Tinha um ninho na barriga, do anónimo momento em que a ferrugem se apropriou de mim, com qual dos direitos? Tinha um ninho na barriga e os pés sempre frios, a maca sempre alta. Deitada na doença da memória e dos pontos de escala: uma para um, pouco infinito para um...tinha um ninho na barriga e na memória o caixilho castanho, 60X90cm, números redondos e os pés sempres frios e a maca sempre alta; um caixilho das duas dimensões, as dimensões da escala. Tinha um ninho na barriga e a memória daquele mendigar de um chá que teimava em não descolar, a pista era gráfica, o eco a duas dimensões e a grafia era inútil.
texto e tela (inspirada no texto) de ana monteiro
texto e tela (inspirada no texto) de ana monteiro
3 comentários:
Desconhecia por completo esta tua veia poetica...muito bem e fiquei sensibilizado.
bjos.
António
Bela pintura, sim senhora. Vai enviando para irmos vendo.
JR
Está extraordináááááriamente fantabulástico!
Muitos, muitos parabéns! Há que continuar, a escrita e a pintura,porque és um génio e pouca gente sabe ainda.
teresa
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