sábado, 5 de dezembro de 2009

...areia fina...

"Apesar do muito que se escreve sobre corrupção e suas formas, é estranho que quase ninguém faça propostas para limitá-la. Quase tudo não passa de ajustes éticos e alertas para a elite política, é mais ou menos como pedir por favor ao ladrão que não roube.
Este assunto, tão paradoxal como anormal, encerra curiosidades estranhas como esta: está na mão dos afectados a capacidade de mudar as normas. Que possibilidade tem a sociedade civil de actuar contra os arrojos desta nova casta pro-feudal (cheia de rendas sem trabalho e prebendas), que passa de um cargo ao outro sem problemas, independentemente das capacidades técnicas ou conhecimentos? Como?
- Apenas pelo voto.
Entretanto trocam sorrisos entre si, com uma cumplicidade doentia, quando se encontram nas inúmeras inaugurações, congressos, contubérnios ou saraus sufragados com o dinheiro de todos.
Eu proponho não votar futuramente (estou farto desta patranha estúpida que diz se não votas não crês ou não podes participar na democracia) até que um partido inclua no seu programa quatro propostas:
Listas abertas (votamos nas pessoas não nos partidos);
Um máximo de permanência em qualquer lugar eleito, de 8 anos, eventualmente 12 (não à politica entendida como profissão vitalícia);
Declaração de bens antes e depois da passagem por qualquer cargo político (ninguém deve enriquecer ilicitamente com o dinheiro público);
Aumento das penas que o código prescreve para esta área.
Depois de eleito, todos os meus familiares e amigos com empresas, serão proibidos de concorrer a concursos públicos a partir do montante de 500.000,00€, salvo a excepção de esta empresa criar acima de 200 postos de trabalho a termo incerto."
www.ecosecomentários.blogspot.com

1 comentário:

Flor do cardo disse...

Pois eu concordo com todas as tuas propostas!
Até podemos vir a formar um partido:
PPCCADE
(Partido Popular Contra a Corrupção Antes e Depois das Eleições)