"Bertran de Born, o poeta provençal do século XII, que leva numa mão a sua cabeça decepada, pegando nela pelos cabelos, e a faz balouçar como se fora uma lanterna – seguramente uma das imagens mais grotescas nesse catálogo de alucinações e tormentos em forma de livro. Dante era um acérrimo defensor da obra de Bertran de Born, mas condenou-o à danação eterna porque ele tinha aconselhado o príncipe Henrique a revoltar-se contra o seu pai, o rei Henrique II, e como de Born fomentou a separação entre pai e filho e os converteu em inimigos, o engenhoso castigo de Dante consistiu em separar o poeta de si mesmo. Daí o corpo decapitado que chora a sua sorte enquanto caminha pelas regiões infernais e que pergunta ao viajante florentino se haverá algum sofrimento mais terrível do que o seu."
...o mundo já tem demasiado asfalto, já não existem florestas onde os corajosos se possam esconder... ...Cuidado com o que desejas, pode tornar-se realidade...
... é preciso compreender a realidade para a poder transformar...
...As mariposas voam para dentro da chama da vela, e a coisa não parece acidental. Elas fazem de tudo para se entregar ao fogo como numa oferenda...
...e o afagar dessas mãos já desenha na pele a promessa futura...
... esperamos com uma carícia que o outro se transforme em carne... ... vou desembarcar dessa vida em que andava à deriva no amor....
...somos todos culpados de tudo e de todos perante todos, e eu mais que os outros...
"... o esforço feito para imprimir um ritmo à prosa não deve deixar vestígios..."
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