O tema deste filme de animação é o da recordação, por um soldado Israelita, de um episódio passado na primeira guerra do Líbano, em 1982: os massacres de Sabra e Chatila. No contexto da actual guerra em Gaza, o filme adquire uma actualidade que exige e ao mesmo tempo excede a compreensão do contexto histórico a que se refere, permitindo um conjunto de reflexões, paralelismos e perspectivas de futuro para um conflito cuja resolução continua a ser tragicamente adiada. Estes debates irão incidir sobre aspectos tão variados como a contextualização histórica do conflito, a guerra e o stress pós-traumático, o trabalho de memória e os usos do cinema de animação, entre ficção e documentário. A Valsa com Bashir tem causado alguma polémica nos países onde já estreou e teve um grande sucesso. Recebeu numerosos prémios, entre os quais o de Melhor Filme Estrangeiro nos British Independent Film Awards, o de Prémio do Público em Varsóvia e está nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

O ciclo de debates terá lugar no Cinema King
21h30: exibição do filme 23h00: debate
(moderação de Sandra Monteiro, Le Monde diplomatique – edição portuguesa)

16 de Janeiro, sexta-feira:«A primeira Guerra do Líbano: Israel e os massacres de Sabra e Chatila»com António Eloy (Amnistia Internacional), José Goulão (jornalista) e Lumena Raposo (jornalista)

23 de Janeiro, sexta-feira:«O trabalho de memória e os traumatismos do pós-guerra»com Afonso Albuquerque (psiquiatra) e António Louçã (historiador e jornalista)

30 de Janeiro, sexta-feira:«A utilização do cinema de animação»com Regina Pessoa (realizadora), outros nomes a confirmar


16 de Janeiro: «A primeira Guerra do Líbano:Israel e os massacres de Sabra e Chatila»com António Eloy, José Goulão e Lumena Raposo

valoración docente

Os "nuestros Hemanos" de Extremadura puseram em marcha, na comunicação social, uma campanha pela valorização da profissão docente.
Com esse mesmo objectivo, a valorização da minha profissão, eu vou não vou entregar porcaria de objectivos individuais nenhuns, nem me vou submeter a esta porcaria de modelo avaliação. Vou ter de desobedecer... nada a que não esteja já habituada...

domingo, 11 de janeiro de 2009

We will not go down - a song for gaza

Ingleses suspeitam de corrupção de ex-ministro de Guterres no caso Freeport - Investigação sobre o licenciamento da construção do “outlet”

As autoridades judiciais inglesas, que têm em curso uma investigação criminal sobre o licenciamento da construção do Freeport de Alcochete, têm uma lista de 15 suspeitos de corrupção e fraude fiscal, encabeçada por um ex-ministro de António Guterres, noticia o semanário “Sol” na sua edição de hoje. Os outros suspeitos que terão estado na origem do desfalque à empresa de “outlets” são administradores do Freeport, autarcas portugueses, construtores e advogados. extraído do jornal "público"

sábado, 10 de janeiro de 2009

Dispensar concursos nas empreitadas até 5 milhões de euros é "chocante"

Francisco Louçã apelou este sábado ao governo para retirar a proposta para as autarquias serem dispensadas de promover concursos públicos para obras até 5 milhões de euros. "Fazemos um apelo directo ao Governo para que retire estas propostas inaceitáveis, escandalosas e erradas", afirmou Francisco Louçã, em conferência de imprensa. O Bloco defende também que Sócrates deve desistir do novo regime de gestão dos bens públicos.
A proposta de Sócrates permite às Câmaras Municipais fazer a adjudicação de empreitadas até 5 milhões de euros sem recurso a concurso público. Para o Bloco, esta é "a mais eleitoralista do Governo", e atropela "as mais elementares normas de controlo de gestão dos recursos públicos"."Esta decisão implica que a administração pública vai passar a comprar mais caro e com menos qualidade", afirmou o coordenador da Comissão Política do Bloco, prevendo que as mais de trezentas autarquias do país vão poder fazer "acordos com empreiteiros", sem o "controle público e a verificalidade" que permitem os concursos públicos e abrindo caminho ao "compadrio e ao abuso".Louçã disse ainda que o PS "abre a caixa de Pandora do desperdício público e abre caminho ao aumento da corrupção, nepotismo e tráfico de influência" e rejeitou a justificação do governo com a demora dos concursos públicos para a aprovação desta norma, salientando que hoje em dia é possível fazer um concurso público em três semanas.O dirigente bloquista falou ainda do novo regime proposto para a gestão dos bens públicos, considerando "sinistra" a ideia que a própria lei define que se deve encontrar "o equilíbrio entre protecção e rentabilização". "Percebe-se facilmente o que um ministro da Cultura com maior apetência para o negócio poderia fazer com a Torre de Belém ou o Mosteiro dos Jerónimos". "Não queremos aceitar, não queremos o Mosteiro dos Jerónimos transformado em 'stand' de automóveis", sublinhou Louçã."O Bloco de Esquerda entende que o Governo não tem condições para apresentar estas duas leis, devendo desistir imediatamente da sua aprovação e concentrar-se em resolver os verdadeiros problemas que afectam o país em vez de andar a perder tempo a inventar falsos problemas", conclui o comunicado distribuído na conferência de imprensa.
www.esquerda.net

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

nina simone - my baby just cares for me

Avaliação de professores: projecto do Bloco chumbado por um só voto

Os projectos de lei do Bloco de Esquerda e do PEV para suspender a avaliação dos professores foram rejeitados esta quinta-feira na Assembleia da República por apenas um voto: 114 deputados votaram contra, 113 a favor e um absteve-se. O projecto do PSD teve menos quatro votos a favor, de quatro deputados do PS que mudaram o voto para abstenção. Todos os partidos de oposição votaram a favor dos projectos dos três partidos. (...)
O projecto de lei do Bloco de Esquerda, que pode ser consultado aqui, apresentava "uma proposta de modelo de avaliação de desempenho docente que procura consubstanciar um conjunto de princípios e orientações, assumindo a necessidade da sua ampla e participada discussão", segundo a exposição de motivos. www.esquerda.net

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Pedro Páramo - Juan Rulfo, 1955


o arquipélago da insónia - "eu sei que ninguém escreve como eu"

Venezuela expulsa embaixador israelita

O governo venezuelano ordenou a expulsão do embaixador de Israel em Caracas, em protesto contra o "o uso planificado do terrorismo de Estado" por Israel e em solidariedade com o povo palestiniano. Na resposta, Telavive já anunciou a expulsão do embaixador venezuelano. Chavez diz também que vai criar uma ponte aérea para o envio de ajuda humanitária aos palestinianos afectados pela ofensiva israelita. ler mais

Nobel Peace Prize Winner shot by Israeli army in Palestine

Maguire said:"In November 2008 I visited Gaza and was shocked at the suffering of the people of Gaza under 'siege' as they have been for over two years. This collective punishment by the Israeli Government, has lead to a great humanitarian crisis. Collective punishment of the Palestinian civilian community by the Israeli Government breaks the Geneva Convention, is illegal, is a war crime, and crime against humanity.Instead of protecting the civilian community of Gaza and relieving their suffering by lifting the 'siege', the Israeli military has carried out 10 days of consecutive bombing of civilians, by sea and air. Dropping Israeli bombs on unarmed civilians, many women and children, destroying mosques, hospitals, and homes, and devastating Gaza's infrastructure is illegal and constitutes war crimes. The deaths of the people in Gaza are now over 600, with more than 2,500 people injured – many women and children. The infrastructure of Gaza has been destroyed, and the people have been cut off from the world – including journalists, human rights advocates and humanitarian workers, all locked out of Gaza, and unable to go to the aid of the people.The UN must help uphold Human rights and justice for Palestinian people, by seriously considering establishing an International criminal tribunal for Israel, (ICTI) so that the Israeli Government be held accountable for war crimes."Mairead Maguire (Nobel Peace Laureate) www.peacepeople.com 4th January, 2009.

We Are Coming Back, And We Are Putting Israel On Notice

"There is a time when silence is complicity and inaction is unacceptable. The ongoing Israeli attacks on the Gaza Strip have lead to the death of over 550 Palestinians, including children and women, and the injury of thousands, with the death and injury toll rapidly rising. Massive violations of international humanitarian law are being committed by Israel, both with regard to its obligations as an Occupying Power and in its conduct of hostilities.
The community of states has thusfar failed to comply with their duty to ensure Israel's respect for the Fourth Geneva Convention and protect the Palestinian civilian population from Israel's serious and persistent violations in accordance with the Convention. Consequently, we, concerned citizens from Belgium, Columbia, France, Great Britain, Greece, Ireland, Jordan, Kuwait, Scotland, Spain, and the United States feel that it is our moral duty to do what we can to provide some measure of protection. We are willing to put our bodies on the line to get in the way of Israel's unlawful violence against innocent Palestinian civilians."

por dentro da nova música

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

simulação

"No Japão há simulações de terramotos, incêndios, assaltos, etc. de modo a que possamos reagir eficientemente a essas situações. Neste vídeo temos uma simulação da captura de um perigoso rinoceronte evadido do Jardim Zoológico de Tóquio. O cenário está muito realista e nota-se que o jardim zoológico está apto a lidar com a situação."http://rebordao.blogspot.com/2008/12/simulao.html

Seminário Internacional - EM DEFESA DO DIREITO DA ÁGUA - 10 Janeiro


"A guerra é uma massacre entre gente que não se conhnece para proveito de gente que sim se conhecem mas não se massacram”. Paul Valéry


"Para o Ocidental, a guerra converteu-se num fenómeno ambivalente, como indicou Freud em 1920 na obra “Além do princípio do prazer”. Introduzindo o conceito de instinto de morte, por analise das matanças nas lutas de gladiadores no Coliseu de Roma (cimeira da cultura ocidental) até às mortes pela Inquisição. Entretenimentos que, na actualidade, se prolongam no cinema e em filmes como : “Apocalipse Now” , “Day After” , “Independece Day”, e jogos de guerra de consolas.Em qualquer destas realidades lúdicas a guerra, a destruição, a violência e, a morte, estão sempre presentes. Levando-me a pensar na forma como tudo isto se consome, ser indicador de uma espécie de regresso simbólico à antiga violência circense.Na humanidade há uma produtiva cultura de terror desde Caim, e uma das teorias comuns sobre a aderência espontânea à violência, e aos espectáculos que cria, sugere que permite descarregar, de modo imaginário, as pulsações agressivas do indivíduo, provocando descargas libertadoras de adrenalina sem consequências negativas directas em terceiros, oferecendo até virtudes terapêuticas a pessoas com marcadas tendências agressivas (Stanley Milgram).Obviamente que, nem toda a gente partilha desta ideia e, mentes subversivas ou corrosivas como a minha dirão que as imagens da guerra, na televisão, são a forma actual de ensinar a geografia. Quem não sabe agora onde se situa o Iraque, o Ruanda, Mogadíscio ou a Tetchenia?Como espectáculo, a guerra provoca desesperos, dores, angústias, medos e mortes mas umas são as mortes autênticas e outras as de ficção. E há diferenças em ambas e realidades psicológicas distintas. Um espectador não se impressiona do mesmo modo frente ao “Apocalyps Now” que perante um documentário sobre atrocidades na Somália. E foi a presença reiterada da morte na televisão a cores que permitiu distinguir o sangue do barro. Uma particularidade que provocou o desassossego colectivo nos EU obrigando a retirada das tropas americanas do Vietname.A guerra do golfo, a primeira guerra da história a ser televisionada, foi asséptica pela censura militar contrastando com a hiper inflação mediática, porque foi extirpada do seu cenário o dramatismo da morte.Veja-se como nas imagens acima, mostram a suposta precisão cirúrgica das bombas inteligentes realçada em planos gerais afastados, pontos de vista aéreos, sem nunca descer ao terreno das vítimas ou mostrando os bombardeamentos nocturnos como velas acesas numa árvore de natal . Deste modo, as bombas podiam ser destrutivas, mas nunca assassinas.Este tipo de censura converteu a guerra em mais um espectáculo televisivo de efeitos visuais ao gosto dos que deliram com pirotecnia e efeitos das novas realidades virtuais, como as crianças. Infelizmente uma coisa é a realidade, outra muito distinta, a sua representação mediática. E no caso da visão electrónica como na escrita, ambas são oriundas de um centro difusor de imagens obediente a uma estratégia racional e esteticamente elaborada, com um sentido subjectivamente pré - determinado, ao contrário da visão naturalista que é subsidiária do real empírico.Este ardil está a moldar a espécie humana em dóceis e amestrados telespectadores, obedientes a um poder concentrado em círculos informativos cada vez mais restritos e com capacidade de configurar o real à medida dos seus interesses comunicacionais . É por isso que humanidade está a converter-se em espectáculo de si mesma. E a sua auto - alienação está a alcançar um ponto que lhe permite viver a sua própria destruição como gozo estético…será essa a finalidade?" extraído de http://ecosecomentarios.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Nick Cave & P.J Harvey - Henry Lee

Nick Cave, Charlie Haden and Toots Thielemans - Hey Joe

UNESCO: Caligrafia Chinesa candidata a Património Imaterial da Humanidade

"A China apresentou à UNESCO a candidatura da sua milenar caligrafia a Património Oral e Imaterial da Humanidade, anunciou a agencia noticiosa oficial chinesa.
Cultivada há 3.000 anos, a caligrafia chinesa é considerada uma expressão artística quase ao mesmo nível da pintura e que, além de um sentido estético, revela o carácter e as emoções do seu autor.
Trata-se também de uma arte muito popular, sobretudo entre as gerações mais velhas, e que tem ainda dezenas de milhões de praticantes, disse a agência noticiosa oficial chinesa.
Tradicionalmente, os instrumentos da caligrafia - papel, tinta, pincel e pedra (onde se faz a tinta) - são "os quatro tesouros do estudo". (lusa)

concluída tradução d'Os Lusíadas para mirandês


"Está concluída a tradução de “Os Lusíadas” para língua mirandesa. A tradução do épico de Luís de Camões demorou cerca de cinco anos para ser efectuada, sendo trabalho da autoria Amadeu Ferreira, sob o pseudónimo de Fracisco Niebro. A tradução foi publicada de forma regular no semanário regional “ Nordeste”. Amadeu Ferreira tem já outros trabalhos publicados em língua mirandesa como é caso da tradução do clássico da banda desenhada “ Astérix l Gaulês”, vários livros de poesia, foi co-autor da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa e de um dicionário em Mirandês.
A procura das melhores soluções gramaticais, rima, métrica e acentuação, foram desafios linguísticas superados pelo autor.“ Houve alturas durante a tradução que não sabia para que lado me havia de virar dada a complexidade da obra traduzida, e as soluções a encontrar ” desabafou Amadeu Ferreira.Em fase adiantada de preparação está uma versão em banda desenhada de “ Os Lusíadas com desenhos de José Ruy e tradução de Amadeu Ferreira, a qual deverá estar nas bancas até ao final do ano com a chancela da Editora Âncora. O original foi editado pela Comissão dos Descobrimentos.“ Isto quer dizer que esta tradução é o começo de uma nova vida, já que o mirandês faz parte da bibliografia de tão importante obra como são “ Os Lusíadas”. O traduzir um poema do Épico para a “lhéngua” também dá para demonstrar que o mirandês está à altura de tão importante obra,” assegura o autor.No entanto Amadeu Ferreira já garantiu que a tradução integral de “Os Lusíadas” é um trabalho que será colocado nas livrarias já no próximo ano.Amadeu Ferreira tem igualmente traduzido para mirandês os” Quatro Evangelhos da Bíblia”, trabalho que aguarda oportunidade para a sua edição, já que o autor considera que “editar obras em mirandês não tarefa fácil dado o número reduzido de falantes, e obras desta dimensão necessitam de apoios. ”Os Quatro Evangelhos é outras da obras literárias está traduzida para mirandês ha mais de quatro anos." Radio Bragança

Agradeço não ter nascido "lampiona"

Ano novo, regresso a hábitos antigos
O F.C. Porto estreou-se em 2009 a fazer o que mais gosta e melhor conhece. Os Tricampeões Nacionais ganharam ao Nacional por 2-4, no Estádio da Madeira, regressando desta forma aos triunfos e retomando uma série de nove vitórias consecutivas, que apenas se viu interrompida por um empate frente ao Marítimo, no último desafio realizado em 2008.
Decidida a não permitir que os desenlaces da época passada contra o Nacional se repetissem, a equipa de Jesualdo Ferreira irrompeu destemida no encontro deste domingo, com Lisandro a enviar uma bola à barra, logo aos três minutos. O avançado recebeu o esférico do compatriota Lucho, dominou de peito, e rematou, convicto, com o pé esquerdo, esbarrando a sua determinação no ferro da baliza contrária.