quarta-feira, 10 de março de 2010

...uma iniciativa parlamentar é sempre uma iniciativa parlamentar, ponto final...

...Ordena uma compilação de regras da definição que o definido não entre na definição, ponto final... e essas regras, só por si, afastam todo terrorismo na definição, ponto final... se recuarmos um pouco,  esta afirmação "uma iniciativa parlamentar é sempre uma iniciativa parlamentar", nada esclarece, mas recuando um pouco mais, o remate, conativamente por extenso, do "ponto final", já me faz vibrar nos meus anseios:) :) 
...Podemos concordar ou não, mas depressa nos apercebemos que a nossa pequena corte parlamentar, que nem heróis, possui um-sem-fim de relicários funcionais, noves fora os outros todos:) :) e...ter iniciativas parlamentares é um deles, por exemplo o de questionar um auxiliar do soberano da casa real, vulgo ministro, ponto final...
... o vulgar pescador do arenque, vulgo povo,  cai inevitavelmente na rede do intermediários, vulgo deputado, haverá lá forma mais célere de empacotar a sua autonomia e força vital, ponto de interrogação...
...porque os relicários estão desigualmente repartidos e generalizados, toda a iniciativa, do vulgar pescador do arenque, despenha-se em iniciativa diferida, ao cair na mão do hábil, catalizador e mobilizador intermediário, ponto final...
...não há volta a dar... não estranho as palavras do meu querido pai, palvras que revolviam as entranhas a toda a sua geração e vindouras: " a culpa deste país estar no estado em que está é dos intermediários", ponto final...
...Como nos disse Descartes, acreditando no que estava a dizer: " devemos desviar o olhar de coisas incompreensíveis para a máquina organizada", ponto final...

1 comentário:

Reverendo Bonifácio disse...

Descartes não devia conhecer Portugal ou diria: devemos deviar o olhar de Portugal para a máquina organizada... penso que Kafka é que estaria aqui como peixe na água.