sábado, 27 de junho de 2009

...dois edifícios e menos empresas...

A recente inauguração do segundo edifício do Parkurbis é uma boa notícia para a região. Afinal, a estrutura tem um forte potencial de crescimento se atendermos, sobretudo, à desejável ligação com a Universidade da Beira Interior, de onde todos os anos saem recém-licenciados com ideias de negócio. É uma boa alavanca, sem dúvida. No entanto, sem que o primeiro edifício tenha a lotação esgotada, os accionistas do Parkurbis decidiram abrir um segundo. Por esta altura, estão a sugerir às empresas a mudança para as novas instalações sem que os empresários saibam, em rigor, o que administração pretende fazer ao actual edifício: onde o restaurante fechou, o mês passado; onde o Agrupamento Complementar de Empresas brasileiras também já não está desde Fevereiro, porque as expectativas de negócio não se confirmaram; e havendo, simultaneamente, empresas que estarão de malas feitas para outras paragens. E não pelas melhores razões. O serviço de internet, essencial para as empresas, falha frequentemente e os cartões electrónicos que abrem as portas do edifício já deixaram muitos trabalhadores à porta.
As instalações deixadas vagas pelas dez empresas brasileiras estão agora ocupadas pela Unidade de Gestão da Comunidade Urbana das Beiras (Comurbeiras). A ideia e a possibilidade de crescimento do Parkurbis são indiscutíveis. Disso não há dúvida, mas a estrutura não pode e nem deve ser, apenas, um ou dois edifícios bonitos, com potencial de crescimento onde os desejos que deram origem à sua criação se confundem com uma realidade ainda distante.
Francisco Cardona - diário XXI

...sem papas na língua...

P – Demitiu-se no início do mês de deputada na Assembleia Municipal da Covilhã e falou na altura em «posturas anti-democráticas» dentro do Bloco de Esquerda. O que aconteceu em concreto?
R – Os motivos da minha saída devem-se às sucessivas tentativas de silenciamento por parte do dirigente de apoio local designado pela mesa nacional do Bloco, Vítor Franco. A função dele seria apoiar os elementos do núcleo da Covilhã e de outros locais, devido à falta de tempo e de disponibilidade total para determinadas tarefas, por parte dos militantes locais. Vítor Franco deveria estar disponível para contactos, para fazer a ligação entre a política nacional e local e para dar apoio nalgumas questões da Assembleia Municipal. Mas isso na região nunca aconteceu.
P – A que tipo de silenciamento alude?
R – Em relação à minha pessoa. Todas as propostas que apresentava ao nível do núcleo, ele encarava-as com reticências. Acabaram por realizar-se, e até com algum sucesso, porque o núcleo e eu própria nos impusemos e achávamos que faziam sentido. Aconteceu, por exemplo, com a vinda de alguns elementos do partido, que foram boicotadas por Vítor Franco. Tive de ser sempre eu a fazer o contacto directo com essas pessoas. Aquando das eleições para a coordenadora distrital, por alguns motivos pessoais e outros, e já por essas tentativas de boicote do meu trabalho, apesar de insistentemente convidada para integrar a estrutura, recusei.
P – Por discordar da lista?
R – Essa coordenadora não foi da iniciativa dos elementos locais, mas sugerida e imposta por Vítor Franco. Foi a eleições com elementos que nós todos desconhecíamos e eles próprios não se conheciam muito bem. Isto representou uma postura autoritária e anti-democrática. Confrontei Vítor Franco com isso e a resposta que obtive foi que estas são as regras da democracia, «o Bruno Pereira é o coordenador distrital e tu agora ficas calada e obedeces» – exactamente com estas palavras. Tinha a ideia de que o BE era um partido diferente, um partido aberto à participação e colaboração das pessoas e não era de posturas de chefia fascistas como estas. O funcionário, que agora é candidato à Câmara de Loures, tinha desconhecimento da política local, nunca se interessou e muitas das intervenções foram boicotadas.
P – Concretamente...
R – Por exemplo a questão da água, que mobilizou e lançou o BE numa luta feroz contra a privatização. Ainda há bem pouco tempo foi vista com algum desdém por parte deste funcionário. Ou a minha intervenção no caso dos sobreiros no parque de S. Miguel e até da RUDE. A postura do funcionário era sempre o medo da Câmara pôr um processo em tribunal ao partido e de assim se gastar dinheiro. Quando toda a gente sabe que essas foram intervenções pertinentes do BE. Acabei por desviar o apoio para o coordenador nacional autárquico, Pedro Soares, o que não foi bem visto por Vítor Franco.
P – Fez chegar estas questões aos órgãos nacionais?
R – Sim. Aquando da eleição da coordenadora distrital, eu, como deputada municipal, e com o acordo do núcleo da Cova da Beira, denunciei a postura autoritária e anti-democrática deste indivíduo que já está sinalizado como “controleiro” ou “olheiro” típico de alguns partidos que nós não associávamos ao BE. Foi enviada uma carta bastante exaustiva de várias situações a pedir a sua substituição. Mas a comissão política não respondeu. Isso também me levou ao desencanto por considerar – não sei se poderei fazer essa dedução – que o silêncio de uma comissão política pode denunciar cumplicidade com estas práticas. Devo acrescentar que outro aspecto que levou à minha saída foi o facto de Bruno Pereira ter vindo dizer, no dia da sua eleição, que já tinha candidatos para as Câmaras do distrito – apesar de a mim me parecer que ainda terão de colocar um anúncio no jornal – e que, no caso do Fundão, não sabia bem se iria dar uma benesse a Leal Salvado, do PS.
P – Está desiludida com o Bloco?
R – Estou. Mas não estou desiludida com o núcleo da Cova da Beira e com o bom trabalho de oposição que tem feito.
P - Ainda é militante?
R – Apresentei a minha demissão do partido por considerar que, a nível local, não tinha condições para continuar a exercer a minha militância e que, necessariamente, teria que trabalhar e avalizar essas práticas. Nesse sentido, considerei que não era a minha forma de estar na política e abandonei o partido.
extraído de "O Interior"

Bruno Pereira - Coordenador distrital do Bloco demite-se

"Bruno Pereira apresentou ontem a demissão de coordenador distrital do Bloco de Esquerda (BE) e renunciou ao mandato de deputado na Assembleia Municipal de Castelo Branco.
Cinco meses depois de ter sido eleito, Bruno Pereira justifica a decisão, em comunicado, “com a ingerência anti-democrática” de Vítor Franco, designado pela Mesa Nacional do BE para apoiar o distrito de Castelo Branco.
Bruno Pereira acusa o dirigente nacional de adoptar “métodos estalinistas para dirigir a política distrital do partido”, em linha com as razões invocadas por Ana Monteiro, que recentemente se demitiu do partido e da Assembleia Municipal da Covilhã
Antigo membro do gabinete de apoio jurídico do BE, na Assembleia da República, abandona o partido em ruptura com a estrutura distrital devido à “subserviência demonstrada pelos restantes membros da coordenadora distrital eleita”."Kaminhos

quarta-feira, 24 de junho de 2009

... acudir em massa - take dois...

O primeiro ministro regressa no próximo Domingo à Covilhã, depois do calor da última recepção, sabemos disso por uma fuga de informação lá no Olimpo. Será que vem reclamar a rua que o presidente da câmara lhe prometeu? É justo, becos sem saída, sem nome, como os do governo da nação é o que não falta por aqui. Tenho sempre curiosidade em saber se vai ter uma recepção, por parte do presidente carlos pinto, condizente com as intervenções, crispadas, na assembleia muncipal da Covilhã, como de quem:"se o cá apanhou vou-me a ele!". Ou se o vai receber de braços e sorriso escancarado, na esperança de que as rosas brotem do regaço do rei nu e se transformem em contos de reis, pelo efeito milagreiro da festa da democracia? Eu, na cautela, vou mas é comprar uma mola para tapar o nariz!

... o crime é nosso mas quem cumpre a setença são eles...

http://www.liberta-me.org/

... mandragora..

Planta venenosa da família das solanáceas, a mesma da beladona e do meimendro, a mandrágora (Mandragora officinarum) contém alcalóides como a atropina e a escopolamina. É nativa do Mediterrâneo. Erva de caule muito curto, emite uma roseta de folhas, de cujo centro se alteiam as hastes das flores, de cor entre o violeta e o azul. A raiz principal freqüentemente se bifurca e, sendo grossa e carnuda, assemelha-se a duas coxas. Para aumentar essa semelhança, os feiticeiros a esculpiam e acrescentavam detalhes, como se vê em gravuras medievais que ilustram seu suposto poder afrodisíaco. Ora, uma vez aceito que uma planta pudesse tem um corpo humano "perfeito", o próximo passo era supor que pudesse receber um espírito, ou a força vital de um homo sapiens vivente... Segundo H.P. Blavastky, "no Catecismo dos drusos da Síria" os homens foram criados pelos "Filhos de Deus", que desceram à Terra e, depois de colherem sete mandrágoras, animaram as raízes até que se convertessem em homens (Doutrina Secreta, II, 30, ed. Inglesa). Dados dispersos no Glossário Teosófico informam que a planta se revela "especialmente eficaz na magia negra" (Doutrina Secreta, 11, 30) e, apesar do preparo de "bebidas ou filtros" ser o uso mais cotado entre os "vários fins ilícitos", alguns ocultistas "da mão esquerda" chegariam a fazer homúnculos com ela.
O nome hebraico para as mandrágoras (dudhaim) é formado pela mesma raiz de "amor". Este é outro motivo para que, em algumas partes do Oriente Médio, esta planta ainda seja considerada como afrodisíaco capaz de excitar o amor e aumentar a fertilidade humana. O Glossário Teosófico fornece uma interpretação metafísica politicamente correta onde, "em linguagem cabalística", dudhaim corresponde à união do "manas superior e inferior" ou da Alma e do Espírito, duas coisas "unidas em amor e amizade (dodim)". Mas a intenção que personagens bíblicas tiveram ao consumir a planta foi bem diferente. Em Gênese 30:14-15, Raquel, esposa de Jacó, negocia a oportunidade de usufruir os direitos conjugais de seu marido por uma noite com sua irmã Lia, em troca de alguns frutos de mandrágoras. Desta relação conturbada nasceu Issacar. Também, numa cena de romântico erotismo do Cântico dos Cânticos, a amada afirma a reciprocidade de seu amor levando seu amante para pernoitar no campo onde "as mandrágoras exalam seu perfume" (Cântico 7:14). A tradição colocou este fruto em relação com o nascimento de José.
Vem, meu amado, vamos ao campo,pernoitemos sob os cedros; madruguemos pelas vinhas,vejamos se a vinha floresce, se os botões estão se abrindo,se as romeiras vão florindo: lá te darei meu amor... As mandrágoras exalam seu perfume; À nossa porta há de todos os frutos:Frutos novos, frutos secos,que eu tinha guardado,meu amado, para ti.Cântico dos Cânticos, 7:12-14.
Os antigos, como os medievais, conheciam o poder da raiz desta planta. A tradição greco-romana daria outros usos à planta. Nos tempos de Cristo, a comprida raiz castanha da mandrágora era usada como anestésico nas operações. Platão cita o preparo da mandrágora como fármaco entorpecente ao descrever um motim. "Algumas vezes", quando marinheiros disputam pela influência, tendo em vista o favor do dono do navio, "se não são eles que o convencem, mas sim outros, matam-nos, a esses, ou atiram-nos pela borda fora; reduzem a impotência o verdadeiro dono com a mandrágora, a embriaguez ou qualquer outro meio" (A República, 488c). Com o tempo, as receitas foram se tornando cada vez mais insólitas. Dizia-se, por exemplo, que a colheita da mandrágora exigia providências profiláticas, pois a planta não devia ser tocada. A raiz era arrancada em noite de luar, com uma corda atada a um cachorro preto, após um ritual e orações. Segundo a crença, se colhida sem essas precauções, a mandrágora soltava um grito terrível, capaz de matar ou enlouquecer quem o ouvisse. Se obtida à maneira ritual, contudo, a raiz possuía poderes mágicos e servia para tomar fecundas as mulheres estéreis.
A Mandrágora já foi considerada como uma cura para a loucura e uma droga exorcisante por se pensar que os demônios não toleravam o seu cheiro. Outrora, as verrugas eram esfregadas com uma batata, que a seguir tinha de ser deitada fora. Então, à medida que o tubérculo apodrecia, acontecia o mesmo com a verruga! O Glossário Teosófico diz-nos que os antigos germanos veneravam ídolos fabricados com a raiz de mandrágora. "Daí seu nome de alrunes, derivado da palavra alemã Alraune (mandrágora). Aqueles que possuíam em sua casa uma dessas figurinhas, acreditavam-se felizes, pois elas velavam pela casa e por seus moradores, preservando-os de todo mal, e prediziam o futuro, emitindo certos sons ou vozes. O possuidor de uma mandrágora, além disso, obtinha bens e riquezas, através de sua influência".
Mandrágora é também o título de uma peça de teatro escrita em 1503 por Nicolau Maquiavel, onde um jovem rico se faz passar por médico para conquistar uma mulher casada. Como a mulher não pode ter filhos, o falso médico sugere um tratamento à base da raiz da planta. Essa planta também foi citada por Shakespeare em Romeu e Julieta, e acredita-se que o remédio que Julieta tomou para fingir estar morta tenha sido extraído dela. Também é mais recentemente citada em Harry Potter, onde são citadas suas raízes, que devido à aparência, deu-lhe a fama de se assemelhar à uma figura humana. Outra citação é feita no filme O labirinto de Fauno, onde uma mandragora é usada para amenizar as complicações da gravidez da mãe da personagem Ofélia.
Observação mais que providencial, visto que quando a humilde batata chegou a Inglaterra era tida como afrodisíaca e vendida a mais de 500 libras o quilo. Atualmente, ela ainda é usada em doses seguras na fabricação de remédios homeopáticos.

... acudir em massa...

extraído daqui e daqui

terça-feira, 23 de junho de 2009

...gafites... deus ganesha...

"No hinduísmo, Ganexa ou Ganesha (sânscrito: गणेश ou श्रीगणेश (quando usado
para distinguir status de Senhor) ou "senhor dos obstáculos," (seu nome é também escrito como Ganesa e Ganesh, algumas vezes referido como Ganapati) é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o "esposo" de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar (em Tamil), e Vinayakudu em Telugu. 'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e 'Na' simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É habitualmente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Tipicamente so eu nome é prefixado com o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.
Ganesha é o símbolo das soluções lógicas, e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante, e ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas."

...o fim que me propus: inscrever na tela o vivo da vida"...

Júlio Pomar em Exposição no Centro de Arte Manuel de Brito - 02 de Junho a 13 de Setembro de 2009 ...
"Júlio Pomar é o artista mais representado na colecção Manuel de Brito. Desde sempre Manuel de Brito admirou profundamente a obra de Júlio Pomar talvez por terem quase a mesma idade e um percurso cívico e politico semelhante. Quando abriu a galeria o seu desejo de fazer uma exposição era tão grande que aceitou mostrar obras já vendidas – a série sobre o Pantagruel do Rabelais. Foi o início de um percurso de cerca de 40 anos de amizade, admiração e cumplicidade.
Esta exposição abarca obras de 1943 a 2003 e percorre praticamente todos os ciclos do artista - neorealismo, tauromaquias, corridas de cavalos, Maio 68, Banhos Turcos, fase erótica, Tigres, a série dos Corvos com os retratos dos escritores que abordaram o tema (Edgar Allan Poe, Mallarmé, Baudelaire e Pessoa), a fase do Brasil com Os Mascarados e Os Índios do Xingu até acabar nas últimas pinturas com colagens e objectos. Temos muitos desenhos – ilustrações para o Romance de Camilo de Aquilino Ribeiro, retratos de Camões, Bocage, Pessoa, Almada Negreiros, João Abel Manta e Manuel de Brito. Desenhar e pintar animais é uma constante ao longo da sua vida - galos, hienas, lobos, macacos, porcos, tigres, gatos, girafas, burros, cabras, ratos, corvos, mochos, papagaios, abelhas, camelos, cavalos, touros, rinocerontes, veados, búfalos, tartarugas, lebres e caracóis. A última obra é a Arca de Noé o símbolo da salvação da vida animal.
Ao percorrermos esta exposição vemos como a sua inquietação o leva a rupturas constantes procurando outros temas e maneiras de pintar, rasgar e colar. A par da exaltação dos corpos humano e animal que, por vezes se fundem, a literatura fascina-o. Mestre da pintura e da escrita Júlio Pomar sabiamente afirma no seu livro Então e a Pintura ? “O fim que me propus: inscrever na tela o vivo da vida”. "

...free gaza...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

...ponte de sequeiros...

" Como são imponentes as pontes fortificadas de Toledo sobre o Tejo, ou mesmo a nossa Ponte da Ucanha sobre o Tâvora! Mas quem visita a raia da Beira Interior, desolada e agreste, pode vir aqui, e conhecer a tétrica ponte fortificada de Sequeiros, que de forma inesperada acompanha aquelas em imponência.
Situada sobre o rio Côa, assente em afloramentos graníticos, é uma das mais importantes pontes históricas do país e certamente uma das que se encontra em melhor estado de conservação. Ainda hoje é utilizada pelo tráfego de veículos ligeiros.É suportada por três arcos em volta perfeita, sendo o central o de maior diâmetro ladeado por dois talha-mares, tabuleiro em rampa com 51m de comprimento por 5m de largura e parapeito em cantaria. O pavimento é lajeado com continuidade em calçada.
A Torre
Uma característica que a distingue das mais é apresentar uma torre de planta quadrada com vão em arco pleno e que materializava um dispositivo militar de defesa, vindo provavelmente mais tarde a ser portagem fronteiriça entre o território Nacional e o Reino de Castela e Leão, antes da assinatura pelo
Rei Lavrador do Tratado de Alcanices.
Juntamente com a Ponte da Ucanha é uma das duas pontes fortificadas existentes no País.
A ponte provavelmente é medieval, mas eu prometo que numa próxima viagem vou ver se descortino silhares almofadados ou vestígios de fórfex para poder remontar a sua origem ao período romano.

A natureza das coisas
Parado no meio da ponte o rio lampeja, revoluteando em marmitas de gigante, as margens eivadas de vegetação rípicola diversa. Não existe silêncio, a corrente líquida ressoa no granito, a evocar lembranças aterradoras, espectros que ali mesmo poderão ter morrido afogados, numa luta desesperada com as águas, clamado em vão que lhe acudissem- quem sabe resquícios de fronteiras que o Homem impõe a si mesmo- ali Castela, acolá Portugal!
Mais um local para um retiro estratégico do mundo, nesta Beira moribunda- quem a salva? À Beira raiana, claro, porque a ponte está para durar mais alguns milénios
Ponte de origem medieval (o que nos levaria a pureza românica) ou teve na sua origem uma concepção romana?
Localização
Acesso em estrada asfaltada. A partir da EN 324 chegue a Valongo do Côa e ai a ponte está devidamente sinalizada, ou pelo menos à três anos estava, senão, quem tem boca chega a ponte!
5 locais notáveis próximos da Ponte de Sequeiros
Aldeia Histórica de Sortelha
Aldeia Histórica de Castelo Mendo
Aldeia de Vilar Maior
Termas do Cró
Castelo do Sabugal " aqui

...grafites...


domingo, 21 de junho de 2009

...ceci n`est pas une femme...


a vida corre no seu vagar
de resto e ao fim-ao-cabo
adivinha-se na cantaria dos ossos

a vida corre no altar clandestino
de resto e ao fim-ao-cabo
adivinha-se na coada do pensamento

a vida corre nos carrilhões impressos
de resto e ao fim-ao-cabo
adivinha-se no rebordo da rotina

e se alguém chegasse agora
na esperança de que chegasse um dia?
ana

... atelier de marionetas de vara...

HISTÉRICO – ASSOCIAÇÃO DE ARTES
Orientação de Magda Moreira - Curso Tecnológico de Animação Social que tem vindo a complementar com acções de formação profissional quer ao nível do teatro quer ao nível específico do teatro de marionetas com María Parrato, Nishikawa V, Neville Tranter, Richard Bradshaw entre outros. Entre 1998 e 2001 participou no elenco do Grupo Teatro Histérico do Fundão e, também como actriz, na produção do Grupo Trigo Limpo Teatro Acert, Transviriato de Jaime Rocha. Após colaborações pontuais com a organização do Festival Altitudes e Festival Andanças, foi também em 2001 que integrou a Companhia Marionetas de Lisboa, onde exerce até hoje a função de actriz-marionetista, colaborando também na produção de espectáculos da companhia.
Com este atelier pretendemos dotar crianças e pessoas interessadas de ferramentas que permitam produzir eventos culturais com marionetas de vara.

18 de Julho
Das 10:00 h às 12:00 h - Público infantil dos 4 aos 8 anos de idade.
Das 14.30 h às 16:30 h - Público em geral (Estudantes, professores, artistas, etc.).

Nota: As crianças devem ser acompanhadas por um adulto.

Local: Serviço educativo da Moagem Cidade do Engenho e das Artes.

Inscrições na Moagem ou para o telemóvel 969356131 (Histérico – Associação de Artes)

Preço:
3 € até aos 16 anos de idade
5€ A partir dos 17 anos de idade
Os sócios da Histérico - Associação de Artes têm 50% de desconto.

Apoio: Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, Câmara Municipal do Fundão; IPJ, Escola Sec. c/ 3º CEB do Fundão.

sábado, 20 de junho de 2009

... na primeira pessoa... não acredito em deus, é uma firme descrença, mas acredito no meu pai...

...pedro laginha apoia Partido Pelos Animais...

"Acredito que estamos a chegar a uma fase de transição de pensamento e atitude em relação ao que nos rodeia.
Eu, pessoalmente, ando muito desiludido com os senhores que continuam a decidir a nossa vida e o que é importante (para eles!) nela.
É preciso haver uma tomada de consciência geral. Não podemos continuar a baixar a cabeça e a deixar andar.
Atitudes têm de ser tomadas. Tem de haver uma responsabilização pública pelos erros feitos, pela mentira e pelo engano.
Eu até iria mais longe...
Acho que devia de haver uma responsabilização criminal pelos erros feitos contra todos nós e contra o nosso habitat."
ler mais

sexta-feira, 19 de junho de 2009

... para a minha mun@...

... o que carlos pinto não nos diz...empresas desistiram do parkurbis...

" Dez firmas brasileiras criaram um grupo de empresas de software com sede no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, em busca de parcerias. Há ano e meio, agruparam-se e criaram o Parkurbis Gene – Agrupamento Complementar de Empresas (ACE). Pretendiam fazer de Portugal a porta de entrada para software brasileiro no mercado Europeu na sequência de um acordo de geminação entre a cidade de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, e a Covilhã. Em Fevereiro, dois anos depois da assinatura do contrato, desistiram.Deixaram as instalações e rescindiram contrato com os dois funcionários. 'O sucesso foi muito baixo', disse ao Diário XXI Edilson Paterno, porta-voz do ACE e director comercial da Tottal.com, única das 10 empresas que estabeleceu uma parceria com uma congénere portuguesa para comercializar os seus produtos.'Foi um investimento sem retorno', acrescentou Paterno repartindo responsabilidades. 'Do lado das empresas brasileiras poderia ter sido atribuída maior importância a esse projecto', mas Portugal criou expectativas que não vieram a ser confirmadas. 'Pensaram que o Parkurbis teria uma estrutura para ajudar, mas isso não aconteceu', acrescenta. 'O objectivo era ter ao fim do primeiro ano ter um ou dois parceiros, mas isso não aconteceu', disse Edislon Paterno.A criação do ACE surgiu depois de um acordo de geminação celebrado entre os municípios português e brasileiro. Entre as marcas de software brasileiras, encontram-se empresas líderes de mercado na América do Sul, que pretendiam apostar na Europa, com programas específicos de gestão empresarial. O interesse em parcerias locais foi um ponto comum sublinhado na apresentação pelos empresários, mas apenas a Tottal.com conseguiu gerar negócios através de uma parceria com a ASSEC, empresa de consultadoria, instalada na Covilhã. A ASSEC propôs-se introduzir no mercado português o 'Bussiness Intelligence', que ajuda a transformar dados em informações úteis para o cliente, facilitando o trabalho de análise. "Francisco Cardona - diarioxxi


quinta-feira, 18 de junho de 2009

...boicote às touradas...

Associações defensoras dos direitos dos animais manifestaram-se hoje "agradadas" com a "condenação de Portugal" devido às touradas, esperando que este "passo simbólico" seja o primeiro para acabar com os touros de morte em Portugal e na Europa.O Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais condenou simbolicamente o ex-Presidente português Jorge Sampaio e o antigo primeiro-ministro e atual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, por atentados contra os direitos dos animais, sobretudo nas touradas.O juri acusou-os ainda de tirarem "uma satisfação evidente da tortura de touros", bem como de terem permitido a abolição parcial da legislação de 1928 que protegia a morte dos touros nas arenas, o que, no entender do tribunal, reflete um recuo de Portugal "em 80 anos em matéria de proteção animal".Contactado pela Agência Lusa, o gabinete de Durão Barroso escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre o assunto.O chefe de Governo espanhol, José Luís Zapatero, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, e seu primeiro-ministro, François Fillón, foram outros dos visados pela sentença simbólica proferida pelo órgão internacional sedeado em Genebra, na Suíça.Associações defensoras dos direitos dos animais contactados pela Lusa manifestaram-se "agradadas" com a condenação de líderes políticos europeus e associações profissionais taurinas, esperando que este "passo simbólico" seja o primeiro para abolir esta "prática cruel e desumana"."Espero que este simbolismo se torne realidade e que haja outras forças políticas que se juntem a esta voz de condenação para que finalmente se possa acabar com a crueldade dos touros mortos", afirmou o presidente da Sociedade Protectora dos Animais, Tomé de Barros Queiroz.O responsável sublinhou que vê esta condenação com "muito agrado", lembrando que a Sociedade Protetora dos Animais "já há muito tempo tem vindo a pedir o fim desta chacina".Por sua vez, Rita Silva, uma responsável da ANIMAL que participou na votação final em Genebra, sublinhou que a sentença acaba por ser uma condenação pela "grande maioria da opinião pública portuguesa e europeia", que é "claramente contra esta prática de tortura"."Foi uma condenação muito positiva para todas as pessoas e organizações que representam uma maioria silenciosa que finalmente quer pôr fim às touradas", afirmou, acrescentando: "Este tipo de ações e pressões são importantes para demonstrar aos responsáveis políticos que a nossa força de lobby é maior ao lobby tauromáquico e que representamos muitos eleitores".Na sua sentença, o Tribunal incluiu também um pedido para que sejam fechadas as escolas de tauromaquia e para que o acesso às praças de touros seja proibido a menores de 16 anos. Solicitou ainda ao Parlamento Europeu que convoque um referendo para que os cidadãos da União Europeia se possam pronunciar sobre a abolição desta prática.Durante a audiência de segunda-feira discursaram representantes de organizações espanholas, francesas e portuguesas defensoras dos animais, assim como veterinários e psicólogos infantis, que apresentaram dados e testemunhos a favor da abolição das touradas.
Publico.pt

uso de animais em circos proibido no Brasil


"O Brasil tomou na passada semana uma importante medida no que respeita aos Direitos dos Animais ao aprovar um projecto de lei que proíbe a utilização de animais em espectáculos circenses.
Os circos brasileiros têm agora 90 dias para proceder ao registo de todos os animais junto dos órgãos competentes e inciam depois uma fase de transição que pode durar até oito anos, considerado no entanto um prazo demasiado longo por várias organizações de defesa dos animais." ler mais

segunda-feira, 15 de junho de 2009

... quando 159 é um pouco mais que 163...

No bom rigor do "Notícias da Covilhã", uma verdade é indubitável:gasta-se:) Não em pedras preciosas ou em ouro, mas em roupa:) Não se gasta é com toda a certeza em livros de matemática:)

extraído de Notícias da Covilhã, 11 de junho de 2009

...quando a bota não bate com a perdigota no "Notícias da Covilhã"

... mas afinal quem arrecadou mais votos na Covilhã? Foram os "laranjas" ou foram os "rosas"? É que isto de atribuir a vitória e a derrota aos dois, na mesma notícia... para além de ser uma combinação inesperada, viola o príncipio da Identidade e o da Não-Contradição, pois quem ganha, ganha e não pode ganhar e não ganhar ao mesmo tempo... e nem sei se não viola a lei da gravitação universal.... chiça!!! Mas isto deve ser do domínio da complexidade da "coisa política" e não está ao alcance da compreensão de todos!!! Já agora... Em Castelo Branco venceu em cinco quê??? Quem?


Extraído de Notícias da Covilhâ, 11 de junho de 2009

...nikias skapinakis...

Quintais de Lisboa

Quartos imaginários


sábado, 13 de junho de 2009

...vida de cão... reloaded...


Como em tudo na vida até para ser cão é preciso ter sorte… não sei se alguém alguma vez disse isto, por isso acautelo desde já o plágio.Há uma pergunta cuja resposta provocaria em mim uma real angústia… qual o livro da minha vida? E se um dia a pergunta for feita? De onde virá essa angústia? Não sei! E se um dia quando acordar alguém estiver lá de microfone em riste?Há um livro que simplesmente tive o privilégio de ler, nem questiono mesmo se mudaria a minha vida, os meus princípios ou convicções… se um dia for essa a pergunta…“Timbuktu”… corro agora muitas vezes para ele pelas circunstâncias da vida de seres muito pouco privilegiados. Nesta fantástica obra de Paul Auster, Mr. Bonnes um cão de raça indefinida, rafeiro adoptado para ser mais precisa, narra e vive a história de William Gurevich… “- que mais simpática e honesta testemunha pode ter a vida de um homem que não seja um cão?” Questiona Auster.. Após o Pai Natal lhe ter aparecido na televisão, William, homem de posses e grande promessa na produção poética, transforma-se em Christmas, um vagabundo que percorre as ruas na costa leste dos EUA - “Desde que William perdeu o contacto com os seres humanos o cão é aquele que nos pode relatar o que está a acontecer”… diz o autor.Eu também já tive um cão, de raça indefinida… Lembro… o nosso grande segredo… o nosso grande laço, tão pequenino e tão gordinho, as noites em que era o personagem principal e dormia a chuchar no conforto do meu dedo! Lembro-me… o olhar brilhante…a alegria com que sempre me recebia! O meu grande Baco gostava de vinho branco… a partilha era mesma a capacidade de fazer amigos e a da solidão… Não sabia como ele entendia o mundo, não sei se partilhava as minhas dúvidas e as minhas hesitações!Espero que Baco se tenha encontrado Mr. Bones no Timbuktu, dizem ser o paraíso das almas, para onde todos nós vamos, depois de morrer.Dizem que todo o sonho americano tem a sua Dark Side… talvez a fórmula se aplique a toda a humanidade quando o destino é trágico…O encontro no Jardim Público, com um dos membros da família dos “abana o rabo”, um cão que como Mr. Bones, que se transformou em Cal e depois em Sparky, também nasceu com a sina de não ter apenas um nome… repito, para não perder a ponta do fio da meada. O encontro, no jardim público com Sakura, o seu novo nome, levou-me ao Canil da Covilhã.Era um cão inteligente, começou por seduzir… a fórmula é sempre a mesma, os restos do restaurante, neste caso do “Sporting”, e o saco era enorme, do tamanho da simpatia e afabilidade do funcionário do restaurante… a fomeca sempre apertava mas… mesmo quando se esquecia, voltava atrás e mimava os novos amigos… depois atacava o saco da comida.Foi apanhado na rede… lá fui eu salvar o bicho daquela condenação humilhante sem julgamento e sem pecado… a não ser que a lenda seja verdadeira e seja canino o guia e guardião do Reino dos Mortos culpado dos seres humanos terem perdido a imortalidade. “caiu na rede” na forma canina, como é óbvio!Aquele canil é malcheiroso, frio por demais, a alimentação pareceu-me escassa pelo aspecto e magreza dos seus locatários, o espaço das celas é minúsculo, os animais amontoados não têm um espaço para ginasticar a liberdade, a fidelidade, a solidariedade, a independência, a altivez, os afectos, o amor incondicional, a inteligência, a irreverência, a generosidade, o espírito de sacrifício, a teimosia, a curiosidade, o capricho, a desobediência, brincadeira… A todos estes cães desta porcaria, para não dizer merda, de Canil da Covilhã, propriedade da empresa Águas da Covilhã e apoiado, não sei de que forma, por uma tal Associação de nome Rude, a todos estes cães repito, só lhe falta falar. E Vem-me à memória o belíssimo poema de amor de um homem a um cão de Manuel Alegre. - cito:"Alguém falou da tristeza e do vazio do olhar dos animais. Vi a tristeza, em certos momentos, no olhar do cão. A tristeza de quem quer chegar à palavra e não consegue.” E eu Também vi no olhar de todos aqueles cães a cruel e rude natureza da natureza humana… e entre lágrimas de raiva apeteceu-me rebentar com todas aquelas grades e gritar: “Vamos rapazes “ a Liberdade está a passar por aqui”! ocupem território nas ruas e nos jardins da Covilhã que a revolução é feita de ocupações…lembrei-me de lhes citar Neruda “ Pensem que o elefante tem o mesmo número de letras que mariposa e é muito maior”...Sakura amanhã vou resgatar-te e vou ler-te um poema de amor…

...partidos que nos fazem felizes...


Apesar do total desencanto com os sujos corredores do partido político, em que aprendi que não se deve ultrapassar o tempo da saída. Proibi-me de pensar, por muitos e longos anos, que há bons partidos à face da terra, quase numa auto-anatemização do sobressalto em alma ferida e espalmada de compartimentos abarrotados de solicitude. Reguei com gotas geladas a vontade inicial de querer explicar tudo, de querer justificar tudo.... Reguei com gotas geladas a vontade inicial de entender aqueles apertos de mãos protegidos pelo branco das luvas.... Reguei com gotas geladas a vontade inicial de olhar rostos de viço esmoído do tempo...

Apesar do total desencanto com o partido político... não fui a tempo... nem desviei a minha atenção para a criação deste novo " tomar partido"
"Partido Pelos Animais"(Visitem o site).
Vamos, então, assinar pela criação dos novos partidos, aqueles que nos poderão fazer felizes:
O Partido dos Bengaleiros, o Partido das Cachoeiras, o Partido do Mês de Setembro, o Partido da Côdeas do Pão, o Partido das Palavras Vagarosas, o Partido do Subúrbio das Ondas, o Partido do Óleo de Girassol, o Partido da Vertigem das Àguas, o Partido do Súbito Interrompido, O Partido dos Beijos Desajeitados, os Partido dos Relógios que dão Horas, o Partido dos Betinhos Papa-Figos...
Este é o meu testemunho de boas vindas... espero não ter esquecido nenhum... exceptuando os que esqueci deliberadamente...

Ai que ainda estou viva!!! E longe de mim essa dúvida!!!
ana monteiro

quarta-feira, 10 de junho de 2009

...13 de junho - reconstrução do abrigo de pastores...


L U Z L I N A R
recorda
13 de Junho Reconstrução de abrigos de pastores
A Serra do Feital está povoada por abrigos de pastores. Com o tempo, foram-se pastores mas ficaram os abrigos. Trata‐se de construções em pedra, exemplos de arquitectura popular, destinadas a abrigarem os pastores dos rigores do Inverno. Alguns, dado o seu tamanho, serviam também para abrigar o rebanho. Vamos conhece‐los e reconstruir o abrigo do Penedás.
Orientação: Adalberto Lino~ 10 - 17 horas
Preço: 18 Euros (Inclui almoço)
Partida às 10h00 do atelier “Temos Tempo” no Feital- Trancoso
Inscrições até dia 11 (quinta-feira)
Tel. 271 881 245987230373/
luzlinar@gmail.com

terça-feira, 9 de junho de 2009

...hoje vou sitiar lisboa...

Adeus, ó terra, e adeus, linda serra de neve a brilhar,
Adeus, aldeia, qu’eu lebo na ideia nunca mais voltar.

Tem saudades na lembrança disse adeus,
Ó terrinha, e mais ó laré, ai, ai, ai.


Não m’importo d’ir à toa,
O meu sonho é ver Lisboa,
Ver o mar qu’eu nunca bi, ai, ai, ai.
Despedi-me das ovelhas,
Do meu cão, das casas belhas,
Do lugar onde eu nasci.

Adeus, ó terra, e adeus, linda serra de neve a brilhar,
Adeus, aldeia, qu’eu lebo na ideia nunca mais voltar.

...leitores exigentes...

Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder total, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro (ou a sua sombra) e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de Dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura em Lisboa. Vive entre Lisboa e Luanda. Iniciou a sua carreira literária em 1988, com a publicação de um romance histórico, A Conjura. É autor de oito romances, uma novela, sete recolhas de contos e crónicas, três livros para crianças, três peças para teatro, um livro de reportagens e um relato de viagens. As suas obras estão publicadas em mais de vinte países. Ao seu romance O Vendedor de Passados foi atribuído o Prémio Independent – Ficção Estrangeira.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

...a Coisa Berlusconi...


"Não vejo que outro nome lhe poderia dar. Uma coisa perigosamente parecida a um ser humano, uma coisa que dá festas, organiza orgias e manda num país chamado Itália. Esta coisa, esta doença, este vírus ameaça ser a causa da morte moral do país de Verdi se um vómito profundo não conseguir arrancá-la da consciência dos italianos antes que o veneno acabe por corroer-lhes as veias e destroçar o coração de uma das mais ricas culturas europeias. Os valores básicos da convivência humana são espezinhados todos os dias pelas patas viscosas da coisa Berlusconi que, entre os seus múltiplos talentos, tem uma habilidade funambulesca para abusar das palavras, pervertendo-lhes a intenção e o sentido, como é o caso do Pólo da Liberdade, que assim se chama o partido com que assaltou o poder. Chamei delinquente a esta coisa e não me arrependo. Por razões de natureza semântica e social que outros poderão explicar melhor que eu, o termo delinquente tem em Itália uma carga negativa muito mais forte que em qualquer outro idioma falado na Europa. Foi para traduzir de forma clara e contundente o que penso da coisa Berlusconi que utilizei o termo na acepção que a língua de Dante lhe vem dando habitualmente, embora seja mais do que duvidoso que Dante o tenha utilizado alguma vez. Delinquência, no meu português, significa, de acordo com os dicionários e a prática corrente da comunicação, “acto de cometer delitos, desobedecer a leis ou a padrões morais”. A definição assenta na coisa Berlusconi sem uma prega, sem uma ruga, a ponto de se parecer mais a uma segunda pele que à roupa que se põe em cima. Desde há anos que a coisa Berlusconi tem vindo a cometer delitos de variável mas sempre demonstrada gravidade. Além disso, não só tem desobedecido a leis como, pior ainda, as tem mandado fabricar para salvaguarda dos seus interesses públicos e particulares, de político, empresário e acompanhante de menores, e quanto aos padrões morais, nem vale a pena falar, não há quem não saiba em Itália e no mundo que a coisa Berlusconi há muito tempo que caiu na mais completa abjecção. Este é o primeiro-ministro italiano, esta é a coisa que o povo italiano por duas vezes elegeu para que lhe servisse de modelo, este é o caminho da ruína para onde estão a ser levados por arrastamento os valores que liberdade e dignidade impregnaram a música de Verdi e a acção política de Garibaldi, esses que fizeram da Itália do século XIX, durante a luta pela unificação, um guia espiritual da Europa e dos europeus. É isso que a coisa Berlusconi quer lançar para o caixote do lixo da História. Vão os italianos permiti-lo?"
Publicado em O Caderno de Saramago

...and what costume shall the poor girl wear?...



...hey joe...



sábado, 6 de junho de 2009

...vozes marinheiras...

... em dia de reflexão... porque o que conta é o que está no coração e não na cabeça...

karl marx ... to my father... books of verse ...


Creation
Creator Spirit uncreated
Sails on fleet waves far away,
Worlds heave, Lives are generated,
His Eye spans Eternity.
All inspiriting reigns his Countenance,
In its burning magic, Forms condense.

Voids pulsate and Ages roll,
Deep in prayer before his Face;
Spheres resound and Sea-Floods swell,
Golden Stars ride on apace.
Fatherhead in blessing gives the sign,
And the All is bathed in Light divine.

In bounds self-perceived, the Eternal
Silent moves, reflectively,
Until holy Thought primordial
Dons Forms, Words of Poetry.
Then, like Thunder-lyres from far away
Like prescient Creation's Jubilee:

"Gentler shine the floating stars,
Worlds in primal Rock now rest;
O my Spirit's images,
Be by Spirit new embraced;
When to you the heaving bosoms move,
Be revealed in piety and love.

"Be unlocked only to Love;
Eternity's eternal seat,
As to you I gently gave,
Hurl you my Soul's lightning out.
'Harmony alone its like may find,
Only Soul another Soul may bind.'

Out of me your Spirits burn
Into Forms of lofty meaning;
To the Maker you return,
Images no more remaining,
By Man's look of Love ringed burningly,
You in him dissolved, and he in me."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

...notícias da covilhã, a tentativa de criar factos políticos dá este resultado...

É de uma irresponsablidade inexplicável, por parte do Notícias da Covilhã,deduzir uma acusação visando o Coordenador Distrital do Bloco de Esquerda, Bruno Pereira, quando este não é citado em nenhum momento no meu comunicado. Tendo manifestado disponibilidade para esclarecer dúvidas, mais inexplicável se torna a dedução. Quando não se sabe pergunta-se - a isso se chama bom jornalismo
O Dirigente em questão é Vitor Franco, funcionário do partido e nomeado pela mesa nacional do bloco para "apoio" local.
Ao abrigo da lei de imprensa, agradeço que com o mesmo destaque dado à notícia(
publicado em última página e em negativo), e porque há uma pessoa em causa que não devia fazer parte da notícia, seja publicado este esclarecimento na próxima semana, a não acontecer será encaminhado para a Entidade Reguladora.
Aos Jornalistas pede-se seriedade e rigor.
A tentativa atabalhoada de fabricar factos políticos sem os confirmar deu este resultado.
ana
(Carta enviada ao respectivo jornal)



... no café da juventude perdida...

"Nos três ou quatro anos que se seguiram, percorri muitas vezes itinerários, as mesmas ruas, embora me aventurasse cada vez mais longe. Nos primeiros tempos, nem sequer alcançava a place blanche. Pouco mais fazia do que dar a volta ao quarteirão... Primeiro, o minúsculo cinema, à esquina do boulevard, a poucos metros de casa, onde a sessão começava às dez horas da noite. A sala estava vazia, excepto ao sábado. Os filmes passavam-se em terras longínquas, como o México e o Arizona. Não prestava nenhuma atenção à intriga, só me interessavam as paisagens" excerto do livro

...dragão Caixa desembrulhou um Campeão...

Sem surpresa e com o brilhantismo que lhe vinha sendo característico. O F.C. Porto Vitalis conquistou, esta quarta-feira, o título da Liga de andebol, deixando para trás um Benfica que nada mais pôde fazer do que se render às evidências. Os azuis e brancos são simplesmente superiores. E assim o Dragão Caixa desembrulhou o seu primeiro Campeão.
.......

O Ranking
1º FC Porto - 55 Títulos (Séniores: 14 Campeonatos Nacionais, 7 Taças de Portugal, 3 Taças da Liga, 4 Supertaças Nacionais; Juniores: 15 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal; Juvenis: 6 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal; Iniciados: 1 Campeonato Nacional);

2º ABC Braga - 48 Títulos (Séniores: 12 Campeonatos Nacionais, 9 Taças de Portugal, 5 Supertaças Nacionais; Juniores: 11 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal; Juvenis: 5 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal; Iniciados: 2 Campeonatos Nacionais; Infantis: 1 Campeonato Nacional);
3º Sporting CP - 42 Títulos (Séniores: 17 Campeonatos Nacionais, 12 Taças de Portugal, 2 Supertaças Nacionais; Juniores: 7 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal; Juvenis: 3 Campeonatos Nacionais);
4º SL Benfica - 29 Títulos (Séniores: 7 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal, 2 Taças da Liga, 2 Supertaças Nacionais, 1 Taça Federação Portuguesa de Andebol; Juniores: 6 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal; Juvenis: 4 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal);
5º CF Belenenses - 16 Títulos (Séniores: 5 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 1 Taça da Liga, 1 Supertaça Nacional; Juniores: 5 Campeonatos Nacionais);

quarta-feira, 3 de junho de 2009

An Open Letter to President Obama
From the Free Gaza Movement
3 June 2009
Dear President Obama,
Tomorrow you travel to Egypt to give one of the most important speeches of your presidency. With the words you deliver you have said that you want to “reset” U.S. relations with the Muslim world and create a fundamental change for the better. We sincerely wish you well. But you have also said that “part of being a good friend is being honest.” Let’s be honest.Israel’s ongoing occupation and colonization of Palestinian land and the United States’ unquestioned financial, military and political support for Israel is at the heart of the negative perceptions and bitter anger that many Arabs and Muslims have of the United States. Tomorrow, we hope to hear from you a commitment to aligning U.S. policy in the Middle East with U.N. Resolutions and international law.The Universal Declaration of Human Rights gives everyone the right to freely enter and exit one’s own country. You will exercise this right when you arrive in Egypt tomorrow and then return to the United States. This is a right that Palestinians--particularly those trapped in Gaza--are routinely denied.* Over 200 Palestinian medical patients in Gaza, many critically ill, are unable to seek adequate treatment because Israeli authorities regularly deny Palestinian patients the right to travel abroad to receive the medical treatment that is not available in Gaza; at the same time import of many medicines and medical equipment into Gaza is prevented by Israel.* Over 700 Palestinian students in Gaza, many with scholarships, are unable to attend their universities abroad because Israel regularly denies them this right. * Thousands of Palestinians abroad are unable to visit their families because Israel will not allow them to re-enter their own country. When you arrive in Egypt you will travel to your accommodations in a car maintained with spare parts banned to Palestinians, powered by gasoline denied to the people of Gaza. You will use electric lights that do not often work in Gaza, because Israel blocks the fuel needed to run Gaza’s electrical grid. You may enjoy a cup of coffee or tea during your visit - commodities Israel will not allow into Gaza. The truth is that Israel lets in less than 20% of the ordinary supplies needed in Gaza, and allows no reconstruction materials whatsoever to enter. As a consequence over 95% of all industries have collapsed, creating massive unemployment and poverty. The purpose of the Israeli blockade is to punish and break an entire people. Collective punishment is strictly prohibited under international law, yet it remains Israel’s primary policy in regards to the Palestinian people. On June 25th, the Free Gaza Movement sets sail on our eighth voyage to challenge the brutal Israeli blockade of Gaza. Though we have been threatened and our ships rammed by the Israeli navy, we will not be deterred. We sail in the spirit of the Freedom Riders who, in the year you were born, risked their lives so that African-Americans could travel freely in the United States. We sail in the spirit of international cooperation that helped create the United Nations, in the spirit of the international civil resistance that overcame Apartheid. President Obama, you have based your political career on what you call the “audacity of hope” - the faith that each of us, individually and collectively, can change things for the better. But faith without action is dead. We too believe in hope, but from our experience we know that hope alone will not change the world. Like you, we know that the price and promise of our mutual humanity demands that each of us treat one another with dignity and respect, and that all of us strive to insure that our sisters and brothers around the world are free to make of their lives what they will, and pursue their full measure of happiness. Mister President, you led the fight in the U.S. Senate to insure that aid was actually delivered to people after Hurricane Katrina devastated New Orleans. A man-made disaster continues to devastate the people of Gaza; due to Israel’s ongoing hermetic closure of the Gaza Strip over 80% of the population there require food assistance just in order to survive. We hope your speech tomorrow in Egypt is successful but, at a minimum, you must use your privilege to demand and secure open access to Gaza for all international humanitarian, reconstruction, and developmental supplies. Words matter, but words are not enough.We in the Free Gaza Movement will sail to Gaza again and again and again, in vigorous unarmed resistance, until the Israeli blockade is forever shattered and the Palestinian people have free access to the rest of the world. Please recognize that the fact that we even have to ask (let alone risk our lives) to be allowed to provide food to the hungry, medicine to the sick, and shelter to the homeless is in itself an obscenity. We look forward to hearing from you an uncompromising commitment for the immediate end of the criminal siege of Gaza, as well as an assurance that respect for the human rights, dignity and equality of the Palestinian people will be at the core of your administration’s policy toward the Israeli-Arab conflict.Sincerely Yours,

segunda-feira, 1 de junho de 2009

...teatro das beiras...


... a festa continua...

"Depois do Tetra, a Taça de Portugal. O F.C. Porto colocou ponto final na temporada 2008/09 com a conquista da 14ª Taça de Portugal do seu historial. Prémio justo para um ano de andamentos acelerados e exigências superiores, um derradeiro atestado para a qualidade de um colectivo inigualável. Um golo de Lisandro, logo aos seis minutos, posicionou as duas mãos do Dragão sobre o troféu. Depois foi só segurá-lo."

...comentários de cretino

el cobarde
Em relação a determinados comentários, endossados para este blog, faço minhas as palavras de um amigo"
"... hoje decidi não publicar um comentário. Um comentário deselegante e ofensivo de um anonimozito qualquer que destila ressentimento e frustração...
A deselegância, a mim, não me perturba. Tive a sorte de crescer ao lado de toda a espécie de criaturas e a vida ensinou-me que há criaturas para todos os gostos. Tive foi também a sorte de ter uma família que me ensinou, ao contrário de uma hiena sarnenta, a dar a cara pelas minhas ideias e convicções.
Se eu chamar cretino a um anónimo, este, no dia seguinte, passa por mim na rua, olha para mim e sabe que lhe chamei cretino. Mas eu, sendo ele anónimo, não sei que passei por ele e que se trata do cretino a quem chamei cretino. É uma luta desigual e desonesta. Eu gosto de conversar com pessoas que discordam de mim, ou até que sejam ferozmente críticas, desde que eu possa vê-las "olhos nos olhos". Até posso tomar chá com uma pessoa que não gosta de mim, que sabe que eu sei que não gosta de mim e que me diz que não gosta de mim. Só não consigo é beber chá, bebida que, felizmente, aprendi a beber desde muito cedo, com pessoas que, para além de lamberem os beiços com vinho azedo, também não posso saber quem são porque se escondem atrás das portas, lançando perdigotos azedos pelo buraco da fechadura."
http://ponteirosparados.blogspot.com