"Foram precisos quatro anos para passar do papel para o terreno. Em setembro começa a funcionar. Cobre uma área de cinco hectares, o equivalente a cinco campos de futebol. Quando estiver totalmente operacional, já no próximo mês de Setembro, produzirá energia suficiente para 30 a 40 habitações. A Horta Solar, instalada na Quinta da Charneca, na freguesia do Ferro é uma central fotovoltaica pequena, talvez a mais pequena do País, mas as vantagens que dela podem resultar, ao nível empresarial e pedagógico 'são grandes', disse ao Diário XXI João Nuno Serra.
O projecto foi seleccionado pela Agência Portuguesa de Investimento (API) como Projecto de Interesse Nacional (PIN) na área da inovação. Vai usar, pela primeira vez na Europa, seguidores solares bifaciais construídos por uma empresa do leste, a pedido da Enforce adoptando tecnologia semelhante à usada pelos russos nos satélites enviados para o espaço. Trata-se de uma tecnologia proposta pela empresa covilhanense, instalada no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, porque gera mais electricidade que os sistemas tradicionais de montagem fixa.
Segundo João Nuno Serra, a nova tecnologia garantirá um ganho energético de 50 por cento quando comparado com instalações tradicionais fixas. 'A colocação de células fotovoltaicas nos dois lados do painel garante a produção de mais 20 por cento de energia e o seguimento solar garante mais 30 por cento representando uma eficiência energética 50 por cento superior, o que é muito significativo', disse o empresário. 'Apesar de existir algum nível de incerteza vamos validar na prática os cálculos teóricos. Estamos muito confiantes quanto aos resultados', acrescentou.
HORTA SOLAR SEM APOIOS
Embora seja uma experiência piloto, a Horta Solar não tem qualquer apoio para o investimento, superior a 700 mil euros, menos 300 mil do que estava inicialmente previsto. 'O risco é suportado pela banca em 80 por cento e por capitais próprios no restante', explicou João Nuno Serra. O Governo garante a entrada de toda a energia produzida pela central fotovoltaica na Rede Eléctrica Nacional a 35 cêntimos por kilowatts, ou seja três vezes superior aos 11 cêntimos cobrado pela EDP ao consumidor final. 'É uma boa ajuda porque 'permite amortizar o investimento em 13 anos', concluiu o empresário.
Russos à espera dos resultados
A empresa russa que forneceu os painéis bifaciais está expectorante quanto à eficiência do projecto. Segundo João Nuno Serra, a montagem de painéis bifaciais com seguimento solar 'é único no Mundo', O administrador da Enforce adiantou que 'os russos estão à espera dos resultados que vamos alcançar com o projecto para tomarmos decisões quanto ao fabrico dos módulos', Segundo João Nuno Serra, 'eles próprios [os russos] não tem capacidade para produzir em série caso se confirmem as expectativas e se abra um grande mercado em Portugal, Espanha ou nos Países de Língua Oficial Portuguesa', explicou. 'Ai teremos de pensar na criação de uma linha de montagem em Portugal', acrescentou o empresário, adiantando que 'há contactos já estabelecidos', com a Accionna, empresa que produz para a maior central fotovoltaica do Mundo, instalada em Moura, no Alentejo."
Francisco Cardona
O projecto foi seleccionado pela Agência Portuguesa de Investimento (API) como Projecto de Interesse Nacional (PIN) na área da inovação. Vai usar, pela primeira vez na Europa, seguidores solares bifaciais construídos por uma empresa do leste, a pedido da Enforce adoptando tecnologia semelhante à usada pelos russos nos satélites enviados para o espaço. Trata-se de uma tecnologia proposta pela empresa covilhanense, instalada no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, porque gera mais electricidade que os sistemas tradicionais de montagem fixa.
Segundo João Nuno Serra, a nova tecnologia garantirá um ganho energético de 50 por cento quando comparado com instalações tradicionais fixas. 'A colocação de células fotovoltaicas nos dois lados do painel garante a produção de mais 20 por cento de energia e o seguimento solar garante mais 30 por cento representando uma eficiência energética 50 por cento superior, o que é muito significativo', disse o empresário. 'Apesar de existir algum nível de incerteza vamos validar na prática os cálculos teóricos. Estamos muito confiantes quanto aos resultados', acrescentou.
HORTA SOLAR SEM APOIOS
Embora seja uma experiência piloto, a Horta Solar não tem qualquer apoio para o investimento, superior a 700 mil euros, menos 300 mil do que estava inicialmente previsto. 'O risco é suportado pela banca em 80 por cento e por capitais próprios no restante', explicou João Nuno Serra. O Governo garante a entrada de toda a energia produzida pela central fotovoltaica na Rede Eléctrica Nacional a 35 cêntimos por kilowatts, ou seja três vezes superior aos 11 cêntimos cobrado pela EDP ao consumidor final. 'É uma boa ajuda porque 'permite amortizar o investimento em 13 anos', concluiu o empresário.
Russos à espera dos resultados
A empresa russa que forneceu os painéis bifaciais está expectorante quanto à eficiência do projecto. Segundo João Nuno Serra, a montagem de painéis bifaciais com seguimento solar 'é único no Mundo', O administrador da Enforce adiantou que 'os russos estão à espera dos resultados que vamos alcançar com o projecto para tomarmos decisões quanto ao fabrico dos módulos', Segundo João Nuno Serra, 'eles próprios [os russos] não tem capacidade para produzir em série caso se confirmem as expectativas e se abra um grande mercado em Portugal, Espanha ou nos Países de Língua Oficial Portuguesa', explicou. 'Ai teremos de pensar na criação de uma linha de montagem em Portugal', acrescentou o empresário, adiantando que 'há contactos já estabelecidos', com a Accionna, empresa que produz para a maior central fotovoltaica do Mundo, instalada em Moura, no Alentejo."
Francisco Cardona
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