No dia 31 de Dezembro de 1984, fez agora 25 anos, com uma última viagem, se encerrava uma via de comunicação entre dois povos.
Uma via de caminho de ferro cheia de estações/apeadeiros, hoje edifícios abandonados, que são a alegoria do despovoamento, a memória de outros tempos de exílio, emigração, contrabando, “restos de solene antiguidade que ficam na memória”, como disse um dia José Saramago.
Para que a memória não se apague, um conjunto de fotografias serve de suporte artístico para uma reflexão sobre os territórios, os espaços físicos que simbolizam bem a (in)comunicação entre estes dois territórios transfronteiriços.
O objectivo do projecto foi trazer à memória, através duma exposição, todas as estações do caminho de ferro transfronteiriço, no tramo da via abandonado que vai desde La Fuente de San Esteban até Barca D’Alva, de Barca D’Alva ao Pocinho e deste a Duas Igrejas em Miranda do Douro.
Imperdível.
O troço lá está desde Salamanca, La Fuente de San Esteban, Boada, Villares de Yeltes (apeadero), Villavieja de Yeltes, Bogajo (apeadero), Olmedo y Cerralbo (apeadero), Lumbrales, Hinojosa de Duero, Fregeneda, Barca D´Alva, Almendra, Castelo Melhor, Vila Nova de Foz Côa, Pocinho, Torre de Moncorvo, Larinho, Felgar, Mós, Carviçais, Freixo de Espada a Cinta, Lagoaça, Bruço, Vilar de Rei, Mogadouro, Varis, Sanjoane (apeadeiro), Urros, Sendim, Fonte de Adeia (apeadiero), Duas Igrejas-Mirand do Douro.
A exposição, “A Raia Rota: dois povos e um empenho” vai estar patente ao público no Cais Turístico de Barca d'Alva de 10 a 31 de Janeiro.
A não perder!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário