"Podemos perceber que essa tela traz de forma explícita o dualismo freudiano entre Pulsões de Vida e Pulsão de Morte em constante tensão e complementaridade, transparecendo a impossibilidade de se conceber uma sem a acção da outra. Vida e morte aparecem aqui como noções mutuamente opostas e complementares: diante da confusão e profusão de movimentos e cores, corpos e intenções, afectos e expressões, a morte permanece como contraponto necessário e constituinte, só, isolada, silenciosa à espreita. Se contrapondo ao burburinho da vida, uma silenciosa, mas macabra morte dela faz parte, o que podemos notar ao perceber que o manto da morte, se pudéssemos aproximá-lo do contorno da vida, com esse se encaixaria perfeitamente. Assim como na teoria freudiana, tal tensão parece percorrer toda a obra de Klimt. "
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