"Uma peça muito bem escrita e de agradável leitura. Convém não esquecer que MC é um autor com uma vasta e multifacetada obra. Já foi galardoado com vários prémios dos quais se destacam o “Prémio Pessoa” e o “Prémio Vergílio Ferreira”.
Este texto dramático fala de “Uma actriz que arrasta, ao longo da vida, a obsessão de representar a Medeia, de Eurípedes, e empolgada pela ânsia que se torna matéria da alma, precipita na morte dos que a rodeiam o seu próprio e irredimível aniquilamento”. Como se pode ler na contracapa do livro “Uma célebre actriz de um país pequeno, vivendo o seu fim de carreira através de algumas dificuldades de memorização, contempla o fracasso do seu projecto de produzir a Medeia, de Eurípedes, que desde sempre a acompanhou. Também ela por isso, descomandada pela paixão, e à semelhança da heroína clássica, acabará por assassinar os próprios filhos”.
Na mitologia grega, Medeia era a filha de Eetes, rei da Cólquida (actual Geórgia), mulher de Jasão, de quem teve dois filhos. O rei de Corinto convence Jasão a trair a mulher, para se casar com a filha deste, Glauce. Medeia, ao saber da trama, decide vingar-se matando a rival e os filhos que tinha tido com o marido infiel.
Vale a pena ler e se possível assistir a esta peça."
(José Amaral)
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