quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
«Something Old, Something New, Something Borrowed, Something Blue»
Abundam nos nossos dias os testemunhos da recusa dos "clichés" e dos determinismos ritualizados e culturalmente dominantes, e, em dia de passagem de ano, toca a profanar a letra do azar, que a sorte somos nós que a fazemos!!!
Para mim, nesta matéria, a margem do risco, da renúncia ou fuga à tradição, é sempre mais-que-muita, ainda mais acautelando uma sondagem futura que venha confirmar todos os contemplados pelo tão almejado Euromilhões usaram sempre a cueca azul e o Zé Mourinho idem...
Abundam nos nossos dias testemunhos da falência do universo mágico original (na sua génese). Lembro-me da história de um célebre banco de jardim guardado noite e dia por um sentinela, o mesmo sentinela foi destacado cinquenta anos antes, protegendo quem não sabia decifrar o "Pintado de Fresco"... a revelação dos pormenores reais foi recentemente profanada.
Para mim, nesta matéria, a fresca revelação não me encorajaria a sentar no dito banco e não afastaria o sentinela da redondeza ...
Hoje...
Vou tomar um banho temperado com a célebre mistura de salsa, gengibre, mel, canela, noz-moscada, folhinhas de arruda, manjericão, alecrim, malva-rosa, malva-branca e manjerona.
Vou colocar uma nota no sapato, e atirar umas moedas de fora para dentro de casa.
Vou limpar, iluminar a casa e abrir as janelas.
Vou dormir em lençóis novos.
Vou bater panelas.
Vou subir em cima de uma cadeira
Às zero horas vou começar por cumprimentar uma pessoa do sexo oposto.
Dar três pulinhos com uma taça de champanhe na mão.
Vou comer lentilhas, romãs, carne de porco, doze passas,nozes, avelãs, castanhas, tâmaras e suspiros...
PORQUE HOJE É A FESTA DO AZUL CUECA...
NÃO ME RESTA MUITO TEMPO HOJE PARA SEQUER PENSAR EM QUESTIONAR A ORIGEM DA TODA A MINHA SORTE...
ana monteiro
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O ataque dos bem falantes - Num país sentimental, o contra-poder torna-se fantasia erótica
(...) "O ano que agora começa anuncia-se politicamente romântico, cheio de cavaleiros andantes, mentiras, traições, difamações, abraços, lamúrias, romagens e promessas. Um ano eleitoral, num país parco de letras e avesso a números, vergado às aparências e à vetusta e desastrosa arte de bem se deixar cavalgar a toda a sela.
O romantismo engana-nos e mata-nos devagar - quando seremos capazes de ver isso?"
Inês Pedrosa . extraído da revista ÚNICA
O romantismo engana-nos e mata-nos devagar - quando seremos capazes de ver isso?"
Inês Pedrosa . extraído da revista ÚNICA
o retrato do "novo" Dorian Gray
Ao ouvir Sócrates, na sua mensagem de Natal, fica-se com o conhecimento real que, o primeiro-ministro é o «novo» Dorian Gray.
O narcisismo com que Sócrates se glorifica; se pavoneia com artifícios e enfeites que o travestiam de árvore de natal, sem lugar para um qualquer sapatinho; que loucamente se apaixona por tudo quanto produz e, principalmente, faz pensar que produz bem.
Mas, só faz pensar aos incautos.
Dizer que o ano 2009 será um GRANDE ANO para os Portugueses; pois o preço do petróleo está a descer; pois os juros, os tais que ele diz serem «obra» dele, também estão a cair.
E, dias depois, o mesmo narciso vem dizer que afinal 2009 já não será tão GRANDE mas, apenas e tão só, uma GRANDE ....... CRISE.
Pantomineiro......dos GRANDES!!!
O narcisismo com que Sócrates se glorifica; se pavoneia com artifícios e enfeites que o travestiam de árvore de natal, sem lugar para um qualquer sapatinho; que loucamente se apaixona por tudo quanto produz e, principalmente, faz pensar que produz bem.
Mas, só faz pensar aos incautos.
Dizer que o ano 2009 será um GRANDE ANO para os Portugueses; pois o preço do petróleo está a descer; pois os juros, os tais que ele diz serem «obra» dele, também estão a cair.
E, dias depois, o mesmo narciso vem dizer que afinal 2009 já não será tão GRANDE mas, apenas e tão só, uma GRANDE ....... CRISE.
Pantomineiro......dos GRANDES!!!
domingo, 28 de dezembro de 2008
Bloco/Covilhã defende suspensão de mandato do presidente da câmara
As irregularidades e suspeitas que se avolumam em relação à actuação da Câmara Municipal e do seu presidente levaram a deputada municipal do Bloco/Covilhã a afirmar que Carlos Pinto já deveria ter pedido a suspensão do mandato até ao apuramento da verdade sobre os casos que lhe são apontados. Leia aqui o comunicado .
sábado, 27 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Every me and every you
Sucker love is heaven sent.
You pucker up, our passions spent.
My hearts a tart, your bodys rent.
My bodys broken, yours is spent.
irregularidades na casa do presidente Carlos Pinto
"A Direcção de Agricultura do Centro anunciou irregularidades numa casa construída pelo presidente da Câmara da Covilhã, mas o autarca desmente e pede uma inspecção urgente ao processo. Em causa está uma denúncia de "violações ao Plano Director Municipal da Covilhã na construção de uma moradia licenciada em nome do presidente da Câmara", explicou à Agência Lusa Rui Moreira, director regional de Agricultura do Centro. O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), afirma-se, em comunicado, sob "uma intolerável suspeita" e anuncia que "até ao apuramento das conclusões", não participará nas sessões municipais. Segundo o responsável da direcção regional de Agricultura, a situação teve origem numa "queixa anónima" e, depois de averiguada no terreno, "foi comunicada em ofício à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro [CDR-C] e à Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território [IGAOT]". O imóvel está a ser construído junto ao aeródromo municipal, "numa zona de espaços agrícolas complementares e de protecção e enquadramento, ignorando várias normas previstas no Plano Director Municipal [PDM] da Covilhã (artigo 15) para essas áreas", destacou. De acordo com Rui Moreira e outras fontes dos serviços da Direcção Agrícola, o espaço "não tem a área mínima" prevista para que possa ser construído o imóvel e, mesmo que tivesse, a construção já à vista "não respeita os índices" previstos no mesmo artigo do PDM. Acrescentam ainda que a intervenção no terreno carecia também de um parecer da Direcção Agrícola "que nunca foi pedido". O terreno em causa faz parte de um plano de urbanização já apresentado pela Câmara da Covilhã, mas que "ainda não está em vigor". "Mesmo que estivesse, o que esse plano prevê para ali não são vivendas, mas construção de alta densidade", referiu. Em comunicado, o presidente da Câmara da Covilhã garante que não chegou à autarquia "qualquer pedido de esclarecimento" e refere que "está constituída uma intolerável suspeita" quanto à sua conduta, pelo que exige "que as autoridades competentes se pronunciem". Sem detalhar pormenores do processo de licenciamento do imóvel, Carlos Pinto diz tê-lo enviado à IGAOT e também à Inspecção Geral da Administração Local, "pedindo urgente apreciação dos actos praticados" e solicitou ainda a intervenção do Procurador-Geral da República. "Até ao apuramento destas conclusões, não participarei nas sessões da Câmara da Covilhã", em que o PSD tem uma maioria de cinco eleitos contra dois do PS. Caso o Ministério Público conclua pela falta de fundamentos para a denúncia, o autarca diz que vai apresentar queixa-crime contra o Director Regional de Agricultura do Centro. " Lusa
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
"Embargo efectivo" exige a Quercus relativamente às obras de construção a decorrer no Tortosendo, na Covilhã
A associação ambientalista Quercus solicitou ontem à Autoridade Florestal Nacional (AFN) que promova o “embargo efectivo” das obras de construção do parque de S. Miguel, no Tortosendo, para evitar o agravamento da deterioração do povoamento de sobreiros que existe no local.
“Pedimos à Autoridade que promova o efectivo embargo das obras sob pena de virmos a responsabilizá-la pelos danos que as árvores sofrerem”, disse ao Diário XXI Domingos Patacho adiantando que a sobras nunca estiveram paradas. “Chegaram à Quercus denúncias de tentativas de secagem dos sobreiros através de produtos químicos”, disse Domingos Patacho defendendo que a AFN “tem de agir” para salvaguardar os sobreiros.
“Pedimos à Autoridade que promova o efectivo embargo das obras sob pena de virmos a responsabilizá-la pelos danos que as árvores sofrerem”, disse ao Diário XXI Domingos Patacho adiantando que a sobras nunca estiveram paradas. “Chegaram à Quercus denúncias de tentativas de secagem dos sobreiros através de produtos químicos”, disse Domingos Patacho defendendo que a AFN “tem de agir” para salvaguardar os sobreiros.
AUTARQUIA NOTIFICADA
O pedido de embargo surge depois da Câmara da Covilhã ter sido notificada para suspender os trabalhos até à conclusão do processo de contra-ordenação instaurado pela ANF, com base no auto levantado pela GNR, por abate ilegal de sobreiros.
Datada de 20 de Novembro, a carta da AFN dirigida ao presidente da Câmara da Covilhã dá conta que o licenciamento para arranque de sobreiros “é suspenso até à conclusão do processo de contra-ordenação”.
Dadas as características do coberto vegetal existente no terreno, “não se afigura possível” que os trabalhos possam prosseguir “sem que se repita o arranque não autorizado de sobreiros jovens e sejam causados danos por mutilação nos exemplares que permaneçam no terreno”.
“Caso não sejam imediatamente interrompidas as acções em curso no futuro parque de S. Miguel, no Tortosendo, é intenção desta autoridade fazer embargar os referidos trabalhos”, lê-se no documento a que o Diário XXI teve acesso.
A 21 de Novembro, a AFN fez uma vistoria ao terreno tendo verificado que os trabalhos prosseguiam “causando danos acrescidos e continuados”, lê-se num fax enviado á Câmara da Covilhã reiterando a intenção de recorrer ao embargo das obras.
O pedido de embargo surge depois da Câmara da Covilhã ter sido notificada para suspender os trabalhos até à conclusão do processo de contra-ordenação instaurado pela ANF, com base no auto levantado pela GNR, por abate ilegal de sobreiros.
Datada de 20 de Novembro, a carta da AFN dirigida ao presidente da Câmara da Covilhã dá conta que o licenciamento para arranque de sobreiros “é suspenso até à conclusão do processo de contra-ordenação”.
Dadas as características do coberto vegetal existente no terreno, “não se afigura possível” que os trabalhos possam prosseguir “sem que se repita o arranque não autorizado de sobreiros jovens e sejam causados danos por mutilação nos exemplares que permaneçam no terreno”.
“Caso não sejam imediatamente interrompidas as acções em curso no futuro parque de S. Miguel, no Tortosendo, é intenção desta autoridade fazer embargar os referidos trabalhos”, lê-se no documento a que o Diário XXI teve acesso.
A 21 de Novembro, a AFN fez uma vistoria ao terreno tendo verificado que os trabalhos prosseguiam “causando danos acrescidos e continuados”, lê-se num fax enviado á Câmara da Covilhã reiterando a intenção de recorrer ao embargo das obras.
CONTRA-ORDENAÇÃO EM FASE DE DECISÃO
Apesar das tentativas não foi possível apurar junto da Câmara da Covilhã e do ministério da Agricultura se as obras terão sido embargadas por decisão judicial. Fonte autorizada do ministério da Agricultura disse, porém, que “o processo contra-ordenacional já foi instruído pela Autoridade Florestal Nacional, encontrando-se em fase de decisão”.
Contra ordenações por abate ilegal de sobreiros podem atingir até 30 mil euros, de acordo com decreto-lei 169/2001 que prevê a interdição do uso dos solos por um período de 25 anos. Francisco Cardona - Diário XXI
Apesar das tentativas não foi possível apurar junto da Câmara da Covilhã e do ministério da Agricultura se as obras terão sido embargadas por decisão judicial. Fonte autorizada do ministério da Agricultura disse, porém, que “o processo contra-ordenacional já foi instruído pela Autoridade Florestal Nacional, encontrando-se em fase de decisão”.
Contra ordenações por abate ilegal de sobreiros podem atingir até 30 mil euros, de acordo com decreto-lei 169/2001 que prevê a interdição do uso dos solos por um período de 25 anos. Francisco Cardona - Diário XXI
indulgência
uma auto-comteplação
uma distracção que compensa.
elevamo-nos, sentimo-nos.
preenchemos em nós
o vazio - dos outros.
não nos queremos abandonados.
até nos podem retratar,
num outro - abusivamente nosso
deliberadamente encontrado.
mais recente, mais perfeito
menos outro - outro.
a descoberta do pictórico magestoso,
a perfeição do nosso traço,
um quadro pouco recatado,
enfim... a imposição do nosso
a nossa posse completa
ilusão na perda de outrém!
uma distracção que compensa.
elevamo-nos, sentimo-nos.
preenchemos em nós
o vazio - dos outros.
não nos queremos abandonados.
até nos podem retratar,
num outro - abusivamente nosso
deliberadamente encontrado.
mais recente, mais perfeito
menos outro - outro.
a descoberta do pictórico magestoso,
a perfeição do nosso traço,
um quadro pouco recatado,
enfim... a imposição do nosso
a nossa posse completa
ilusão na perda de outrém!
Mansão de Carlos Pinto na mira da fiscalização:Direcção Regional de Agricultura diz que moradiado presidente da Câmara viola Plano Director Municipal
"A Inspecção Geral da Administração Local está a investigar uma denúncia de ilegalidade na construção da habitação particular do presidente da Câmara da Covilhã. A Direcção Regional de Agricultura diz que 'a obra deve ser embargada'.
Num ofício/denúncia enviado à Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAOT) e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), que fiscalizou a obra em causa, diz que a moradia do autarca Carlos Pinto está em "claro desrespeito pelo Regulamento do Plano Director Municipal (PDM)".
Na mesma denúncia onde pede a intervenção das autoridades fiscalizadoras, a DRAPC sublinha uma outra "ilegalidade" cometida no proccesso de construção da imponente moradia do presidente da Câmara da Covilhã: "não foram acautelados os procedimentos administrativos necessários à obtenção de pareceres prévios relativos ao fraccionamento de prédios rústicos e à definição da unidade de cultura". Extraído de JN
Num ofício/denúncia enviado à Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAOT) e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), que fiscalizou a obra em causa, diz que a moradia do autarca Carlos Pinto está em "claro desrespeito pelo Regulamento do Plano Director Municipal (PDM)".
Na mesma denúncia onde pede a intervenção das autoridades fiscalizadoras, a DRAPC sublinha uma outra "ilegalidade" cometida no proccesso de construção da imponente moradia do presidente da Câmara da Covilhã: "não foram acautelados os procedimentos administrativos necessários à obtenção de pareceres prévios relativos ao fraccionamento de prédios rústicos e à definição da unidade de cultura". Extraído de JN
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
sábado, 20 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
dragão ao ataque
Acerto de calendário e nono sucesso consecutivo, num final de ano de aparições constantes e ritmos exigentes. O Dragão desceu à Amadora para vencer um opositor complicado e reforçar a sua autoridade de Tricampeão. O terreno armadilhado e um empate aberrante reformataram a contenda, mas nem assim a tornaram inacessível. Este F.C. Porto avança decidido, misturando classe, magia e crença.
A equipa de Jesualdo Ferreira arrancou a mil, posicionando-se para lá do meio-campo e exibindo intenções logo no primeiro minuto, com Fucile a disparar para defesa apertada de Nélson, guarda-redes que viria a cotar-se como um dos melhores do Estrela. Sem apresentações ou cordialidades, o F.C. Porto empurrava o adversário para as cordas, com Hulk a deixar meio mundo a ler-lhe o nome nas costas, antes de servir Lucho para um desenho que merecia terminar em golaço. ler mais
A equipa de Jesualdo Ferreira arrancou a mil, posicionando-se para lá do meio-campo e exibindo intenções logo no primeiro minuto, com Fucile a disparar para defesa apertada de Nélson, guarda-redes que viria a cotar-se como um dos melhores do Estrela. Sem apresentações ou cordialidades, o F.C. Porto empurrava o adversário para as cordas, com Hulk a deixar meio mundo a ler-lhe o nome nas costas, antes de servir Lucho para um desenho que merecia terminar em golaço. ler mais
«Jornalista que atirou sapatos a Bush é corajoso»
"O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, destacou a «coragem» do jornalista iraquiano que atirou os sapatos ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, acção que gerou manifestações dentro e fora do Iraque «Menos mal que não tenha acertado. E não é que esteja a promover sapatadas, mas que coragem de verdade» , afirmou Chávez disfarçando um sorriso, durante uma reunião com ministros transmitida esta segunda-feira na televisão pública."SOL
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
Mas o senhor sabe quem eu sou?
Colocado numa posição onde se induzia uma subserviência perigosa, o empregado tentava explicar que aquele jogo era para menores de dezoito anos…
- Mas o senhor não sabe quem eu sou?
Com toda a certeza será gente perigosa! - induziu o empregado, a ameaça induzia o temor de uma tragédia.
-O senhor sabe ou não quem eu sou?
Não… não sabia… a ameaça arranhava-lhe os ouvidos... Estava colocado numa posição de subserviência difícil… com toda a certeza que será gente perigosa… a ameaça forjava a garantia de uma vida postiça e deprimente... induzia um fabuloso tacho numa das empresas do estado, um fabuloso meio tempo, um fabuloso ordenado, ameaças de segurança no adversário, ninguém o parecia incomodar na vida.
-O senhor sabe ou não quem eu sou?
Não… não sabia… a ameaça arranhava-lhe os ouvidos... Estava colocado numa posição de subserviência difícil… com toda a certeza que será gente perigosa… a ameaça forjava a garantia de uma vida postiça e deprimente... induzia um fabuloso tacho numa das empresas do estado, um fabuloso meio tempo, um fabuloso ordenado, ameaças de segurança no adversário, ninguém o parecia incomodar na vida.
O empregado, que sempre se levantou muio cedo, ousou a profecia:
- Mas se o Senhor não sabe quem é como quer que eu lhe diga?
ana monteiro
sábado, 13 de dezembro de 2008
o palhaço, carregando a corda e a vertigem da escada
- Queres que te atire esta corda?
- Não vou descer pela escada, é mais seguro...
- Pela escada?
- Sim, aqui há esse costume...
- Que raio de hábito! E se deitar o fogo à corda? Chegarias antes dela arder?
- Pela escada?
- Sim, aqui há esse costume...
- Que raio de hábito! E se deitar o fogo à corda? Chegarias antes dela arder?
- Ia ser demasiado emocionante, ainda assim prefiro a escada...
- Que vou fazer eu com a corda?
- Sei lá! Não vais puder usá-la aqui, infringirias a lei!
- Já dominei uma das feras, e não estava dentro de grades, vi-a pela primeira vez numa revista! Ainda fui a tempo...
- Que vou fazer eu com a corda?
- Sei lá! Não vais puder usá-la aqui, infringirias a lei!
- Já dominei uma das feras, e não estava dentro de grades, vi-a pela primeira vez numa revista! Ainda fui a tempo...
- Quem estavas tu a proteger?
- As crianças, mas não me aplaudiram, roubaram-me a corda, teceram uma rede! Vou pescar para o mar, vou assustar os peixes!!!
- Dava mais jeito ao trapezista...
- Ao trapezista?
- Sim, aqui há esse costume...
- Que esquisito, pensei que confiavam nos milhares de mãos que lá em baixo o
- As crianças, mas não me aplaudiram, roubaram-me a corda, teceram uma rede! Vou pescar para o mar, vou assustar os peixes!!!
- Dava mais jeito ao trapezista...
- Ao trapezista?
- Sim, aqui há esse costume...
- Que esquisito, pensei que confiavam nos milhares de mãos que lá em baixo o
tentam apanhar...
- Essa tua corda alguma utilidade deve ter, mas eu vou arriscar o primeiro degrau!
É mais seguro...
- Que vou fazer eu com a corda?
- Vais encontrar utilidade, alguma vez a usaste?
- Não atirei-me sempre da janela, teceram-me uma rede!
- Afinal és mulher!
- Mas não arranjei marido!
- E aqui há esse costume...
- Preferes a escada? Que raio de hábito! Usam a mesma via para subir e descer!
- Que vou fazer eu com a corda?
- Vais encontrar utilidade, alguma vez a usaste?
- Não atirei-me sempre da janela, teceram-me uma rede!
- Afinal és mulher!
- Mas não arranjei marido!
- E aqui há esse costume...
- Preferes a escada? Que raio de hábito! Usam a mesma via para subir e descer!
- E tu não nasceste aqui?
- Sei lá, acho que sim, mas não me lembro de ter inventado as escadas... como as iria transportar? Tão pesadas, tão seguras... com raízes a crescer... e tão cheias de utilidade!!! Vou atar a minha corda a um balão e vou participar em “rodeos”, mas tenho de me apressar não se lembrem de construir uma escada até ao sol e conseguirem apagá-lo antes dele lhe pegar fogo!
- Não entendo... até estranho... durante este tempo não puseste os pés em cima de uma mesa!!!
- Que importa?
- Sei lá, acho que sim, mas não me lembro de ter inventado as escadas... como as iria transportar? Tão pesadas, tão seguras... com raízes a crescer... e tão cheias de utilidade!!! Vou atar a minha corda a um balão e vou participar em “rodeos”, mas tenho de me apressar não se lembrem de construir uma escada até ao sol e conseguirem apagá-lo antes dele lhe pegar fogo!
- Não entendo... até estranho... durante este tempo não puseste os pés em cima de uma mesa!!!
- Que importa?
- Saberás tu viver?
- Não sei... estou no caminho...
- Vais para muito longe?
- Não sei para onde quero ir...
- Posso dar-te sugestões... um pais exótico...
- Correria o risco de não encontrar ninguém como eu! Sempre tive medo de ficar só...
- Alguma vez tiveste alguém?
- Não. Ainda não perdi o medo do escuro! Talvez por medo de quem não me pudesse fazer companhia...
- Tens medo de mim?
- Talvez, mas não és daqueles sons que me fazem cobrir o rosto para adormecer...
- Não te sou tão desconhecido?
- Não... não me recordo de ti!
- Queres que te conte o passado?
- Talvez o saibas fazer melhor do que eu... estive entre tuas mãos...
- Porque vieste ter comigo?
- Tens uma história bem curta para contar... nem precisei criar raízes... muitos sabiam que iria ser um deles, olhavam-me com expectativa, guardavam um segredo que ainda não lhes tinha sido revelado...aguardavam que saísse de casa e lhes dissesse as palavras!!! Depois riam... todos carregavam o que não lhes pertencia...
- Penso que tens medo do que os outros possam não revelar!!! E não tens medo de nada!!! Amanhã vais conseguir apagar a luz antes de adormecer?
- Não me irei esforçar! Vai ficar tudo como está... nem sei ler nas mãos dos outros...
- Um dia quis chegar mais perto... devagarinho... sem dar sinal de mim... avancei ainda mais devagarinho, dando a impressão de não sair do mesmo lugar... temias por ti própria... agora vais embora... amei aquele animalzinho, toquei-o! Sai sem te ter assustado...e aqui é esse o costume...
- Não sei... estou no caminho...
- Vais para muito longe?
- Não sei para onde quero ir...
- Posso dar-te sugestões... um pais exótico...
- Correria o risco de não encontrar ninguém como eu! Sempre tive medo de ficar só...
- Alguma vez tiveste alguém?
- Não. Ainda não perdi o medo do escuro! Talvez por medo de quem não me pudesse fazer companhia...
- Tens medo de mim?
- Talvez, mas não és daqueles sons que me fazem cobrir o rosto para adormecer...
- Não te sou tão desconhecido?
- Não... não me recordo de ti!
- Queres que te conte o passado?
- Talvez o saibas fazer melhor do que eu... estive entre tuas mãos...
- Porque vieste ter comigo?
- Tens uma história bem curta para contar... nem precisei criar raízes... muitos sabiam que iria ser um deles, olhavam-me com expectativa, guardavam um segredo que ainda não lhes tinha sido revelado...aguardavam que saísse de casa e lhes dissesse as palavras!!! Depois riam... todos carregavam o que não lhes pertencia...
- Penso que tens medo do que os outros possam não revelar!!! E não tens medo de nada!!! Amanhã vais conseguir apagar a luz antes de adormecer?
- Não me irei esforçar! Vai ficar tudo como está... nem sei ler nas mãos dos outros...
- Um dia quis chegar mais perto... devagarinho... sem dar sinal de mim... avancei ainda mais devagarinho, dando a impressão de não sair do mesmo lugar... temias por ti própria... agora vais embora... amei aquele animalzinho, toquei-o! Sai sem te ter assustado...e aqui é esse o costume...
ana monteiro
...há coisas que um indivíduo tem de guardar...
Velhote 1 - O Senhor Vítor tem bom olho, eu… é cá uma desgraça! Já nem com óculos! A vista faz tanta falta! Eu gostava de ler e lia de tudo! Um gajo tinha era pouco dinheiro para comprar livros. Hoje é uma desgraça! Chegam à quarta classe sem saber ler e escrever… pior nem a tabuada sabem…
Velhote 2 – O Unhais vai à frente…
Velhote 1- O Penamacor é que está a afundar-se…
Velhote 2 – O novo guarda-redes, aquele que veio lá de ao pé de Leiria, já se estreou… dizem que é bom rapaz… parece que anda a tirar um curso na Universidade na Covilhã.
Velhote1 – Campo novo! Isto é outra coisa… Falta é o balneário… no domingo alugaram um autocarro para ir a malta toda…
Velhote2 – Tenho os recortes dos jornais todos … tenho muito anos de Covilhã mas gostar, gostar é da minha terra.
Velhote 2 – O Unhais vai à frente…
Velhote 1- O Penamacor é que está a afundar-se…
Velhote 2 – O novo guarda-redes, aquele que veio lá de ao pé de Leiria, já se estreou… dizem que é bom rapaz… parece que anda a tirar um curso na Universidade na Covilhã.
Velhote1 – Campo novo! Isto é outra coisa… Falta é o balneário… no domingo alugaram um autocarro para ir a malta toda…
Velhote2 – Tenho os recortes dos jornais todos … tenho muito anos de Covilhã mas gostar, gostar é da minha terra.
Pausa, um velhote continua a ler e o outro bebe o chá.
Velhote 1 – O gajo que é fogueiro lá no hospital também é de lá… quebrou-se lá o gás… passei lá a tarde toda de Domingo. Dei cabo do braço… tudo me acontece… apagou-se a luz… comecei pela tomada atrás de um guarda-fatos… a mulher teve de lá tirar a roupa toda de inverno… às páginas tantas apanhei lá um esticão… pensava que era mais fácil e mais rápido, com os anos de trabalho um gajo parece adquirir experiência.
Velhote 2 –(sem tirar os olhos do jornal) isto é uma vergonha… pedem-nos para poupar e os aviões vão sempre cheios…para eles não está tão mal como dizem… andam sempre em viagens de negócios…
Velhote 1 – se alguém tem de poupar são os que estão no governo…
Velhote 2 - reduzam os deputados para metade, que vão para o trabalho de bicicleta… tanto dinheiro e tanto malandro que lá está… há-os lá que quando não faltam é só para levantar o braço…
Velhote 1 – os pedreiros às vezes são malandros, espetam com um bocado de cimento… e quem mete os fios está tramado… só ao poder de muito trabalho se encontra a caixa… a mulher disse que teve uma inundação lá em casa?
Velhote 2 – Precisa de um tubo novo… continua a correr a àgua… tenho lá este tubo em minha casa há quinze ou dezasseis anos, veio com uma máquina de lavar da Suíça que estava a escorrer para a sanita. Gosto muito de guardar nem que seja um prego… se calho a deitar o tubo fora agora não o encontrava e não resolvia o problema. Aquilo tem de ser tudo desmontado e colado com silicone. Há coisas que um indivíduo tem de guardar.
Velhote 1 – O gajo que é fogueiro lá no hospital também é de lá… quebrou-se lá o gás… passei lá a tarde toda de Domingo. Dei cabo do braço… tudo me acontece… apagou-se a luz… comecei pela tomada atrás de um guarda-fatos… a mulher teve de lá tirar a roupa toda de inverno… às páginas tantas apanhei lá um esticão… pensava que era mais fácil e mais rápido, com os anos de trabalho um gajo parece adquirir experiência.
Velhote 2 –(sem tirar os olhos do jornal) isto é uma vergonha… pedem-nos para poupar e os aviões vão sempre cheios…para eles não está tão mal como dizem… andam sempre em viagens de negócios…
Velhote 1 – se alguém tem de poupar são os que estão no governo…
Velhote 2 - reduzam os deputados para metade, que vão para o trabalho de bicicleta… tanto dinheiro e tanto malandro que lá está… há-os lá que quando não faltam é só para levantar o braço…
Velhote 1 – os pedreiros às vezes são malandros, espetam com um bocado de cimento… e quem mete os fios está tramado… só ao poder de muito trabalho se encontra a caixa… a mulher disse que teve uma inundação lá em casa?
Velhote 2 – Precisa de um tubo novo… continua a correr a àgua… tenho lá este tubo em minha casa há quinze ou dezasseis anos, veio com uma máquina de lavar da Suíça que estava a escorrer para a sanita. Gosto muito de guardar nem que seja um prego… se calho a deitar o tubo fora agora não o encontrava e não resolvia o problema. Aquilo tem de ser tudo desmontado e colado com silicone. Há coisas que um indivíduo tem de guardar.
ana monteiro
DOGMA 95 -THE VOW OF CHASTITY
"I swear to submit to the following set of rules drawn up and confirmed by DOGME 95:
1.Shooting must be done on location. Props and sets must not be brought in (if a particular prop is necessary for the story, a location must be chosen where this prop is to be found).
2.The sound must never be produced apart from the images or vice versa. (Music must not be used unless it occurs where the scene is being shot).
3.The camera must be hand-held. Any movement or immobility attainable in the hand is permitted. (The film must not take place where the camera is standing; shooting must take place where the film takes place).
4.The film must be in colour. Special lighting is not acceptable. (If there is too little light for exposure the scene must be cut or a single lamp be attached to the camera).
5.Optical work and filters are forbidden.
6.The film must not contain superficial action. (Murders, weapons, etc. must not occur.)
7.Temporal and geographical alienation are forbidden. (That is to say that the film takes place here and now.)
8.Genre movies are not acceptable.
9.The film format must be Academy 35 mm.
10.The director must not be credited.
1.Shooting must be done on location. Props and sets must not be brought in (if a particular prop is necessary for the story, a location must be chosen where this prop is to be found).
2.The sound must never be produced apart from the images or vice versa. (Music must not be used unless it occurs where the scene is being shot).
3.The camera must be hand-held. Any movement or immobility attainable in the hand is permitted. (The film must not take place where the camera is standing; shooting must take place where the film takes place).
4.The film must be in colour. Special lighting is not acceptable. (If there is too little light for exposure the scene must be cut or a single lamp be attached to the camera).
5.Optical work and filters are forbidden.
6.The film must not contain superficial action. (Murders, weapons, etc. must not occur.)
7.Temporal and geographical alienation are forbidden. (That is to say that the film takes place here and now.)
8.Genre movies are not acceptable.
9.The film format must be Academy 35 mm.
10.The director must not be credited.
Furthermore I swear as a director to refrain from personal taste! I am no longer an artist. I swear to refrain from creating a "work", as I regard the instant as more important than the whole. My supreme goal is to force the truth out of my characters and settings. I swear to do so by all the means available and at the cost of any good taste and any aesthetic considerations.Thus I make my VOW OF CHASTITY."
Copenhagen, Monday 13 March 1995On behalf of DOGME 95
Lars vos trier e Thomas Vinterberg
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
"ganhamos com paixão"
Milhares de quilómetros depois de uma vitória épica na Liga dos Campeões, a que o adversário de Alvalade pudera assistir confortavelmente do sofá, a equipa do F.C. Porto, alvo de sátiras e gracejos, provou que o acontecera em Kiev não sucedeu por mero acaso. Fê-lo num invulgar assomo de energia e coragem, mesmo reduzido a nove elementos, mesmo depois de duas horas de futebol, de uma dúzia de grandes penalidades e reerguendo-se de uma entrada infeliz no jogo, da qual caiu, como que do céu, a vantagem do Sporting.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
É caso para dizer: - Há caixotes do lixo e caixotes do lixo!!
Mandaram-me um mail que achei digno de registo
"Queridas amigas,Passei por uma situação muito incómoda ontem com uma amiga minha, no Porto. Cuidado pois até vos pode acontecer o mesmo. Estava sentada com uma amiga, a almoçar, numa mesa do restaurante, e dois homens vieram sentar-se à nossa mesa.Nós lançámos-lhes um olhar gélido, mas eles simplesmente ficaram ali, impávidos a olhar para nós. Isto acabou com o nosso almoço... Eu pus a mão esquerda sobre a mesa, para verem que sou casada, a minha amiga também fez o mesmo, para mostrar que não tínhamos interesse nenhum por eles. Por sorte, eles perceberam a nossa dica e saíram, mas eu consegui tirar-lhes uma fotografia.Aqui vai a fotografia em baixo, como aviso - para o caso de eles também tentarem abusivamente aproximar-se de vocês. "
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
A lagartada já com as faixas de campeão encomendadas... correu mal!
Foi dia de pagamento! A História que se repete, um desaire na Europa e o senhor que se seguiu foi o Sporting, Apesar de com o Zé Mourinho o resultado ter sido bem mais dilatado... estamos lembrados??? Uma meia dúzia!!! Digna de registo a grande revelação de Paulo Bento, o comandante da lagartada, no final do jogo : "O porto ganhou 2-1!!" GANDA VERDADE!!!... parece que este meu porto ainda não perdeu o jeito de jogar fora como se de sua própria casa se tratasse. Nota máxima para o El Comandante Luis Oscar González que para além de ser um médio fantástico é um liiiindo homem com o tal "un petit peut de je ne sait quoi" !!! O Porto é assim !!!
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
the Inner Life of Martin Frost - Paul Auster
Um escritor de sucesso acabou de publicar o seu último romance e decide ir descansar sozinho para uma casa de campo.
Na manhã do seu primeiro dia na casa, ele descobre uma misteriosa e surpreendente mulher deitada a seu lado. Fascinado pela sua beleza de inteligência, Martin apaixona-se profundamente por ela. Ele encontrou a musa que o leva sem remissão a escrever o seu livro mais perfeito.
Mas quem é essa estranha mulher que tão bem conhece a sua vida e o seu trabalho?
Será uma musa verdadeira?
Ou imaginária?
Ou um fantasma que se introduziu na vida interior de Martin Frost?
My Life Without Me
Com apenas 23 anos, Ann (Sarah Polley) é mãe de duas meninas, Penny (Jessica Amlee) e Patsy (Kenya Jo Kennedy), e é casada com Don (Scott Speedman), que constrói piscinas. Ela trabalha todas as noites na limpeza de uma universidade, onde nunca terá condições de estudar, e mora com sua família numa roulote, que fica no quintal da casa da sua mãe (Deborah Harry). Ann mantém uma distância obrigatória do pai, pois há dez anos que ele está na prisão. Após passar mal, Ann descobre que tem um cancro nos ovários. A doença alcançou o estômago e logo chegará ao fígado, ela terá no máximo três meses de vida. Sem contar a ninguém o problema diz que está com anemia, Ann faz uma lista de tudo que sempre quis realizar, mas nunca teve tempo ou oportunidade. Começa uma trajetória em busca dos seus sonhos, desejos e fantasias,imaginando como será a vida sem ela.
sábado, 20 de setembro de 2008
SOMOS A PRIMEIRA GERAÇÃO QUE PODE ERRADICAR A POBREZA
Todos os anos se celebra mundialmente no dia 17 de Outubro o Dia Mundial para a erradicação da Pobreza.
No ano passado mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa. Este é o terceiro ano consecutivo que a Pobreza Zero está na coordenação do evento em Portugal. Serão três dias de actividade por todo o país, de 17 a 19 de Outubro, onde esperamos que mais de 100 mil pessoas estejam directamente envolvidas em acções.Todos os anos ficamos surpreendidos com a imaginação e capacidade de mobilização de tanta gente para o Levanta-te. Pelas experiências anteriores, a Pobreza Zero já contou com Concertos de música, com eventos de dança, eventos desportivos, manifestações e concentrações em torno de temas relacionados com a Pobreza, Educação, Igualdade, etc.É com muito orgulho que reconhecemos que somos o país com maior número de actividades em termos europeus.
É por tudo isto que lançamos o desafio de provar que quando temos altos objectivos a atingir, somos capazes de reunir a diversidade que todos e todas representamos, para lograr na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e feliz.
Várias bandas, artistas, figuras públicas, organizações, escolas, etc, já demonstraram querer participar nesta actividade em Portugal, que será reportada para todo o mundo.E tu? vais ficar de fora?Aceita o desafio!
Manifesta-te, organiza-te e mobiliza-te ...
No ano passado mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa. Este é o terceiro ano consecutivo que a Pobreza Zero está na coordenação do evento em Portugal. Serão três dias de actividade por todo o país, de 17 a 19 de Outubro, onde esperamos que mais de 100 mil pessoas estejam directamente envolvidas em acções.Todos os anos ficamos surpreendidos com a imaginação e capacidade de mobilização de tanta gente para o Levanta-te. Pelas experiências anteriores, a Pobreza Zero já contou com Concertos de música, com eventos de dança, eventos desportivos, manifestações e concentrações em torno de temas relacionados com a Pobreza, Educação, Igualdade, etc.É com muito orgulho que reconhecemos que somos o país com maior número de actividades em termos europeus.
É por tudo isto que lançamos o desafio de provar que quando temos altos objectivos a atingir, somos capazes de reunir a diversidade que todos e todas representamos, para lograr na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e feliz.
Várias bandas, artistas, figuras públicas, organizações, escolas, etc, já demonstraram querer participar nesta actividade em Portugal, que será reportada para todo o mundo.E tu? vais ficar de fora?Aceita o desafio!
Manifesta-te, organiza-te e mobiliza-te ...
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
ENTRADA DE DRAGÃO
F.C. Porto-Fenerbahçe, 3-1
"Foi com redobrada obstinação que o Dragão ultrapassou uma obstinada marca, que ameaçava tornar-se indissociável das campanhas europeias azuis e brancas. Cinco épocas de entradas na Champions sem registos de triunfos ficaram resolvidas em apenas 13 minutos, com tiro duplo de assinatura argentina, mas só confirmadas em cima do apito final, no resoluto espírito portista que não se deixa restringir perante memórias ardilosas.
A entrada dos Dragões não poderia ser mais convincente para aqueles que ainda faziam contas e trocavam estatísticas passadas, remetendo as atribulações dentro de campo a meros exercícios de destino e fortuna. Em dois tempos, inspiração dobrada, os comandados de Jesualdo Ferreira esclareceram os cépticos."
A entrada dos Dragões não poderia ser mais convincente para aqueles que ainda faziam contas e trocavam estatísticas passadas, remetendo as atribulações dentro de campo a meros exercícios de destino e fortuna. Em dois tempos, inspiração dobrada, os comandados de Jesualdo Ferreira esclareceram os cépticos."
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
o sonho de morales
"Estão muito claras as motivações dos atentados que assolam a Bolívia. A elite econômica e os políticos de direita, encastelados nas cinco províncias orientais, não podem aceitar um governo que deseja redistribuir a renda, beneficiando os mais pobres; controlar a economia, extinguindo privilégios; e dar certo grau de autonomia às comunidades indígenas, exploradas e marginalizadas em 183 anos de história
Além disso, o intervencionismo de Morales – embora se insira no quadro de um regime misto, onde o Estado ora é sócio das empresas, ora socializa setores mal explorados por elas – causa repulsa nas atrasadas classes abastadas bolivianas.
Por fim, o fato de Evo Morales ser um presidente índio é repelido pela minoria branca e europeizada – 15% da população –, dominante sobre a maioria quechúa e aymara – 60%. Expressões usadas pelos governadores da oposição para agredir Morales como "macaco", "índio infeliz" e "índio porco" são reveladoras.
Na verdade, os grupos políticos e econômicos que sempre dirigiram a Bolívia não têm muita autoridade para justificar suas posições.
Seguindo fielmente o FMI, eles entregaram ao presidente eleito em dezembro de 2005 uma Bolívia nas seguintes condições: país mais pobre da América do Sul, com 60% dos seus 9 milhões de habitantes abaixo da linha da pobreza e 38% em extrema pobreza; desemprego de 12%, com 40% de sub-empregados; renda dos indígenas 40% inferior a dos não-indígenas.
Nos dois anos e meio de governo Morales, tal quadro começou a mudar. Primeiro, ele procurou aumentar as rendas do Estado, revendo os acordos de exportação de gás e petróleo com o Brasil e a Argentina, desvantajosos ao país, e estabelecendo o controle estatal sobre a exploração dessas riquezas. A Bolívia passou a ficar com 85% dos lucros e suas exportações dobraram de 2005 para 2006, chegando a 4,9 mil milhões de dólares.
Para estimular a industrialização e reduzir o desemprego, concedeu-se, através de licitação, a exploração da mina de Mutun à empresa siderúrgica indiana Jindall Steel & Power, com proposta de investir 1,5 mil milhão de dólares já e mais 2,5 mil milhões em 8 anos. Mutun possui reservas de 40 mil milhões de toneladas de ferro, 10 mil milhões de magnésio (70% das reservas mundiais) e se achava sub-explorada.
Acordo com o Irã prevê o investimento de 230 milhões de dólares na instalação de uma fábrica de cimento, mais 1,1 mil milhão em energia, agricultura e indústria alimentícia.
Na área social, Morales anunciou uma reforma agrária que seria iniciada com a desapropriação de 14 mil hectares de terras, a maioria não cultivada, concedidas irregularmente como favores políticos por governos anteriores. Pesados investimentos foram realizados na Educação e destinou-se parte do imposto cobrado sobre o gás para os idosos pobres.
Mesmo não realizando as economias preconizadas pelo FMI, o governo conseguiu superávit em 2006 e 2007, algo que não acontecia na Bolívia desde 1940.
No entanto, para poder realizar as reformas necessárias, era preciso uma nova Constituição. Ela foi aprovada pelo Congresso, com abstenção da direita, mas precisa passar por referendo popular.
A revolta dos governadores dos cinco departamentos da oposição começou com manifestações de protestos. Exigiam autonomia – o controle da distribuição dos recursos dos hidrocarbonetos produzidos localmente (82% do gás do país), o fim das pensões financiadas com parte do imposto do gás e a rejeição "in limine" da nova Constituição.
No meio da crise, Morales e seus adversários concordaram com a realização de um referendo revogatório, no qual o povo poderia manter ou afastar o presidente, governadores de departamentos e prefeitos das províncias.
O resultado foi favorável ao governo central. Morales obteve 67% dos votos a favor e venceu em 95% das 112 províncias. Quatro governadores de direita também venceram e três foram rejeitados, sendo dois da oposição e um do governo, o qual não obstante saiu ganhando, pois lhe coube nomear os prefeitos provisórios até nova eleição.
Fortalecido, Morales esperava que a oposição abrandasse e aceitasse a realização do referendo constitucional.
Aconteceu o contrário. O apoio popular a Morales, representado pelos 67% dos votos, era uma garantia de vitória para ele. Por isso, a direita continuou em pé de guerra.
As manifestações se intensificaram, numa escalada de violência que hoje chega ao bloqueio de estradas para impedir a chegada de alimentos às cidades, incêndio de edifícios de instituições do governo central – com destruição de documentos públicos, ataques a aeroportos, estações de trens, locais de reuniões de indígenas e, por fim, explosões de gasodutos e cortes no envio de gás para o Brasil –, visando paralisar as exportações. Tudo para provocar o caos, criando um ambiente propício para um golpe de Estado.
O governo fez o possível para conseguir um acordo. Aceitou a autonomia administrativa, mas sem desistir nem do controle dos recursos naturais nem da nova Constituição. Em vão. Diante da violência da oposição, Morales agiu brandamente. O Exército foi proibido de atirar, devendo limitar-se a guardar as instalações de produção de petróleo e gás. Mas a violência chega agora a um grau insuportável. Está evidente o objetivo de derrubar o governo ou pelo menos separar os cinco departamentos da Bolívia – os gritos de "independência" são freqüentes nas ações direitistas.
Não se acredita que a moderação do governo acabe acalmando os ânimos. Já há motivos de sobra para se declarar a intervenção federal nos departamentos revoltosos. Mas Morales hesita. Precisaria usar o exército, opor violência à violência, e ele não quer vítimas. Teme também que, chamado a intervir, o Exército fique ao lado das forças direitistas. Historicamente é o que tem acontecido.
Existe a idéia de recorrer à mobilização popular, armar os índios, mineiros e camponeses para defender o governo. Nesse caso, conforme Ivan Canelas, porta-voz de Morales, estaria aberto o caminho para "um tipo de guerra civil". O que poderia desagradar os militares e fazê-los aderir à sedição.
Intervir usando o Exército, de acordo com a lei, ou com o povo armado implica em sérios riscos.
Mas Morales terá de optar por uma delas. Ou renunciar ao seu sonho de construir uma Bolívia com justiça, igualdade e esperança."Luiz Eça - jornalista brasileiro
Além disso, o intervencionismo de Morales – embora se insira no quadro de um regime misto, onde o Estado ora é sócio das empresas, ora socializa setores mal explorados por elas – causa repulsa nas atrasadas classes abastadas bolivianas.
Por fim, o fato de Evo Morales ser um presidente índio é repelido pela minoria branca e europeizada – 15% da população –, dominante sobre a maioria quechúa e aymara – 60%. Expressões usadas pelos governadores da oposição para agredir Morales como "macaco", "índio infeliz" e "índio porco" são reveladoras.
Na verdade, os grupos políticos e econômicos que sempre dirigiram a Bolívia não têm muita autoridade para justificar suas posições.
Seguindo fielmente o FMI, eles entregaram ao presidente eleito em dezembro de 2005 uma Bolívia nas seguintes condições: país mais pobre da América do Sul, com 60% dos seus 9 milhões de habitantes abaixo da linha da pobreza e 38% em extrema pobreza; desemprego de 12%, com 40% de sub-empregados; renda dos indígenas 40% inferior a dos não-indígenas.
Nos dois anos e meio de governo Morales, tal quadro começou a mudar. Primeiro, ele procurou aumentar as rendas do Estado, revendo os acordos de exportação de gás e petróleo com o Brasil e a Argentina, desvantajosos ao país, e estabelecendo o controle estatal sobre a exploração dessas riquezas. A Bolívia passou a ficar com 85% dos lucros e suas exportações dobraram de 2005 para 2006, chegando a 4,9 mil milhões de dólares.
Para estimular a industrialização e reduzir o desemprego, concedeu-se, através de licitação, a exploração da mina de Mutun à empresa siderúrgica indiana Jindall Steel & Power, com proposta de investir 1,5 mil milhão de dólares já e mais 2,5 mil milhões em 8 anos. Mutun possui reservas de 40 mil milhões de toneladas de ferro, 10 mil milhões de magnésio (70% das reservas mundiais) e se achava sub-explorada.
Acordo com o Irã prevê o investimento de 230 milhões de dólares na instalação de uma fábrica de cimento, mais 1,1 mil milhão em energia, agricultura e indústria alimentícia.
Na área social, Morales anunciou uma reforma agrária que seria iniciada com a desapropriação de 14 mil hectares de terras, a maioria não cultivada, concedidas irregularmente como favores políticos por governos anteriores. Pesados investimentos foram realizados na Educação e destinou-se parte do imposto cobrado sobre o gás para os idosos pobres.
Mesmo não realizando as economias preconizadas pelo FMI, o governo conseguiu superávit em 2006 e 2007, algo que não acontecia na Bolívia desde 1940.
No entanto, para poder realizar as reformas necessárias, era preciso uma nova Constituição. Ela foi aprovada pelo Congresso, com abstenção da direita, mas precisa passar por referendo popular.
A revolta dos governadores dos cinco departamentos da oposição começou com manifestações de protestos. Exigiam autonomia – o controle da distribuição dos recursos dos hidrocarbonetos produzidos localmente (82% do gás do país), o fim das pensões financiadas com parte do imposto do gás e a rejeição "in limine" da nova Constituição.
No meio da crise, Morales e seus adversários concordaram com a realização de um referendo revogatório, no qual o povo poderia manter ou afastar o presidente, governadores de departamentos e prefeitos das províncias.
O resultado foi favorável ao governo central. Morales obteve 67% dos votos a favor e venceu em 95% das 112 províncias. Quatro governadores de direita também venceram e três foram rejeitados, sendo dois da oposição e um do governo, o qual não obstante saiu ganhando, pois lhe coube nomear os prefeitos provisórios até nova eleição.
Fortalecido, Morales esperava que a oposição abrandasse e aceitasse a realização do referendo constitucional.
Aconteceu o contrário. O apoio popular a Morales, representado pelos 67% dos votos, era uma garantia de vitória para ele. Por isso, a direita continuou em pé de guerra.
As manifestações se intensificaram, numa escalada de violência que hoje chega ao bloqueio de estradas para impedir a chegada de alimentos às cidades, incêndio de edifícios de instituições do governo central – com destruição de documentos públicos, ataques a aeroportos, estações de trens, locais de reuniões de indígenas e, por fim, explosões de gasodutos e cortes no envio de gás para o Brasil –, visando paralisar as exportações. Tudo para provocar o caos, criando um ambiente propício para um golpe de Estado.
O governo fez o possível para conseguir um acordo. Aceitou a autonomia administrativa, mas sem desistir nem do controle dos recursos naturais nem da nova Constituição. Em vão. Diante da violência da oposição, Morales agiu brandamente. O Exército foi proibido de atirar, devendo limitar-se a guardar as instalações de produção de petróleo e gás. Mas a violência chega agora a um grau insuportável. Está evidente o objetivo de derrubar o governo ou pelo menos separar os cinco departamentos da Bolívia – os gritos de "independência" são freqüentes nas ações direitistas.
Não se acredita que a moderação do governo acabe acalmando os ânimos. Já há motivos de sobra para se declarar a intervenção federal nos departamentos revoltosos. Mas Morales hesita. Precisaria usar o exército, opor violência à violência, e ele não quer vítimas. Teme também que, chamado a intervir, o Exército fique ao lado das forças direitistas. Historicamente é o que tem acontecido.
Existe a idéia de recorrer à mobilização popular, armar os índios, mineiros e camponeses para defender o governo. Nesse caso, conforme Ivan Canelas, porta-voz de Morales, estaria aberto o caminho para "um tipo de guerra civil". O que poderia desagradar os militares e fazê-los aderir à sedição.
Intervir usando o Exército, de acordo com a lei, ou com o povo armado implica em sérios riscos.
Mas Morales terá de optar por uma delas. Ou renunciar ao seu sonho de construir uma Bolívia com justiça, igualdade e esperança."Luiz Eça - jornalista brasileiro
domingo, 14 de setembro de 2008
Ateliê de Escrita Criativa
Data: 20, 21 e 27, 28 de Setembro de 2008
Local: Casa Grande Barroca do Zêzere - Fundão (Há a possibilidade de transporte sem acarretar mais custos para o local do atelier).
Orientação: Joaquim Eduardo de Melo Oliveira
Experiência Profissional: Licenciatura em Comunicação Social pela Universidade da Beira Interior. Frequência de Pós-Graduação em Jornalismo Judiciário, na Universidade Católica de Lisboa. Foi colaborador, desde 1994, dos jornais A Capital, Manhã Popular, Semanário e da revista Factos. É editor-adjunto no Diário 24 horas desde 2003. É autor de inúmeras reportagens, as últimas das quais centradas nas temáticas policial e judicial.
Experiência Profissional: Licenciatura em Comunicação Social pela Universidade da Beira Interior. Frequência de Pós-Graduação em Jornalismo Judiciário, na Universidade Católica de Lisboa. Foi colaborador, desde 1994, dos jornais A Capital, Manhã Popular, Semanário e da revista Factos. É editor-adjunto no Diário 24 horas desde 2003. É autor de inúmeras reportagens, as últimas das quais centradas nas temáticas policial e judicial.
Horário: 10:00 h – 12:30 h e das 15:00 h às 17:30 h
Público-alvo: Público em geral Limite de participantes : 15
Custo: Sócios: 12 Euros; Não Sócios: 32 Euros. Alimentação: 4 almoços - 20 Euros).
Contactos para inscrição no ateliê: Professor António Pereira ou Professora Catarina Crocker ou ainda enviar e-mail para cotovelo@hotmail.com (Deve enviar os seguintes elementos: Nome completo, idade, morada e telefone para contacto.)
O meu arroz doce
Ingredientes
250 g de arroz (tem de ser carolino)
150 g de açúcar
1 litro de leite gordo
2 cascas de limão
Sal
Canela em pó e em pau
Preparação:
Levar ao lume um tacho com água abundante temperada com uma pitada de sal. Quando a água ferver, junta-se o arroz até abrir. levar o leite a ferver com a canela em pau e a casca de limão. Escorrer o arroz e mergulhar no leite a ferver. Cozer em lume brando e adicionar o açucar. deitar numa tijela e polvilhar com canela em pó.
Recomendação
O arroz doce que nos sabe melhor é o que se deposita que resgatamos nos lábios do outro!!! E se for dos do Mourinho até a mais abominável céptica e iconoclasta "adoçaria"...
sábado, 13 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
Operação Sarkozy: Como a CIA colocou um dos seus agentes na presidência da República Francesa
"Nicolas Sarkozy deve ser julgado pelas suas acções e não pela sua personalidade. Mas quando as suas acções surpreendem até os seus próprios eleitores, é legítimo debruçarmo-nos em pormenor sobre a sua biografia e interrogarmo-nos sobre as alianças que o conduziram ao poder. Este artigo descreve as origens do presidente da República Francesa. Todas as informações nele contidas são verificáveis, com excepção de duas imputações, pelas quais o autor assume a responsabilidade exclusiva." Thierry Meyssan
Chavez terá razão?
FOTOS MOSTRAM BUSH BÊBEDO NAS OLIMPÍADAS DE PEQUIM E SEGURANDO A BANDEIRA AO CONTRÁRIO.
sábado, 6 de setembro de 2008
FOR IMMEDIATE RELEASE!!!
Two small boats, the SS Free Gaza and the SS Liberty, successfully landed in Gaza early this evening, breaking the Israeli blockade of the Gaza Strip.
The boats were crewed by a determined group of international human rights workers from the Free Gaza Movement. They had spent two years organizing the effort, raising money by giving small presentations at churches, mosques, synagogues, and in the homes of family, friends, and supporters.
They left Cyprus on Thursday morning, sailing over 350 kilometers through choppy seas. They made the journey despite threats that the Israeli government would use force to stop them. They continued sailing although they lost almost all communications and navigation systems due to outside jamming by some unknown party. They arrived in Gaza to the cheers and joyful tears of hundreds of Palestinians who came out to the beaches to welcome them.
Two small boats, 42 determined human rights workers, one simple message: “The world has not forgotten the people of this land. Today, we are all from Gaza.”
Tonight, the cheering will be heard as far away as Tel Aviv and Washington D.C.
The boats were crewed by a determined group of international human rights workers from the Free Gaza Movement. They had spent two years organizing the effort, raising money by giving small presentations at churches, mosques, synagogues, and in the homes of family, friends, and supporters.
They left Cyprus on Thursday morning, sailing over 350 kilometers through choppy seas. They made the journey despite threats that the Israeli government would use force to stop them. They continued sailing although they lost almost all communications and navigation systems due to outside jamming by some unknown party. They arrived in Gaza to the cheers and joyful tears of hundreds of Palestinians who came out to the beaches to welcome them.
Two small boats, 42 determined human rights workers, one simple message: “The world has not forgotten the people of this land. Today, we are all from Gaza.”
Tonight, the cheering will be heard as far away as Tel Aviv and Washington D.C.
ler mais em http://www.freegaza.org/
CONSEGUIMOS!!
1 de Setembro de 2008
"Conseguimos!",exclamou Greta Berlin, porta-voz da operação “Navio Gaza livre”, exausta, mas feliz de ver a alegria desta cálida multidão que Israel encarcera num gueto e que tinha comparecido a aclamar a chegada dos navios Free Gaza e Liberty .
ler mais em http://www.silviacattori.net
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
CANTO DE PÁSSAROS E BEM ESTAR
"O índice da qualidade de vida irá incluir cada vez mais aspectos culturais, biológicos e ambientais. Os aspectos actualmente imperantes e relacionados quase unicamente com o poder aquisitivo, o conforto e a longevidade irão certamente ceder o passo a outros critérios até hoje omitidos. Pelo menos parece ser a tendência do governo britânico que é tão irracional fora das suas fronteiras, mas que acabou por instaurar há algum tempo. Em Inglaterra deu-se o primeiro passo realmente admirável e com um horizonte muito prometedor. A administração inglesa incluiu entre os aspectos para medir o bem-estar nada menos que uma variedade relacionada com a quantidade de aves avizinhadas num mesmo lugar. Medida que nos parece ser coerente. Porque não é preciso ser especialista em ecologia para reconhecer que a presença de animais tão respeitáveis, visual e acusticamente, como as aves nos podem revelar as características da totalidade do espaço que usam. Uma das leis mais sólidas da ciência que estuda os nexos entre todas as formas de vida e entre estas e os âmbitos que possibilitam a sua existência é precisamente que tudo deve de ser encarado com reserva.
O que não vemos sustém o que vemos. Por detrás de cada pássaro que canta na Primavera há sempre um complexo sistema que deve manter muitas vidas e muita saúde para chegar até aos nossos tímpanos essa música sem partituras. As aves são signos externos dessa riqueza que são as águas limpas, os solos férteis, os arvoredos erguidos bem como uma certa aliança entre os usos humanos e espontâneos dessa mesma paisagem.
Quando se usa com variações depreciativas o termo “ passarinheiro”, ignora-se por certo que ninguém melhor que um ornitólogo detecta a crescente degradação ambiental. Os seus conhecimentos sobre a paisagem equivalem ao que os médicos de família têm sobre nossa saúde física.
Por detrás da presença de uma comunidade zoológica num espaço concreto, o que deduzimos é uma reduzida ou a nula contaminação dos ares, os alimentos, escasso ou nulo ruído, variedade vegetal e até mesmo a escassa pressa. Estes parâmetros vão configurando a ideia convencional de locus amoenus: quer dizer, daquele âmbito ao qual “todos” aspiramos, pelo menos na hora de nos relaxar, descansar e sensivelmente presumir do nosso elevado nível económico conseguido para poder adquirir qualidade ambiental no meio em que se vive.
Há mais. Sobretudo a evidência de que cada dia se distancia mais o bem-estar básico do crescimento económico. Isto porque este último aspecto fica nas mãos de escassíssimos beneficiários devido a que se fomenta a percepção de uma correspondência mínima entre o esforço de muitos e os privilégios de poucos. No meio fica então um ambiente destruído.
O paradoxo tão camuflado como desolador é: para que aumente a riqueza monetária de uns, deve ficar maltratado o património comum. Esse mesmo que formam as boas transparências do ar, a musicalidade dos bosques, a liberdade da água, a contemplação de um cenário belo e, logo, cheio de vivacidades relaxantes. As contaminações, desde a acústica até às múltiplas formas de degradação ambiental derivada dos nossos modos de produção, podem influenciar o PIB mas diminuem certamente o bem-estar real. No entanto todos aqueles que tiram rendimentos da destruição do ambiente compram de imediato um lugar onde o espaço tenha esses pássaros, essas águas e esses bosques para que possam descansar da “rentável” destruição. Deste modo, os residentes nestes escassos e circunscritos paraísos onde gozam de maior qualidade de vida são, por isso, exemplo a seguir, mas irão continuar a negar a coerência das denúncias ecológicas. Os defensores da natureza equivocam-se ao pedir o mesmo para todos que, na prática, é alcançar tais privilégios. O modelo parece imitar a madrasta da Branca de Neve, olhando-se ao espelho. A má notícia que dão semelhantes artefactos está, por certo neles."
O que não vemos sustém o que vemos. Por detrás de cada pássaro que canta na Primavera há sempre um complexo sistema que deve manter muitas vidas e muita saúde para chegar até aos nossos tímpanos essa música sem partituras. As aves são signos externos dessa riqueza que são as águas limpas, os solos férteis, os arvoredos erguidos bem como uma certa aliança entre os usos humanos e espontâneos dessa mesma paisagem.
Quando se usa com variações depreciativas o termo “ passarinheiro”, ignora-se por certo que ninguém melhor que um ornitólogo detecta a crescente degradação ambiental. Os seus conhecimentos sobre a paisagem equivalem ao que os médicos de família têm sobre nossa saúde física.
Por detrás da presença de uma comunidade zoológica num espaço concreto, o que deduzimos é uma reduzida ou a nula contaminação dos ares, os alimentos, escasso ou nulo ruído, variedade vegetal e até mesmo a escassa pressa. Estes parâmetros vão configurando a ideia convencional de locus amoenus: quer dizer, daquele âmbito ao qual “todos” aspiramos, pelo menos na hora de nos relaxar, descansar e sensivelmente presumir do nosso elevado nível económico conseguido para poder adquirir qualidade ambiental no meio em que se vive.
Há mais. Sobretudo a evidência de que cada dia se distancia mais o bem-estar básico do crescimento económico. Isto porque este último aspecto fica nas mãos de escassíssimos beneficiários devido a que se fomenta a percepção de uma correspondência mínima entre o esforço de muitos e os privilégios de poucos. No meio fica então um ambiente destruído.
O paradoxo tão camuflado como desolador é: para que aumente a riqueza monetária de uns, deve ficar maltratado o património comum. Esse mesmo que formam as boas transparências do ar, a musicalidade dos bosques, a liberdade da água, a contemplação de um cenário belo e, logo, cheio de vivacidades relaxantes. As contaminações, desde a acústica até às múltiplas formas de degradação ambiental derivada dos nossos modos de produção, podem influenciar o PIB mas diminuem certamente o bem-estar real. No entanto todos aqueles que tiram rendimentos da destruição do ambiente compram de imediato um lugar onde o espaço tenha esses pássaros, essas águas e esses bosques para que possam descansar da “rentável” destruição. Deste modo, os residentes nestes escassos e circunscritos paraísos onde gozam de maior qualidade de vida são, por isso, exemplo a seguir, mas irão continuar a negar a coerência das denúncias ecológicas. Os defensores da natureza equivocam-se ao pedir o mesmo para todos que, na prática, é alcançar tais privilégios. O modelo parece imitar a madrasta da Branca de Neve, olhando-se ao espelho. A má notícia que dão semelhantes artefactos está, por certo neles."
António Delgado in Jornal de Leiria 14/8/2008.
Traços Gerais
Voltava atrás para verificar se as luzes do seu carro estavam acesas, o sinal de aviso nunca tinha funcionado muito bem, aliás em nenhum dos seus carros e em nada da sua vida, mas pela primeira vez na vida estacionou o carro num lugar seguro e bem iluminado, a viagem iria ser longa.
No táxi e a caminho da estação o condutor reclamava-se um injustiçado cumpridor da lei, andava nesta vida há tanto tempo e nunca tinha visto nada assim!!! Gastou 200 contos a pintar o carro, fora o transtorno do tempo que esteve sem trabalhar, e agora uma nova lei já não o obrigava a tal. O governo faz leis para quem não existe, quem é que ganha para andar sempre a mudar o carro de cor? E só depois as corrige com nova lei! O pior de tudo é que a cor anterior era mais bonita e os clientes, cada vez mais exigentes, preferem a concorrência, quem é que se sente confortável num táxi desta cor?
Não se viam há muito tempo, esta era a alegria dos muitos reencontros.
- Evinha! Há quanto tempo!
Detestava que a tratassem por diminutivos, nunca se sentiu como tal, mas ainda não foi desta que o conseguiu repreender, e este não era o que mais lhe desagradava, pois também estava lá o seu nome.
Trinta anos, a ela não lhe estava a apetecer falar no que aconteceu nesses anos.
- Estás mais velha!
- Estás mais gordo!
- Deixei de fumar, lembras-te? Há trinta anos! Estava a ficar mais feio!
- Continuas o rapaz mais bonito que jamais conheci! - Afinal isso era importante para ele, admitia-o quando tentava minimizar essa característica, e apesar de ser verdade ela fez sempre questão de lho dizer.
Ambos lembraram a primeira e única vez que fizeram amor, não é que de uma história de amor se tratasse! Não tinha sido o sucesso que ele esperava, pelo hábito enraizado em todos os homens da sua geração! Nenhum dos dois percebeu muito bem aquela pequena noite, ela nunca quis encontrar uma explicação, acreditava que as coisas como estas se vivem apenas, e quando se explicam perdem a sua energia e influência para o futuro. Eva sempre soube lidar com o que aconteceu, apesar da distância e de nada ter percebido. Ele dizia estar a ser pela primeira vez infiel à namorada, ela ria como que de uma grande piada!
- Foste embora e não disseste nada!
- Era cedo para ti, meu querido, não te quis acordar! - Já não o chamava de amor! O tempo afinal passou pelas palavras!
- Li o teu livro daquele taxista que mudou a pintura do carro, fartei-me de rir, principalmente quando decidiu ir fazer ginástica para reduzir a barriga para os clientes se sentirem melhor no seu táxi! Casaste?
- Ainda hoje deve estar no mesmo café em que o deixei, medindo o tempo pelo acabar do seu cigarro, o resto do maço em cima da mesa, a carteira e o telemóvel. Ah! E penso que um copo de licor, sempre o mesmo copo, não gostava de beber, não sei se o copo lá estava, mas de qualquer modo compunha melhor o cenário.
Ela sempre lhe lá vira um copo mas agora apostava que não, ele tinha deixado de beber para lhe fazer a vontade, dizia ele! Estava a ficar com barriga e que o álcool diminuía o seu desempenho como companheiro. Nem o ousava fazer às escondidas, pois isso só mostrava o medo por ela e admiti-lo era pior para ele do que fazer de conta que tinha sido opção sua.
- Ainda hoje deve estar no mesmo café em que o deixei Olhando quem passa e parando o olhar numa rapariga mais atraente percorrendo a sua direcção enquanto estava ao alcance da sua vista, não com qualquer intenção mas pelo hábito enraizado em todos os homens da sua geração, nunca ousou trocar um olhar mais demorado com qualquer uma delas! Foi lá que o encontrei, naquela altura ainda acreditava que o conseguia tirar de lá! Passado pouco tempo achei que não tinha esse direito e comecei a passar por lá de vez em quando, cada vez menos. Num desses encontros fizemos um filho...
- Porque vieste embora?
- Ele zangou-se comigo, nunca o tinha ousado fazer! Tinha esquecido as luzes do carro acesas e a bateria avariou. - És sempre a mesma! Sempre no mundo da lua! Quando é que começas a ter atenção aonde pões os pés? - Eu não via esse tipo de importância no acontecimento. Acho que percebi que estava farto de mim, pois eu era assim mesmo! As luzes ficavam muitas vezes acesas e ele achou sempre piada, mas a bateria nunca tinha avariado! Eu acho que ele ficou logo zangado a décima terceira vez, mas nunca se apercebeu pois eu antecipava-lhe sempre um pedido de desculpas e um sorriso quase de chantagem – Deixei a luz do carro acesa! - Dizia. Quando queria dizer: - Não te vais zangar pois não?
No fundo já se percebia que era ele que a queria mudar, perdeu a paciência!
No táxi e a caminho da estação o condutor reclamava-se um injustiçado cumpridor da lei, andava nesta vida há tanto tempo e nunca tinha visto nada assim!!! Gastou 200 contos a pintar o carro, fora o transtorno do tempo que esteve sem trabalhar, e agora uma nova lei já não o obrigava a tal. O governo faz leis para quem não existe, quem é que ganha para andar sempre a mudar o carro de cor? E só depois as corrige com nova lei! O pior de tudo é que a cor anterior era mais bonita e os clientes, cada vez mais exigentes, preferem a concorrência, quem é que se sente confortável num táxi desta cor?
Não se viam há muito tempo, esta era a alegria dos muitos reencontros.
- Evinha! Há quanto tempo!
Detestava que a tratassem por diminutivos, nunca se sentiu como tal, mas ainda não foi desta que o conseguiu repreender, e este não era o que mais lhe desagradava, pois também estava lá o seu nome.
Trinta anos, a ela não lhe estava a apetecer falar no que aconteceu nesses anos.
- Estás mais velha!
- Estás mais gordo!
- Deixei de fumar, lembras-te? Há trinta anos! Estava a ficar mais feio!
- Continuas o rapaz mais bonito que jamais conheci! - Afinal isso era importante para ele, admitia-o quando tentava minimizar essa característica, e apesar de ser verdade ela fez sempre questão de lho dizer.
Ambos lembraram a primeira e única vez que fizeram amor, não é que de uma história de amor se tratasse! Não tinha sido o sucesso que ele esperava, pelo hábito enraizado em todos os homens da sua geração! Nenhum dos dois percebeu muito bem aquela pequena noite, ela nunca quis encontrar uma explicação, acreditava que as coisas como estas se vivem apenas, e quando se explicam perdem a sua energia e influência para o futuro. Eva sempre soube lidar com o que aconteceu, apesar da distância e de nada ter percebido. Ele dizia estar a ser pela primeira vez infiel à namorada, ela ria como que de uma grande piada!
- Foste embora e não disseste nada!
- Era cedo para ti, meu querido, não te quis acordar! - Já não o chamava de amor! O tempo afinal passou pelas palavras!
- Li o teu livro daquele taxista que mudou a pintura do carro, fartei-me de rir, principalmente quando decidiu ir fazer ginástica para reduzir a barriga para os clientes se sentirem melhor no seu táxi! Casaste?
- Ainda hoje deve estar no mesmo café em que o deixei, medindo o tempo pelo acabar do seu cigarro, o resto do maço em cima da mesa, a carteira e o telemóvel. Ah! E penso que um copo de licor, sempre o mesmo copo, não gostava de beber, não sei se o copo lá estava, mas de qualquer modo compunha melhor o cenário.
Ela sempre lhe lá vira um copo mas agora apostava que não, ele tinha deixado de beber para lhe fazer a vontade, dizia ele! Estava a ficar com barriga e que o álcool diminuía o seu desempenho como companheiro. Nem o ousava fazer às escondidas, pois isso só mostrava o medo por ela e admiti-lo era pior para ele do que fazer de conta que tinha sido opção sua.
- Ainda hoje deve estar no mesmo café em que o deixei Olhando quem passa e parando o olhar numa rapariga mais atraente percorrendo a sua direcção enquanto estava ao alcance da sua vista, não com qualquer intenção mas pelo hábito enraizado em todos os homens da sua geração, nunca ousou trocar um olhar mais demorado com qualquer uma delas! Foi lá que o encontrei, naquela altura ainda acreditava que o conseguia tirar de lá! Passado pouco tempo achei que não tinha esse direito e comecei a passar por lá de vez em quando, cada vez menos. Num desses encontros fizemos um filho...
- Porque vieste embora?
- Ele zangou-se comigo, nunca o tinha ousado fazer! Tinha esquecido as luzes do carro acesas e a bateria avariou. - És sempre a mesma! Sempre no mundo da lua! Quando é que começas a ter atenção aonde pões os pés? - Eu não via esse tipo de importância no acontecimento. Acho que percebi que estava farto de mim, pois eu era assim mesmo! As luzes ficavam muitas vezes acesas e ele achou sempre piada, mas a bateria nunca tinha avariado! Eu acho que ele ficou logo zangado a décima terceira vez, mas nunca se apercebeu pois eu antecipava-lhe sempre um pedido de desculpas e um sorriso quase de chantagem – Deixei a luz do carro acesa! - Dizia. Quando queria dizer: - Não te vais zangar pois não?
No fundo já se percebia que era ele que a queria mudar, perdeu a paciência!
Texto e pintura de Ana Monteiro
segunda-feira, 9 de junho de 2008
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