sábado, 27 de junho de 2009

...dois edifícios e menos empresas...

A recente inauguração do segundo edifício do Parkurbis é uma boa notícia para a região. Afinal, a estrutura tem um forte potencial de crescimento se atendermos, sobretudo, à desejável ligação com a Universidade da Beira Interior, de onde todos os anos saem recém-licenciados com ideias de negócio. É uma boa alavanca, sem dúvida. No entanto, sem que o primeiro edifício tenha a lotação esgotada, os accionistas do Parkurbis decidiram abrir um segundo. Por esta altura, estão a sugerir às empresas a mudança para as novas instalações sem que os empresários saibam, em rigor, o que administração pretende fazer ao actual edifício: onde o restaurante fechou, o mês passado; onde o Agrupamento Complementar de Empresas brasileiras também já não está desde Fevereiro, porque as expectativas de negócio não se confirmaram; e havendo, simultaneamente, empresas que estarão de malas feitas para outras paragens. E não pelas melhores razões. O serviço de internet, essencial para as empresas, falha frequentemente e os cartões electrónicos que abrem as portas do edifício já deixaram muitos trabalhadores à porta.
As instalações deixadas vagas pelas dez empresas brasileiras estão agora ocupadas pela Unidade de Gestão da Comunidade Urbana das Beiras (Comurbeiras). A ideia e a possibilidade de crescimento do Parkurbis são indiscutíveis. Disso não há dúvida, mas a estrutura não pode e nem deve ser, apenas, um ou dois edifícios bonitos, com potencial de crescimento onde os desejos que deram origem à sua criação se confundem com uma realidade ainda distante.
Francisco Cardona - diário XXI

Sem comentários: